Há cem anos a Glória
Álvaro Gaspar fazia o último jogo pela 1.ª categoria do Benfica. Encontrando-se
adoentado, em 15 de Fevereiro de 1914 fez aquele que seria o seu último jogo na
1.ª categoria, para uma competição oficial (campeonato regional), há cem anos
defrontou o Carcavellos Club (jogo considerado mais difícil que os
"oficiais" embora sem o grau do início do século XX mas mesmo assim
ainda um jogo prestigiante) e em 11 de Abril de 1915 o último encontro em
termos absolutos, na 3.ª categoria. Morreria menos de cinco meses depois de
longo sofrimento, em 3 de Setembro, aos 26 anos.
A morada de Álvaro Gaspar quando tina 23 anos de idade, no n.º 16 do Bairro Estrela de Ouro, à rua da Graça |
Ponto
prévio
Mário de Oliveira
(jornalista) e Ribeiro da Silva (editor) são duas grandes personalidades
Benfiquistas. Decidiram na sequência da entrevista, em Fevereiro de 1945, de
Cosme Damião a Mário de Oliveira começar a por preto no branco a história do
Clube. Um clube com história riquíssima que era transmitida pela oralidade em
encontros, confraternizações e no "balneário", mas que exigia ser
passada para o papel preservando-a do esquecimento pelo fim anunciado de alguns
dos fundadores. Em edição de autor, por fascículos mensais, sem encargos que
sobrecarregassem o Clube. Dividiram tarefas: Mário de Oliveira a recolher,
falar e escrever e Rebelo da Silva a fotografar e imprimir aproveitando baixar
os custos pelo facto de ser proprietário do jornal satírico "Os Ridículos".
São eles os pais da história do Benfica. Se não fossem eles - consta que
perderam dinheiro - muito do que sabemos hoje dos primeiros 25 anos (1904 -
1929) do Clube simplesmente teria sido ocultado pela passagem implacável do
tempo. Porque só a partir de 1927 o Benfica começou a imprimir em tipografia os
"Relatórios e Contas Anuais das Direcções do Clube".
A primeira
perplexidade
Álvaro Gaspar foi um
bom futebolista do seu tempo. Mas teve vida curta. O "espaço" e tempo
que lhe dedicaram na história é desproporcionado em relação a outros assuntos.
Se tal aconteceu é porque afinal Álvaro Gaspar apesar da vida curta foi
importante factor de Benfiquismo, até pela trágica morte. Mas o certo é que
Mário de Oliveira, em meados dos anos 40
quando investigou, mais "perto do tempo em que Álvaro Gaspar viveu"
não desenvolveu pesquisas tendo em conta um documento que publicou na página
310. Actualmente só podemos deixar pistas e tentar seguir ideias para perceber
melhor o percurso de Álvaro Gaspar no Benfica.
A primeira é o porquê
de não haver referências aos sete anos de actividade de Álvaro Gaspar como
futebolista do Clube. O jogador é explicito. Tinha 23 anos e jogava há sete no
Benfica pois nunca tivera outro clube e nunca interrompera a actividade. Se é
assim, tendo em conta que nasceu em 10 de Maio de 1889, esta ficha (ver Nota no
final deste parágrafo) é de 1912, no início de 1912/13. Ora na obra de Mário de
Oliveira o início da actividade do futebolista está referenciada a 1909/10, mas
segundo Álvaro Gaspar ela iniciou-se em 1905 (+ 7 = 1912). Faltam informações
referentes a pelo menos quatro ou três temporadas (1905/06, 1906/07, 1907/08 e
1908/09). Mas a ficha encerra outras questões, como a morada, na Graça em vez
da zona de Belém, por exemplo. A seu tempo escreverei sobre este assunto. NOTA: Segundo Rogério Jonet (sócio n.º 1 em
1993 entretanto falecido) quem quisesse jogar futebol no SLB tinha de ser
sócio. Depois os associados que pretendessem jogar futebol tinham de assinar -
mesmo Cosme Damião também assinava a sua - todas as épocas uma ficha
inscrevendo-se. Depois Cosme Damião aceitava, indicava-lhes a categoria ou
pedia-lhes para fazer um ou mais treinos.
Uma segunda
perplexidade
Quando se lê a
Monumental Obra percebe-se a actividade de Álvaro Gaspar, a sua importância e o
modo como impressionou os adeptos do futebol, em particular os Benfiquistas,
como António Ribeiro dos Reis, por exemplo. Quando se estuda o primeiro volume
(de dois) percebe-se que Álvaro Gaspar é o futebolista mais vezes fotografado.
