Aquele que é o farol do Benfiquismo, o guia que soube sempre renovar-se com o Clube e foi muitas vezes a vanguarda do próprio Benfica dínamo da elevação dos propósitos do "Glorioso" para patamares considerados impossíveis ou muito ambiciosos completa sete décadas e meia com 3839 números publicados.
O mais belo formato de primeira página das 44 que o jornal já teve |
E devia ter 3918. Ou seja o Benfica ficou a dever a "O Benfica", 79 edições. Isto porque entre 5 de Maio de 1999 e 21 de Fevereiro de 2001 deviam ter saído 94 números mas apenas foram publicadas 15 revistas, pois o jornal semanal foi transformado em revista mensal - de Maio de 1999 a Agosto de 2000 - e depois nem isso seguindo-se um hiato de seis meses ou cinco meses e 27 dias pois o jornal retomou o seu corpo e periodicidade a partir de 28 de Fevereiro de 2001. Tempos negros. Com assinatura ou assinaturas, pois alguns dos responsáveis por esse absurdo de final do século XX e início deste, andam pelo clube (e pela BTV) como se nada tivessem feito para o reduzir a uma revista, praticamente, insignificante.
Ao longo desta semana, com oito textos publicados em três dias - entre terça e quinta-feira - este blogue vai homenagear os que o fizeram - com destaque para alguns dos seus directores e daquilo que escreveram - durante 75 anos bem como mostrar a sua importância, balizar os seus períodos, de mais a menos brilhantes e esplendorosos, bem como algumas curiosidades e mudanças técnicas, do linotipo para o off-set e informatização, do preto-e-branco para a bicolor (vermelho/preto) e para a cor, de parcial a total. Mas mais do que estas curiosidades o que vai ser destacado são as enormes, supremas e fantásticas iniciativas e prosas de alguns dos maiores vultos da cultura Benfiquista que assinaram textos em "O Benfica".
Se não é possível fazer a História de Portugal no século XX e XXI sem mostrar a importância do Sport Lisboa e Benfica, também não é possível fazer a Gloriosa História sem mostrar o contributo para o seu crescimento e desenvolvimento nem perceber o valor e o modo intrépido como um punhado de Benfiquistas soube valorizar o Ideal escrevendo semanalmente Ideias.
Glória Eterna a "O Benfica"
Alberto Miguéns