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08 julho 2019

De Pedro Guedes a Hassan ou Alex Pinto

08 julho 2019 1 Comentários
OU SEJA DESDE O INÍCIO... QUASE ATÉ AGORA TODOS COM REFERÊNCIAS A 8 DE JULHO.

Uma das séries de selos mais "delambida" em Portugal durante a década de 30 da autoria do Glorioso Pedro Guedes. São 18 selos desde 4 centavos (um cruzado) a 5$00 (cinco mil réis, 500 centavos, 50 tostões, cinco escudos ou duas c'roas, conforme a geração a falar de dinheiro). O da ilustração é o de 50 centavos ou 500 réis ou cinco tostões ou meio-escudo, este é inventado agora!  
A mítica moeda de um cruzado que dava para comprar o bilhete mais barato para ver um jogo do «Glorioso» para o campeonato de Lisboa, em 1912/13 (quando se conhece o primeiro talão de um bilhete)  

Pedro Guedes foi o primeiro guarda-redes do «Glorioso» no jogo de estreia em 1 de Janeiro de 1905. Faleceu às 18 horas, em 7 de Julho de 1961 com a funesta notícia a ser publicada no dia seguinte, em 8 de Julho. Hassan jogou duas temporadas, em 1995/96 e 1996/97. Nasceu em 8 de Julho de 1965. Alex Pinto estreou-se em 10 de Julho de 2018. Nasceu em 8 de Julho de 1998.


Pedro Guedes
Faleceu há 58 anos, completados ontem, aos 86 anos pois nasceu em 4 de Novembro de 1874. Iniciou-se no futebol enquanto aluno da Real Casa Pia de Lisboa. Fez parte, como defesa-direito, da célebre equipa de casapianos que derrotou, por 2-0, os ingleses do Cabo Submarino de Carcavelos em 22 de Janeiro de 1898. Dos onze casapianos... nove jogariam no «Glorioso». O Carcavellos Club ficaria invicto até 10 de Fevereiro de 1907 quando o Sport Lisboa os venceu, por 2-1, passando a ser designado por «Glorioso». Neste onze, quatro estiveram na vitória de 1898 (pela Casa Pia) e de 1910 (pelo Sport Lisboa): Emílio de Carvalho, António Couto, Daniel Queirós dos Santos e David José da Fonseca. Segundo Cesina Bermudes, o pai Félix Bermudes disse-lhe que quando teve conhecimento da notícia - não tinha ido à quinta Nova, em Carcavelos, nem como mirone/espectador - estupefacto mas em delírio «à Félix Bermudes», com a verve de um predestinado para a arte da escrita, teve uma tirada do tipo: Isso não é uma grande vitória é uma gloriosa vitória.   


Eis a "Gloriosa" de 1906/07
1º nível (atrás), esquerda para a direita: David da Fonseca, Emílio de Carvalho, Cândido Rosa Rodrigues, Marcial Freitas e Costa, Fortunato Levy e, atrás, Carlos França;
2º nível: Manuel Móra;
3º nível: Daniel Queiroz dos Santos, Albano dos Santos, António Couto e José da Cruz Viegas;
4º nível (à frente): Manuel Gourlade (treinador);
Arbitro ou adepto: desconhecido. 
NOTA: Este onze (28 de Janeiro de 1906) é muito semelhante ao de 10 de Fevereiro de 1907, apenas com uma alteração como defesa-direito: Henrique Costa no lugar de José Cruz Viegas  

Regressando a 1904/05


Pedro Guedes foi o n.º 1 dos Gloriosos primeiros onze futebolistas e... seguintes pois foi o guarda-redes no primeiro jogo (1 de Janeiro de 1905) com António Couto como capitão. Na tabela dos actuais 1 171 (Florentino) Gloriosos Futebolistas Pedro Guedes é o 0001 

Em 4 de Novembro de 2019 ou 7 de Julho de 2020
PEDRO da Fonseca GUEDES merece ter o devido destaque neste blogue, ele que entre muitos cartazes, desenhos, selos, ex-libris e emblemas (conhecidos de muitos de nós, mas nem sonhamos que são da autoria de Pedro Guedes) desenhou o emblema, por sugestão de António Ribeiro dos Reis, do clube da sua querida Casa Pia de Lisboa, o Casa Pia Atlético Clube que será adversário da Equipa B do «Glorioso» - 11 de Janeiro e 10 de Maio de 2020, no estádio Pina Manique - no segundo escalão do futebol português.



Hassan
Nasceu há 54 anos que comemorará hoje. Foi uma das 14 contratações do Benfica em 1995/96, além da utilização de mais nove ex-juniores ou juniores durante os 63 jogos dessa temporada. O avançado Hassan foi uma das transferências para o Benfica que gerou mais expectativa pois conseguiu ser o melhor marcador do campeonato nacional, na temporada anterior (1994/95) pelo SC Farense, com 21 golos, em 31 jogos numa edição da competição com 34 jornadas.   