Cerca de duas dezenas de fotografias algumas do inicio dos anos 10 quando nada
faria supor o seu final abrupto e trágico. Então porque aparece ele em tantas
fotografias e não há os correspondentes
registos escritos? Será que era pelas suas características de driblador que se
isolava dentro de campo, num tempo em que fazer fotografias era mais difícil?
Porque não reparou nisso Mário de Oliveira? Se reparou, porque não conseguiu mais registos e ouviu mais adeptos que
tivessem visto jogar Álvaro Gaspar? Para nos legar mais informação.
A primeira fotografia de Álvaro Gaspar - como avançado-centro junto à bola - numa equipa da 2.ª categoria, na temporada de 1909/10 (fotografia retirada da História do SL Benfica, de Mário de Oliveira e Rebelo da Silva; página 134; I volume) |
E ainda uma
terceira perplexidade
Só falei com dois
Benfiquistas que viram jogar Álvaro Gaspar. Com um deles, o capitão Júlio
Ribeiro da Costa, não cheguei a falar do futebolista (mas pelo tempo em que entrou para
associado acredito que tivesse visto jogar Álvaro Gaspar). E não lhe falei do assunto por ainda não
conhecer devidamente a carreira e importância do malogrado futebolista. Com Rogério Jonet, em 1993 e 1994, falei
de Álvaro Gaspar. Pois Rogério Jonet além de contar como (e por que) eram
feitas essas fichas (ele como futebolista - guarda-redes - também as fez)
disse-me que antes de ser sócio - e entrou para associado para poder jogar
futebol - deslocava-se à Feiteira (campo do SLB), a Palhavã (campo do SC
Império) ou às Laranjeiras (campo do CIF) de propósito para ver o
"Chacha". Ele e os seus amigos de Campolide onde residia! Ou seja,
Álvaro Gaspar era importantíssimo para o Benfica, para os fotojornalistas e
para os Benfiquistas! Então porque se sabe tão pouco dele e da sua actividade?!
A primeira fotografia de Álvaro Gaspar - terceiro a contar da direita - numa equipa da 1.ª categoria,na primeira digressão ao estrangeiro, em Junho de 1912, na Corunha (fotografia retirada da História do SL Benfica, de Mário de Oliveira e Rebelo da Silva; página 207; I volume) |
O método e
a metodologia
Nos textos - estão
previstos doze - que vou fazer acerca de Álvaro Gaspar e publicá-los aqui no
EDB, vou utilizar três "fontes": a da História do Benfica 1904-1954 que
reproduzirei na integra ou seja sem plagiar ou semi-plagiar (trocar os adjectivos
e arranjar sinónimos, como é vulgar fazer nos media). Vai ser também uma forma
de homenagear Mário de Oliveira e Rebelo da Silva. Outra
"fonte" serão os artigos que saíram na Imprensa, desde os Anos 10 até
aos Anos 40 quando ainda de escrevia acerca de um futebolista invulgar e
desafortunado.
Finalmente
as minhas pesquisas, quer em artigos - de jornais e revistas - que não copiarei
por inteiro até ao resumo da conversa que mantive com Rogério Jonet. A letra utilizada
vai ser diferenciada para se perceber a origem da "fonte", ou seja, o
exemplo que foi dado neste parágrafo não é um erro técnico mas o tipo de letra
que utilizarei.
O "Chacha" (ao centro, o segundo a contar da direita) na selecção da AFL que jogou no Brasil em 1913 |
A
importância do futebolista
Como já escrevi a
importância de Álvaro Gaspar foi muito grande. No Clube que pode usufruir da
categoria de um dos seus melhores futebolistas de sempre e entre os adeptos.
Quantos sócios não acrescentou o talento e a dedicação de Álvaro Gaspar ao
Benfica? Quantos não se tornaram associados do "Glorioso" por verem e
para verem Álvaro Gaspar jogar? A "força" de Álvaro Gaspar foi tanta,
e causou tanto impacte nos espectadores, colegas e no Clube, que em 26 de Abril
de 1947, nas comemorações do 43.º aniversário do SLB, 32 anos depois da sua
morte e com Cosme Damião ainda vivo, foi descerrada uma placa de mármore com um
medalhão com a sua imagem, colocada no antigo estádio do Campo Grande próximo
do peão, ou seja, no sector reservado aos incondicionais dos futebolistas mais
populares, o Povo, por serem os bilhetes mais baratos. À Benfica!
