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05 janeiro 2014

Os Imortais Não Morrem

05 janeiro 2014 0 Comentários

OPINIÃO 



Eusébio da Silva Ferreira nasceu em 25 de Janeiro de 1942, no bairro pobre de Mafalala, em Lourenço Marques. Cedo começou a “futebolar” nos pelados do seu bairro. Para desespero da sua mãe D. Elisa Anissabana. 


Eusébio teve muita sorte com o Benfica
Órfão de pai desde muito cedo, entre os 12 e os 15 anos jogou num clubezinho do bairro, os “Os Brasileiros” FC dando desde logo ideia de uma dimensão fora do vulgar. Em breve era disputado pelos dois maiores emblemas do futebol laurentino: Clube Desportivo de Lourenço Marques (Delegação do Benfica) e o Sporting Clube de Lourenço Marques (Filial do Sporting CP). Benfiquista desde sempre quis jogar no “Desportivo” mas foi recusado – duas vezes – acabando no “Sporting” onde brilhou três temporadas: 1958, 1959 e 1960. Depois… Depois chegou o “Glorioso”, respeitou a sua menoridade (nesse tempo era aos 21 anos), contactou a D. Elisa, pagou e contratou uma Lenda. Eusébio.


O Benfica teve muita sorte com Eusébio
O jovem moçambicano chegou a Lisboa em 15 de Dezembro de 1960 mas apenas conseguiu estrear-se com o “Manto Sagrado” em 23 de Maio de 1961, num jogo da categoria Reserva frente ao Atlético CP (V 4-2 com três golos de Eusébio). Só cinco meses (15 de Maio) depois da sua chegada ao aeroporto da Portela a DGD (Direcção Geral de Desportos ou DGS (do Sporting) para muitos desportistas foi obrigada a autorizar (e legalizar) a inscrição no Benfica por reconhecer que havia impossibilidade de Eusébio jogar no Sporting CP. Foi a sorte de Eusébio e do Benfica. Eusébio permitiu ao Benfica continuar a conquistar títulos nacionais, até com maior frequência, prolongar o domínio no futebol europeu, participar e conquistar troféus de prestígio, divulgar o Clube por todo o Mundo pelas digressões planetárias que se realizavam todas as temporadas e obter receitas que permitiam a contratação dos melhores futebolistas portugueses, num tempo em que, “mandava a tradição”, só podiam jogar nas equipas de futebol do Clube atletas portugueses. Com Eusébio, o melhor clube português desde os anos dez, ou seja, desde sempre, reforçava os laços da sua eterna popularidade em Portugal e consolidava o recente prestígio internacional.

Obrigado Eusébio

Alberto Miguéns

NOTA: Em Defesa do Benfica declara luto pelo falecimento de Eusébio, com um fumo negro sobre o rosto do EDB. E em homenagem ao Melhor Futebolista Português de Sempre o EDB evocará  de hora a hora até ele nos deixar fisicamente o percurso desportivo de um futebolista inigualável. Eusébio será inultrapassável. Porque é único. Ninguém ultrapassa o que é ímpar.

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