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22 junho 2017

Polvo Só à Lagareiro

22 junho 2017 5 Comentários
TEXTO DE ANTÓNIO MELO.

Nenhum prazer se compara ao de ter os pés assentes no território privilegiado da verdade. Francis Bacon


Não podia deixar de arranjar um cantinho do meu tempo para voltar a escrever, neste tempo conturbado, pantanoso e rasteiro. E é um tempo irremediavelmente dividido.

De um lado temos os abutres, protagonistas de um longo tempo em que transformaram o futebol português numa “marmita infecta”, gente sem moral para falar de quase nada, muito menos de qualquer assunto sequer, próximo da verdade desportiva, quanto mais da mesma.

Gente (?) que viu provada a prática canhestra da corrupção, pura e dura. Com dinheiro grande (viagens ao Brasil, pagamento de “Quinhentinhos”, Prostitutas, agressões físicas, chantagem e “conselhos matrimoniais” ao vivo a cores e com GPS humano.

Gente (?) que sofreu sanções (inócuas) da justiça desportiva e não recorreu, ao contrário de quem nobremente sente a honra e a verdade deturpadas.

Gente (?) que nunca sentiu vergonha, nem se afastou em zelo pela moralidade de uma grande instituição como é o F.C. do Porto.

Gente (?) que negando as evidências do que se ouviu em centenas de escutas, vem balbuciando há anos argumentos infantis e mentirosos como: Um árbitro foi recebido na véspera de um jogo em casa do Presidente para este lhe dar conselhos matrimoniais, ou ainda, com a maior das latas dizer que as escutas foram selectivas e só aconteceram de Leiria para cima. Depois, quando dá jeito, esquecem este argumento e acusavam Vieira de também estar numa escuta. Escuta inócua e que não colhe. Aliás quando estive num programa da Bola TV como adepto do Benfica, desafiei o meu colega de painel do Porto a que lêssemos essa escuta e eu leria uma (uma chega) de Pinto da Costa. Declinou.

Em que ficamos?
Do outro lado temos também alguma gente (?) e alguma outra Gente (creio eu) que neste momento ainda não foi ouvida e sê-lo-á certamente aquando do términus da investigação às acusações feitas pela tal gente (?) cuja moral é ZERO.
E quando digo que não foi ouvida, refiro-me não às explicações em praça pública, seja na forma escrita, radiofónica ou televisiva, mas sim à Policia Judiciária, ao Ministério Público, quiçá a um Tribunal da República, caso chegue a haver processo.
Querem aqueles que não tiveram um pingo de vergonha no Apito Dourado (nome dado à investigação pela PJ), nem vergonha de Paulo Pereira Cristóvão forjar a corrupção de um árbitro dar um nome pelos jornais a esta que agora começou, de Apito Amolgado.

Veremos o desenvolvimento e as conclusões.
Agora o importante e o que aqui quero deixar bem vincado, é que, caso se prove actividade corrupta por parte do SLB, eu, ao contrário dos adeptos adversários com telhados que mais parecem uma enxovia ou uma latrina, me cobrirei de vergonha e defenderei o afastamento imediato de todos os que tenham participado numa (para já hipotética) mancha irremediável na Gloriosa História do Sport Lisboa e Benfica.

É por isso que sou do BENFICA

Como disse o Poeta suíço Henri Frédéric Amiel “ Quem flutua ao sabor da corrente, quem não se orienta por princípios elevados, quem não tem ideais e convicções – uma tal pessoa é… algo que se arrasta, ao invés de um ser vivo e móvel – um eco, não uma voz.”

Se é por isso que sou do BENFICA
Quanto a ti, querido e AMADO BENFICA deixo-te um pensamento budista, ouso dizer de Bogalho, Cosme, Ribeiro dos Reis, Bermudes, Coutinho, etc, etc….

Se estivermos virados para a direcção correcta, tudo o que temos de fazer é continuar a andar.

António Melo
5 comentários
  1. «Como disse o Poeta suíço Henri Frédéric Amiel “ Quem flutua ao sabor da corrente, quem não se orienta por princípios elevados, quem não tem ideais e convicções – uma tal pessoa é… algo que se arrasta, ao invés de um ser vivo e móvel – um eco, não uma voz.”»

    Grande lol dizer isto quando se é do clube com mais adeptos em Portugal. Ui, que original. Verdadeiro hipster e defensor dos underdogs! Que bravo...

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    1. A analogia que faz com os conceitos hipster e underdog (principalmente com este) é estúpida.

      Com ela, você quer dizer que por um benfiquista pertencer a uma maioria não pode deixar de flutuar ao sabor da corrente (uma espécie de um “maria-vai-com-as-outras") sendo, portanto paradoxal – é o que visa concluir – ser-se de uma maioria e ter ideais e convicções próprios e/ou ser-se de uma maioria e não poder ser um perdedor esperado (o que não foi o Benfica durante quase três décadas em que essa gente (?) tudo controlava, se não um perdedor esperado).

      Se quer singrar na vida não enverede por uma profissão que se dedique a estabelecer analogias com o que quer que seja. Opte, por exemplo, por vender chuchas à porta da maternidade, dar-lhe-á, seguramente, mais provento.

      O que a frase de Amiel significa é que há valores, princípios, ideais e convicções que estão para além do andar ao sabor das conveniências, episódicas e conjunturais, e que, a eles, só se acede, se se tiver vida e voz autónomas. Muito bem andou o António quando a citou porque a frase cabe, que nem uma luva, na mensagem agarrada ao seu texto.

      De facto, só quem tem valores é que tem moral para falar e essa gente (?), a quem o António se refere, é desprovida de moral. Devia estar calada!

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  2. Brilhante. Isto sim, é o SER do Glorioso Benfica !!!

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  3. Grande António Melo

    Saudações TETRAGloriosas

    Também para o Alberto

    Tudo dito até porque este conflito parece-me não ser bem/ ou ser somente entre o Benfica e o porto-clube, mas sim entre o conhecimento e a ignorância. Por isso é que busco mais e mais da história deste clube.

    Claro que aguardo pelo desenvolvimento e respectivas conclusões. Claro que irei buscar o mesmo manto. Sou do Benfica, o de 1904 a 2017!

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  4. Grande postadela com direito a pateada. Estou a aplaudir de pé e quero repetições...

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