Placa de Homenagem (destruída aquando do desmantelamento do Estádio da Luz) descerrada durante as comemorações do 43.º aniversário do SLB nas instalações do Campo Grande |
Porquê
"Chacha"
Explicação
da "fonte"
Na História dos 50
anos do Benfica, Mário de Oliveira escreve que o popular futebolista era
conhecido por "Chacha" mas nunca explica a origem da alcunha. Há um
artigo na Revista Stadium, dos anos 30 ou 40 (que em tempos li, mas que - ainda
- não encontrei a tempo desta evocação) em que o escriba refere a origem da
alcunha. Não me lembro o porquê. Mas lembro-me bem do que explicou Rogério
Jonet (embora tenha a sensação que é diferente da origem avançada na Stadium que
conheci, ao ler, nos anos 80 enquanto a referida por Rogério Jonet foi-me
comunicada em 1993 ou 1994). Mas fiquei com a ideia que o que Jonet contou se
ajusta mais à realidade do futebol e dos anos 10 do século XX.
Segundo Rogério Jonet
a alcunha teve origem depreciativa entre os adversários, principalmente adeptos
contrários, ao Benfica mas que depois se tornou galhofa, ou seja, uma forma dos
Benfiquistas ridicularizarem os críticos de Álvaro Gaspar.
Características
de Álvaro Gaspar
Álvaro Gaspar era
mestre do dribling mais do que a finta. Era perito em esgueirar-se, tendo uma
aptidão natural que foi aprimorando de receber a bola e correr direito a um ou
vários adversários. No confronto tinha um momento em que mudava a velocidade,
simulando e serpenteando entre os defesas e guarda-redes contrário. E fazia-o
sempre da mesma forma, obtendo
percentagem elevada de sucesso. Ou seja, a habilidade era sempre a mesma, mas
resultava sempre. Parecia que da próxima vez todos saberiam como pará-lo, mas
da próxima vez arriscavam-se a ser de novo ludibriados.
Conversas e
jogadas de chacha
Álvaro Gaspar era um
"dez réis de gente". Tinha 1, 60 metros e pesava 55 quilogramas.
Muito baixo e magro, mesmo para a época. Na época utilizavam-se os jogadores
mais altos e pesados para jogarem a defesas, muitas vezes eram veteranos que
entretanto iam engordando e ficando mais fortes mas com menos mobilidade. Era
por vezes um confronto entre David e Golias. Os adversários e público afecto a
esses emblemas dizia que Álvaro Gaspar fazia fintas de chacha. O futebol dele
era de chacha. Com o mesmo sentido das "conversas de chacha". Ou seja,
ideias e frases feitas, geralmente com pouco nexo mas que resultavam sempre. Com
que se enganava alguém, utilizando sempre as mesmas ideias mas nas quais se
"caía sempre", com as quais se era sempre enganado, quando parecia que
por se saber a "técnica" o interlocutor descobriria a marosca, mas
não. Era cair que nem um "patinho". Conversas de chacha que
resultavam sempre. Tal como as fintas de Álvaro Gaspar. Sempre igual, ou
melhor, quase igual, mas que dava sempre bons resultados. Se primeiro eram os
adversários e espectadores contrários a ficarem desesperados e a chacotearem o
pequeno Álvaro Gaspar, depois eram os seus companheiros de equipa e adeptos do
Benfica a regozijarem-se e a achincalharem os detractores. É de chacha, mas
resultou, resultava quase sempre. Em golo ou assistência para golo. Toma lá
chacha! Pára lá o chacha! Gritavam ou comentavam, após mais um golo ou uma assistência
para golo. O Chacha dava-lhes cabo do juízo!
Ignorado no Ossário Municipal n.º 953 do Cemitério da Ajuda, penso que perpétuo, em nome daquele que o adorava, António Ribeiro dos Reis, que tinha 19 anos quando Álvaro Gaspar morreu. Nem um pequeno nome identifica a morada eterna do "Chacha" |
O "Chacha" podia ser "dez réis de gente" mas com a genica Benfiquista tratava-lhes da "saúde"!
Alberto Miguéns
NOTA: Por dificuldades técnicas - impossibilidade por
excesso de informação - para que resulte com eficácia (publicar fotografias e
documentos a ilustrar os textos) "A Vida Desportiva de Álvaro Gaspar Numa
Dúzia de Datas"
está programada para os seguintes dias (coincidindo com efemérides relativas à
relação de Álvaro Gaspar com o Clube):
1. 01.Mar.2014 O Último Jogo;
2. 05.Mar.2014 O Debutante;
3. 16.Mar.2014 O Crescimento;
4. 30.Mar.2014 O Triunfo;
5. 09.Abr.2014 O Primeiro Título;
6. 11.Abr.2014 O Reservista;
7. 25.Abr.2014 A Titularidade;
8. 26.Abr.2014 A Ficha;
9. 05.Mai.2014 O Brasil;
10. 10.Mai.2014 A Derradeira Glória;
11. 03.Set.2014 A Última Época;
12. 05.Set.2014 O Legado
Aquando do 100.º aniversário do seu falecimento, em 3 de
Setembro de 2015, conto fazer um "Especial" que junte os 12 textos e
mais algum ou alguns se entretanto os tiver feito!
Caro Alberto,
ResponderEliminaro meu ponto prévio passa por deixar expresso as minhas felicitações pela iniciativa, pela qualidade da investigação e do texto que nos deixa. Pelo que constato tem um conjunto de informação que nos dará uma ideia biográfica inédita e substancial sobre a trágica vida de Álvaro Gaspar. Resgatar a importância desta figura entre os pioneiros do sport Lisboa e Benfica é um acto de justiça e de grande Benfiquismo pois o nosso clube tem de reconhecer as suas grandes figuras (obrigação que nos últimos tempos tem vindo a ser feita oficialmente de forma magnífica com o museu Cosme Damião).
O “Chacha”… Estava à espera de uma explicação semelhante para essa alcunha. O tipo de jogo de Álvaro Gaspar pela sua constituição física teria de ser virtuoso e exasperante para os seus adversários. Nessa altura seria raro esse jogo técnico e claro mal compreendido por quem tinha que o enfrentar. Existe uma fotografia com Álvaro Gaspar com os dois joelhos ligados o que denota que provavelmente sofreria bastante com as cargas dos adversários.
Que doença terá tido? Pelo que percebi teve uma degradação física rápida numa idade tão jovem. Talvez uma arteriosclerose, doença terrível e que naquele tempo não poderia ser diagnosticada como hoje.
Como nos tinha dito, o boletim de inscrição é um documento extraordinário. Estará ainda em poder do clube? (por falar nisso pareceu-me que a acta de fundação do clube exposta no museu é um fac-simile, estará esse documento também na posse dos arquivos do clube?). Pena é que o documento não tenha expecificado o número de sócio de Álvaro Gaspar, facto que talvez pudesse reforçar – se comparado com outros jogadores/sócios - a antiguidade de inscrição de Álvaro Gaspar. A ausência de referências a este sócio/jogador só poderá ser compreendida se contextualizada com comparações com outros casos. Pelo que diz, o clube só passou a fazer registos na década de 20 o que explica essas ausências, simplesmente pelo facto de que a documentação que sobreviveu será uma parcela dos que foi produzida na actividade desses primeiros anos.
A notoriedade de Álvaro Gaspar como um dos jogadores preferidos do público é um facto pouco conhecido. Somos um produto do tempo... E claro, à escala de hoje, um caso de raro talento e desfecho trágico como Álvaro Gaspar teria sido um fenómeno mediático de grande impacto.
Custa a crer e a aceitar que a placa de 1947 de homenagem a Gaspar tenha sido destruída. Lamentável. Imperdoável. Uma placa erigida mais de 30 anos após a sua morte. Atesta bem como por vezes não se cuida devidamente de um dos valores maiores de uma qualquer instituição: a sua história e o reconhecimento devido às suas maiores figuras. Seria de grande justiça que o clube fizesse uma placa de homenagem para colocar no seu túmulo.
Muito obrigado por este magnífico texto.
Fico a aguardar os próximos.
Saudações Benfiquistas!
Victor João
Caro Victor João
EliminarHá questões que coloca que vão ser abordadas (o que não quer dizer que sejam respondidas com certezas, antes com hipóteses) durante os onze textos que estão previstos.
Quanto aos documentos e a placa não pense que foram perdidos há muito tempo. Alguns foram perdidos em 2003 apesar de quem era responsável ter sido avisado mas revelou negligência. Um dia quando for oportuno hei-de falar disso. Há muita lenda à volta do passado recente do Clube.
