ENTÃO HÁ QUE RECICLAR O LIXO ANTES DO INÍCIO DA COMPETIÇÃO QUE VERDADEIRAMENTE INTERESSA CONQUISTAR: O CAMPEONATO NACIONAL.
Como é evidente o «Glorioso» tem obrigação de conquistar todos os troféus que disputa
Seja a «Supertaça Cândido de Oliveira», a Taça da Liga, a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional. Nas competições da UEFA a obrigação é mostrar a grandeza perante clubes que são seus pares internacionais em dimensão histórica.
Há uns anos um lunático lembrou-se de fazer equiparar troféus completamente diferentes, em dificuldade e importância
Como se um quilo de batatas (Supertaça) tivesse tanto valor como um quilo de ouro (Campeonato Nacional). Pesam o mesmo, mas o valor é infinitamente diferente. A Supertaça nem título é, nem competição é, pois é um jogo em que os clubes presentes são apurados por inerência: campeão nacional frente ao vencedor da Taça de Portugal ou finalista vencido pelo campeão nacional. O Vitória SC Guimarães conquistou a Supertaça, em 1988/89, apesar de ter perdido a Taça de Portugal, em 1987/88, para o FC Porto. Durante épocas a fio o único troféu que o clube vimaranense conquistara era este. Nem campeonatos de divisões secundárias ganhou. Apenas campeonatos distritais de Braga. Depois, em 2012/2013, conquistou uma Taça de Portugal. É que a desproporção Benfica/FC Porto, entre os troféus históricos, é tão grande que nem sentido tem estar a meter tudo dentro do "mesmo saco". Supertaça (45 edições) e Taça da Liga (16 edições) são troféus recentes que não podem ser comparados a competições centenárias ou quase: Taça de Portugal (com campeonato de Portugal) desde 1921/22 e Campeonato Nacional (com Campeonato da I Liga) desde 1934/35. Maior dificuldade, maior antiguidade, mais prestígio. Incomparáveis. Benfica tem 67 (38 + 29) e o FC Porto tem 53 (30 + 23). Depois nos troféus menores o FC Porto tem vantagem, principalmente nas Supertaças onde em 45 edições de 23, mais uma que as 22 conquistadas por todos os outros quatro clubes. Claro que como não se equiparam ao Benfica nas competições com história e que são as duas mais importantes das temporadas valorizam o que têm: FC Porto com 24 (23 + 1) e Benfica com 16 (9 + 7). Estorieta igual passa-se com o FC Porto valorizar mais conquistar cinco campeonatos consecutivos em nove épocas que conquistar nove em onze temporadas como o Benfica conseguiu, entre 1962/63 e 1972/73, por exemplo. Ou doze, em quinze, prolongando a série até 1976/77. Prefiro conquistar oito campeonatos nacionais em dez temporadas (3 + 3 + 2, por exemplo) que sete em dez épocas (5 + 2, por exemplo)!
Depois estas "contagens" permitem perceber a diferença entre os três jornais diários desportivos
O «Record» é o pasquim que sempre foi desde o início (1949). Tem sempre que "chamar à atenção como alguém carente". Por isso, até 2004/2005, separavam os quatro campeonatos da I Liga não os contabilizando como campeonatos nacionais.
O jornal «O Jogo» é o tapete do FC Porto
Como o Francisco José Marques decidiu que as duas Supertaças iniciais - uma perdida, no estádio das Antas para o Boavista FC e outra conquistada pelo Benfica ao Sporting CP, a duas mãos - não devem ser contabilizadas... o jornal não as contabiliza. Resta acrescentar que a Supertaça até foi criada por ideia do treinador do FC Porto, José Maria Pedroto, numa "suecada" entre o Café Orfeu e a Pastelaria Petulia, na cidade do Porto, para "assinalar" a preimeira vez que os dois clubes da cidade conquistaram na mesma época (1978/79) as duas competições nacionais: FC Porto bicampeão nacional e o Boavista FC vencedor da Taça de Portugal. Decidiram organizar um jogo no início da temporada seguinte (1979/80) com o Benfica e o Sporting CP a ripostarem na seguinte (1980/81) depois de se sagrarem campeões nacionais (Sporting CP) e vencedores da Taça de Portugal (SL BENFICA). A FPF não se quis meter nisso, antes pelo contrário, mas depois cedeu devido ao sucesso financeiro, querendo também uma parte das receitas. Nos países com as Supertaças mais antigas e em várias modalidades em Portugal, as primeiras Supertaças foram organizadas pelos clubes, mas contam como palmarés "oficial" pois as Federações limitaram-se a dar continuidade a um troféu que já tinha sido "inventado".
O jornal «A Bola» como é o paradigma do "politicamente correcto" nem se "mete nisso" até porque teria de considerar a Taça Latina como fazendo parte do palmarés do Benfica
Porque sendo de 1945 acompanhou nas suas páginas toda a iniciativa que permitiu a realização da primeira edição no final da temporada de 1948/49. Por isso limita-se a fazer cachas para não ficar atrás dos dois pasquins.
O jornal «A Bola» tem mais de uma dezena de artigos acerca da Taça Latina: ideia, ligações às quatro federações e à FIFA (nem existia a UEFA)
Se não o fazem é porque não querem! Ou não lhes interessa!
A Bola 1.ª página em 6 de Janeiro de 1949
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O excerto de uma entrevista a Jules Rimet, então presidente da FIFA, com declarações acerca da Taça Latina, publicadas no jornal brasileiro do Rio de Janeiro, «Jornal dos Sports", na página 5, em 4 de Janeiro de 1951.
Para ler toda a entrevista e até ver o jornal para quem quiser (clicar)
NOTA: Parece difícil encontrar a entrevista, mas não é. Há que escrever, por exemplo: Das pirâmides do egito ao colosso do Maracanã. O "motor de busca" encontra rapidamente a página.
Lixo reciclado, venha o 39 com início na próxima segunda-feira!
Alberto
Miguéns
Se nos lembrarmos que de 1955 até 1966, as doze primeiras edições da TCE foram ganhas por clubes latinos, parece justo inferir que a Taça Latina era a verdadeira antecessora da TCE.
ResponderEliminarCaro Desconhecido
EliminarOnze edições iniciais: 1955/56 a 1965/66 teve onze vencedores de quatro clubes latinos que conquistaram 5 das 8 Taças Latinas: Real Madrid CF (6 TCCE e 2 TL), SL BENFICA (2 TCCE e 1 TL), FC Inter Milão (2 TCCE) e AC Milan (1 TCCE e 2 TL) mas se contabilizarmos os 22 finalistas na TCCE dessas onze edições são 20 presenças de 7 emblemas dos 4 países latinos, estando nessas 20 presenças todos os clubes latinos que conquistaram todas as 8 Taças Latinas: Real Madrid CF (8 finais da TCCE), SL BENFICA (4 finais da TCCE), FC Inter Milão (2 finais da TCCE), AC Milan (2 finais da TCCE), Stade Reims (2 finais da TCCE e 1 TL), FC Barcelona (1 final da TCCE e 2 TL) e ACF Fiorentina (1 final da TCCE). Mesmo nas duas edições com finalistas "não latinos" 1959/60 e 1965/66, ou seja, 2 em 22 houve dois clubes latinos nas meias-finais da TCCE: FC Barcelona (1959/60) e FC Inter Milão (1965/66). A força como finalistas na TCCE dos clubes de Espanha (9), Itália (5), Portugal (4) e França (2), ou seja, as tais 20 presenças nos 22 finalistas era avassalador.
Saudações
Alberto Miguéns