Quando se dá a entender que se quer precisamente o contrário.
Tendo todos
os resultados destas 96 edições do Campeonato/Taça de Portugal
É facílimo verificar, analisando época-a-época a cada período
de um decénio, que sempre havendo surpresas elas são cada vez menos pois os
clubes têm meios para estudar os adversários e os recintos destes - mesmo quando
jogam "em casa" - além da impossibilidade dos clubes da Segunda Liga
se defrontarem na 2.ª eliminatória e dos 18 emblemas do principal escalão não
se poderem cruzar na 3.º eliminatória.
Surpresas
Quase nada. Cinco em 32 jogos. Dezasseis por cento. A
percentagem mais baixa desde que há 32-avos-de-final com emblemas da I
Divisão/Liga, ou seja, em 53 edições com a presença dos clubes do primeiro
escalão nesta fase da competição.
1/2. Dois clubes (em 18) do primeiro escalão - Portimonense SC e
CD Nacional - eliminados no recinto de dois clubes de escalões inferiores: um
da Segunda Liga (CD Cova da Piedade) e outro do terceiro escalão (Lusitano FC
Vildemoinhos/Viseu);
3. Um clube do segundo escalão (Clube Académico Futebol Viseu)
afastado no terreno do SC Espinho (terceiro escalão);
4. Um clube do quarto escalão (Silves FC) eliminou no seu
terreno outro que compete no terceiro escalão, o clube satélite do GD Chaves que por não
pertencer ao GD Chaves SAD pode competir na Taça de Portugal, tal como o FC
Alverca quando era satélite do Benfica também podia;
5. Um clube do quarto escalão (FC Vale Formoso) eliminou no seu
terreno, nas Furnas/São Miguel/Açores, outro do terceiro escalão (SC Coimbrões/Vila
Nova de Gaia). Qualquer deles já tinha sido eliminado na primeira eliminatória.
O SC Coimbrões foi afastado pela segunda vez - na 1.ª eliminatória perdeu em Vila Nova de Gaia, por 0-2, com o SC Rio Tinto - e o FC Vale Formoso além de
afastado na primeira eliminatória só está em competição porque o UD Leiria
depois de lhe ganhar em campo (2.ª eliminatória) perdeu na "secretaria".
NOTA: O FC Felgueiras frente ao SC Braga teve início pelas oito da
noite!
Deixem-se de
"chico-espertices"
1. Acabem com as repescagens de clubes eliminados na 1.ª
eliminatória (aumentando o número de emblemas dos Campeonatos distritais);
2. Acabem com o determinismo de fazer fracotes os clubes de
escalões secundários obrigando-os a jogar em casa nem que seja emprestada;
3. Acabem com os sorteios condicionados na 2.ª e 3.ª
eliminatórias permitindo confrontos, respectivamente, entre clubes do segundo
escalão e do primeiro escalão;
4. Acabem com as meias-finais disputadas a duas mãos (separadas
40 dias ou mais) enquanto toda a competição é jogada a uma mão.
Anda o
"Glorioso" metido nisto...
Alberto
Miguéns
NOTA
FINAL: Para memória futura, eis os resultados desta terceira eliminatória: