OPINIÃO
A revelação é do blogue "Master Groove" |
O que é
que estas quatro alminhas estariam a tramar no Gambrinus? É que sendo quem são, encontrá-los juntos, só se for para andarem a conspirar contra alguém ou algum clube.
NOTA PRÉVIA: Fernando Seara come e confraterniza com quem quer, o que quiser e onde quiser. Era o que mais faltava, em pleno século XXI, ter de dar satisfações da sua vida privada. Mas... ao querer ser figura pública conotada com o Benfica, e mais do que isso, pretensamente, estar em programas televisivos e na Imprensa escrita, supostamente, a "defender" o Benfica não basta "Ser Benfiquista" tem de parece-lo, também. E não foi isso o que ele fez!
Agora entendemos porque é tão palerma a falar do Benfica! Será que recebe instruções dos companheiros do "comes e bebes"? Será que pactua com anti-Benfiquistas? Será que estabelece compromissos? Será que faz acordos? Será que troca favores? Será que define ou lhe definem estratégias? Será que combina estratagemas? Será que...? Será que...?
Não basta intitular-se e fazer passar-se por " Benfiquista" tem de parece-lo, também. E não é isso que ele faz!
Tudo Bons Rapazes
Um autarca português? Está tudo dito. A
corrupção, de duas patas, em potência, se bem que este esteja protegido da
Imprensa pelo lado conjugal. Espertalhão. Este Seara! O típico personagem de
Eça de Queirós: DÂMASO
SALCEDE ( de Os Maias)
Repare-se no
nome: Dâmaso Cândido de Salcede. E, logo de
seguida, no cartão de visita: por baixo do nome, "as
suas honras" - COMENDADOR DE CRISTO, ao fundo a sua
"adresse", corrigida para dar lugar a "esta outra mais aparatosa
- GRAND HÔTEL, BOULEVARD DES CAPUCINES, CHAMBRE Nº 103".
Depois de uma
apresentação como esta, nada a fazer. Dâmaso Salcede está condenado a ser o que
é; lisboeta novo-rico, janota e pedante, filho de agiota, o velho Silva, e
sobrinho de "Mr. De Guimaran", ele é, para mais, fisicamente
caricato: um "moço gordo e bochechudo", de face quase sempre corada e
ostentando essa coxa roliça que a palavra perversa e arguta de Eça
constantemente põe à vista do leitor.
Mas se Dâmaso é
o que é, deve-o ao modelo a que se atrela; a figura de Carlos da Maia é, para
ele, obsessiva. A religiosa adoração por Carlos, a quem imita e segue para todo
o lado "como um rafeiro", torna-o grotesco; e a imbecilidade das suas
opiniões e "toilletes", a inconveniência das suas maneiras e da sua
linguagem, tudo acaba por fixar-se num tique expressivo que é, ao mesmo tempo,
uma imagem de marca: "chique a valer".
Com as
mulheres, nem se fala. Capaz de provocar paixões avassaladoras - tenha-se em
vista aquela actriz do Príncipe Real, "montanha de carne" que, em
desespero e por causa dele, procura a morte, tragando uma caixa de fósforos -,
este homem fatal tudo faz para merecer o cognome de que certamente se orgulha.
Dâmaso é, em suma, "o D. João V dos prostíbulos".
Por fim, Dâmaso
Salcede acaba como convém: casado, traído, mas igualmente feliz e cheio de si.
Ninguém como João da Ega para tudo sintetizar, em conversa com Carlos da Maia: "Coitado, coitadinho, coitadíssimo... Mas como vês,
imensamente ditoso, até tem engordado com a perfídia!".
Um ministro português? Está
tudo dito. Este menino é do grosso. Arreda, arreda. Vem aí o Relvas todo
emproado. Belicoso, papá, deixa lá! Quando o actual governo fizer “Boooommm”
ele já era. E depois lá vai ele, para o ninho que anda a preparar. O típico
personagem de Eça de Queirós: O CONSELHEIRO ACÁCIO ( de O
Primo Basílio)
O Conselheiro
Acácio é a caricatura do "formalismo
oficial", "nunca usava palavras triviais" e "sempre
que dizia 'El-Rei' erguia-se um pouco na cadeira". Porque o Conselheiro
Acácio é também um patriota atento e venerador; por isso mesmo, "dizia
sempre 'o nosso Garrett, o nosso Herculano'".
E contudo, este
antigo director-geral do Ministério do Reino tem culpas mal escondidas no seu
cartório privado; como se não bastasse que os seus sisudos livros ficassem por
vender, Acácio cultivava singulares leituras de cabeceira : as poesias obscenas
de Bocage, compartilhadas, no retiro austero da Rua do Ferregial, com a criada
com quem vivia amancebado.
É alguma coisa
disto que D. Felicidade, beata e pateta, vem a saber. O desgosto é grande,
naturalmente porque D. Felicidade nutria pelo conselheiro uma antiga paixão e
também uma fixação: "Havia sobretudo nele
uma beleza, cuja contemplação demorada a estonteava como um vinho forte: era a
calva."
Para o
imaginário queirosiano ele veio a transformar-se numa das personagens que de
certa forma passaram para o mundo real. Pensando decerto neste burocrata para
quem as "curiosidades" do Alentejo eram "de primeira
ordem", Eça de Queirós referiu-se várias vezes à mentalidade conselheiral,
quando quis aludir à oca solenidade que lembrava esta sua personagem. Longe
estava Eça de saber que a língua portuguesa havia de cunhar o adjectivo
"acaciano", precisamente derivado do nome da criatura que por ele nos
foi legada.
Um empresário português? Está
tudo dito. Dívidas, contabilidades, construtivismo, enriquecimento e charutadas.
Depois de D. Afonso Henriques que conquistou Lisboa, vindo de Guimarães, eis
que anda por Lisboa este d' Oliveira, peralvilho encartado e mui desenrascado. O típico personagem de Eça de
Queirós: CONDE D'ABRANHOS ( de O Conde de Abranhos)
Alípio Severo Abranhos é conde e motivo de
uma biografia caricata e caricatural.
Em si mesmo, Abranhos satiriza o político
do constitucionalismo, a sua
mediocridade e o postiço que o
atormenta; doutro ponto de vista, ele é sobretudo a falsificação do talento e da habilidade
política. Em síntese, a ironia de Eça no seu máximo fulgor.
Se há figura que, na galeria das
personagens queirosianas, ilustra a
ambição política que não olha a meios para atingir os fins, essa figura é o
conde d'Abranhos. Finalmente ministro da Marinha, o conde
ocupava-se "sobretudo de ideias gerais".
A questão - vexatória "só para os
espíritos subalternos" - estava em que
o ministro situava Moçambique na costa ocidental da África. Quando
interpelado por uma oposição zelosa de minúcias, o conde dá uma resposta que o
biógrafo classifica de "genial": "-
Que fique na costa ocidental ou na costa oriental, nada tira a que seja
verdadeira a doutrina que estabeleço. Os regulamentos não mudam com as
latitudes!"
Um futeboleiro português? Está
tudo dito. Uma vida septuagenária feita de corrupção, lodaçal, tráfico de influências, diatribices, traições
e mentiras. Entre o gala.pito e Pinto. Pela frente, entre e da Costa. Vaidoso e arrivista, o típico engana tolos, ou seja, especialista
em atrair… necessitados, ou seja, políticos portugueses – autarcas e ministros – para
a sua beira. Estou quase a abrir as garrafas do espumante douriense. Faço
questão. O típico personagem de Eça de Queirós: TEODORICO RAPOSO ( de A Relíquia)
Astuto e
atrevido, o "Raposão" maduro que fala
ao leitor, deixa para trás uma odisseia de aventuras amorosas e de vistosas
devoções.
Teodorico é o
herdeiro potencial da "horrenda senhora",
sua tia, D. Patrocínio das Neves que, com o seu "carão
lívido", o acolhe em sua casa, depois da morte do pai Raposo.
Começa então a disputa pelos dinheiros e pelas propriedades da Titi, contra um
rival de respeito: o próprio Jesus Cristo.
O estratagema
que há-de desbancar o rival diz muito de uma mentalidade que o Eça anticlerical
trata de caricaturar. Teodorico empreende uma viagem à Terra Santa; de lá virá
a relíquia que deveria converter a tia às virtudes do sobrinho. Só que Deus não
dorme e a coroa de espinhos que o sábio Topsius cauciona é misteriosamente
trocada pela camisa da "namoradinha de ocasião" Mary, rescendendo ainda aos delírios amorosos do "portuguesinho valente". Expulso do seio da
Titi, Teodorico não perde tudo e herda um óculo: "-
Para ver o resto de longe! - considerou filosoficamente Justino".
Em constante
equilíbrio entre beatice e devassidão, Teodorico vai mais longe do que parece.
Perpassa, no seu atribulado trajecto de aventuras e desventuras, uma reflexão
sobre a hipocrisia e a duplicidade humanas.
Mais? Esta Condessa de Gouvarinho é uma artista de emoções fortes que transforma um simples repasto num "ninho de Bíblias" tal o desejo carnal. A estouvada.
Estes quatro juntos?! Chamem a Judite…
Alberto
Miguéns
NOTA: E
o Pedro Proença. Não estava na jantarada!? Tontos! Estava! Só que não o viram.
Tinha ido à casa de banho, melhor ao WC, compor os “dentes”
Imagens extraídas do blogue "Blog do Manuel" |
Gostei!
ResponderEliminarO quarteto não era de cordas.
ResponderEliminarFui roubado!
ResponderEliminarGrande post caro Miguéis.
Abraço.
Caro Manuel Oliveira
EliminarRoubado?
Força Manuel Oliveira
Obrigado
Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
E não é que o Eça já os tinha topado?...
EliminarFabuloso!
ResponderEliminarGrande Alberto, é por seres genuianamente benfiquista que o sistema não te grama, é por estares semore presente que fazes inveja aos pedros guerras desta vida...continua
ResponderEliminarp.s. - diz-me alberto, onde estava o seboso do guerra no tempo do azevedo, provavelmente em jantaradas com o careca pusilâmine...
maravilhoso: o que o senhor fez caracterizando estas figuras (faltou uma sobre o um certo presidente duma certa Gloriosa Instituição) eles nunca poderão compreender a nobreza porque o mundo deles é isso, finalmente muito pobre, tristes na perseguição daquilo que, segundo eles, lhes permitirà serem amados e idolatrados. por vezes até tenho pena deles e do grande vazio que devem ser as suas vidas como mosquitos girando acerca duma lampada acesa...O desporto e as emoções que ele pode trazer à pessoas simples quando bonito e imaculado de jogadas sujas de bastidores eles são simplesmente incapazes de compreendê-lo, buscando glorias individuais e vaidades sociais, e é por isso que eles não têm dificuldades em destruir e fazer um lamaçal do que é uma beleza gratuita ilustrativa do génio humano: o jogo! Obrigado Alberto Miguens, Viva o Benfica!
ResponderEliminarPERFEITO
ResponderEliminarGRANDE BENFIQUISTA
Extraordinário !
ResponderEliminaro tudo por tudo pelos dirreitos televisivos querem mudar a direcao do slb
ResponderEliminarCaro Alberto,
ResponderEliminarEça faleceu em 1900, ou seja, antes de o Benfica e o Sporting terem sido fundados. Se tivesse nascido (e morrido) 50 anos mais tarde por que clube é que acha que ele torceria?
Caro Leitor
EliminarConhecendo o pensamento, ideias e ideais de Eça tenho ideia de qual clube ele escolheria... se tivesse que escolher, num tempo em que os clubes eram posteriores às pessoas.
Não seria do FC Porto, porque Eça abominava a vigarice, dissimulação, corrupção e fingimento.
Não seria do Sporting CP, porque Eça abominava a subserviência, peraltismo, mentira e labreguice.
Beeeenfiiiicaaaa
Só podia ser
Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
Obviamente estava a brincar caro Miguéis. O que é meu, é nosso!
ResponderEliminarAbraço.
Caro Manuel Oliveira
EliminarNem mais
Abraço
Alberto Miguéns
genial.
ResponderEliminarcomo é que é possivel benfiquistas com a inteligencia e sagacidade que o senhor tem nao estarem a servir o nosso querido clube ?
o futuro tem de ser feito de pessoas como o senhor,o tó melo e tantos outros que amam genuinamente o nosso clube.
força companheiro alberto,nunca desista !
Muito bom, muito bom mesmo. A melhor caricatura da realidade desportiva portuguesa tendo Eça como inspiração.
ResponderEliminarComo ele nos topava! E ainda nos topa!
O careca do Seara já regressou para achincalar um socio como foi o caso do Arrais - não há vergonha nenhuma os lobbis tem muita força dentro do Benfica
ResponderEliminarPortas e Travessas.sa
EliminarInfelizmente não sei do que se trata. Não vi nem ouvi esse Fernando Vácuo Seara. Por ser oco está na TVI24, BTV, ABolaTV, etc. Qualquer dia tem programas bi-diários nos outros canais.
Um choné.
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
Lamento, de todo ,o Seara fazer parte da Benfica Tv - ele ,que brincou com o senhor Jorge Arrais um homem que se dedicou ao SLB.
ResponderEliminarJá o manifestei ao Manel da MUSICA - vergonha
Tico