Nunca saberemos a real valia desses futebolistas
De certezas só tenho duas:

1. O treinador Artur Jorge era mais fraco que Toni e só estava mais conceituado porque enquanto treinador do FC Porto tinha uma passadeira que Pinto da Costa e seus capangas (instalados e a manobrar em tudo quanto era sítio no «Futeluso») lhe estendiam como uma carpete dourada facilitando-lhe a vidinha. Artur Jorge que foi, quando era futebolista do Benfica o meu maior "ídolo de final da infância/início da adolescência", só superado por Eusébio mas este estava a terminar a carreira;

2. Os responsáveis do Benfica, com destaque para Manuel Damásio e restantes dirigentes (da Direcção) eleitos em 7 de Janeiro de 1994 (tomada de posse a 10) foram de uma incompetência inqualificável, por inépcia e inacção - em termos de decisões no Futebol muito pior que Vale Azevedo que só foi eleito presidente pelos sócios do Benfica porque a anterior Direcção destruiu a estrutura do Futebol - pois pensavam (se é que pensavam!) que "quem é dirigente do Benfica arrisca-se a ganhar"! Pois arrisca, só que Pinto da Costa, em 7 de Janeiro de 1994, tinha 56 anos e dez dias de vida, além de dezenas de "amigos", praticamente da mesma idade ou um pouco mais velhos e manhosos, bem colocados no «Futeluso» e uns milhares no beija-mão, incluindo presidentes de clubes de Lisboa e arredores.



Alex Pinto
Comemora hoje 21 anos. Em 2019/20 está emprestado pelo «Glorioso» ao primodivisionário Gil Vicente FC depois de ser o defesa-direito titular - titularíssimo - da Equipa B do Sport Lisboa e Benfica em 2018/19. Estreou-se com o «Manto Sagrado» ao intervalo do jogo (substituindo André Almeida), no estádio do Bonfim, frente ao FK Napredak (Sérvia) numa vitória por 3-0, resultado ao intervalo.



Está difícil conseguir estabilizar um outro defesa-direito no «Glorioso Plantel»
E ainda dizem que André Almeida é limitado, não joga nada, é "curto". Olhem se jogasse! O «concorrente ao seu lugar» aquele que "luta" por ele para ter lugar no onze titular do «Glorioso» é o Almeida André!

O Benfica atravessa o tempo. É como a Luz. Vem da profundeza do tempo rumo ao Futuro

Alberto Miguéns

NOTA (para amanhã, talvez pelo meio dia): De Benfica, Portugal, Europa Para o Mundo

1 comentários
  1. É curioso que durante algum tempo pensei que o nosso primeiro guarda-redes teria sido Manuel Mora mas com o Alberto aprendi que essa honra coube a Pedro Guedes, antigo aluno e depois distinto professor da Casa Pia que foi também pintor e desenhista de mérito. Nas fotografias dos grupos casapianos ele aparecia com a bola nas suas mãos, sinal de que era o capitão da equipa. A idade chegou impossibilitando que tivesse jogado mais no Glorioso mas foi extraordinário que tenha defendido as nossas balizas.

    É quase um desgosto no mesmo texto falar de Manuel Damásio, isto a propósito da passagem que o Alberto menciona.

    Para mim Manuel Damásio está entre os três piores presidentes do SLB. Infelizmente vivi a presidência de dois deles, o referido Damásio e Vale e Azevedo. O outro foi - baseado no que eu li - Nuno Themudo.

    É certo que Damásio enfrentou uma situação grave em termos financeiros mas foi inapto e inconsciente ao não entender que no SLB não se pode virar as costas às suas maiores referências no futebol e muito menos desmantelar em dois anos por completo uma equipa de futebol. Deu carta
    branca a um treinador sobre o qual tínhamos de ter todas as cautelas e que nunca devia ter substituído Toni. Foi ainda mais incompetente do que Vale e Azevedo na escolha de treinador, escolheu mal o parceiro estratégico (Parmalat) e não soube aproveitar a grande mais valia que o SLB tem (a sua massa associativa). Recebeu uma equipa de campeões e saiu deixando uma equipa quase só formada por jogadores medianos. Foi também completamente incapaz de combater Pinto da Costa e a gente que o rodeava. Queira-se ou não, acabou por criar as condições para que alguém como Vale e Azevedo chegasse à presidência. Ironicamente para registos históricos isso acabou por fazer com que Damásio se safasse de ser o pior presidente da História do SLB.

    Parabéns a Hassan (que merecia ter tido mais sorte na sua passagem pelo Glorioso) e a Alex Pinto (que espero faça uma boa época no Gil Vicente).

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