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
Caro Alberto Miguéns,
ResponderEliminarNão tenho palavras para lhe expressar o meu agradecimento pelo seu valiosíssimo trabalho em prol da preservação da história do nosso Benfica. É simplesmente extraordinário e de uma riqueza e detalhe que eu julgava inalcançável, ainda para mais sendo fruto do trabalho de uma única pessoa. Como Benfiquista, o meu muito e muito obrigado. Espero, sinceramente, que um dia seja possível juntar todo este seu trabalho em algo que se assemelhe a uma grande enciclopédia do Benfica e do Benfiquismo. Graças a si, será possível preservarar a memória de todos os que construíram a Gloriosa história do Benfica. Custa-me até aceitar que esse projecto não esteja já em marcha, deveria ser uma prioridade do clube. Mas, estou certo, um dia sê-lo-á. Mais uma vez, quero dizer-lhe que foi um prazer enorme conhecê-lo ontem e espero poder encontrá-lo mais vezes.
Um forte abraço e, claro, Gloriosas Saudações Benfiquistas.
Nuno Leite
Sr. Alberto Miguéis
ResponderEliminarÉ com imenso orgulho que, como benfiquista expresso aqui, mais um excelente trabalho dedicado à imensa História do nosso Clube.
Aproveito também para lhe agradecer apesar de com enorme tristeza, o excelente trabalho que fez sobre esse ímpar e grande jogador MÁRIO COLUNA.
Gostaria no entanto de fazer um simples reparo. O nº de Jogos e Golos apresentados nos quadros por época não batem certo com os totais apresentados, ou seja 677 e 150.
Caro Alberto hoje foi um dia que não esquecerei pois fui receber o emblema de prata do nosso Glorioso, e pela primeira vez visitei o Museu com o nome desse grande benfiquista COSME DAMIÃO. Fiquei maravilhado.
Sei que o Sr Alberto teve dedicado também a esta grandiosa obra e por isso gostaria de lhe perguntar o seguinte:
É impressão minha ou faltam ali muitas taças?
Estou-me a lembrar assim de repente e dos torneios espanhóis falta 1 de um troféu ibérico em futebol pois só lá vi uma e não vi também o troféu columbino.
Outro reparo que gostaria de deixar, é de facto sobre os troféus das modalidades. Confesso que não gostei muito da maneira como estão dispostas as taças. Só para se ter uma ideia, na Sala de Taças da Rua Jardim do Regedor que tive o privilégio de visitar várias vezes, havia praticamente só uma sala para o Hóquei em patins. Como o Sr. Alberto sabe o Benfica também é um clube bastante ecléctico e quem for visitar o Museu fica com a ideia que o Benfica é um grande clube de futebol e ganhou algumas taças em todas as outras modalidades. Desculpe o desabafo mas tenho levado toda a minha vida a ouvir os lagartos dizerem que o nosso Glorioso é só Futebol e pouco mais.
Desde já os meus melhores cumprimentos
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Jorge Costa Santos - Barreiro
Caro Jorge Costa Santos
EliminarOs jogos e golos estavam certos por competição mas os somatórios das épocas é que não estavam certos porque esqueci-me (porque tive de ir finalizar e compor o texto acerca do Álvaro Gaspar) de fazer a primeira linha que aferiria os somatórios das épocas. Já está completo e os somatórios aferidos.
Nos textos que foram entrando de hora a hora não tive tempo de colocar com que clubes jogou e os golos que marcou por clube. Ficou por fazer. Está lá o espaço para preencher pode ser que um dia seja possível.
Quanto ao Museu eu se mandasse o Museu tinha muito mais taças, biografias de atletas (cerca de 100) e futebolistas (pelo menos 120 em vez dos 54!). Mesmo assim consegui alterar algumas escolhas absurdas como escolher atletas ainda em actividade e alguns que nem palmarés tinham (Félix Bermudes e Francisco Lázaro, entre outros) e colocar atletas com palmarés e dedicação ao Clube.
E ainda disse que o sector das taças das modalidades não tivesse só dois mas três pisos. Disseram que não, mas depois desmontaram o que já estava montado e cortaram a placa do piso 2 para prolongar: mais taças e sem o aspecto atarracado que tinha.
Um dia quando for oportuno hei-de falar do modo como o Museu foi construído.... Incrível.
Alberto Miguéns
Caro Alberto Miguéns
EliminarMuito obrigado pelo esclarecimento.
É evidente que certas coisas não passam despercebidas aos sócios, que conhecem mais ou menos a vida desportiva do Glorioso no seu todo, e de facto apercebi-me que faltariam ali muitas taças.
Mais uma vez obrigado.
Saudações benfiquistas