Devo confessar que - tal como o nosso treinador
afirmou - o jogo no Bessa, diante do Boavista, não foi de grande qualidade.
Aliás, devo confessar também que na segunda parte os axadrezados tiveram mais chances
para marcar do que o Glorioso, embora também não tivesse sido uma situação
avassaladora, diga-se. Enfim, o essencial foi conseguido: os três pontos e a
manutenção na liderança.
Com
o Benfica a jogar fora de casa, na cidade do Porto, muitos foram os bravos
benfiquistas que se deslocaram ao Bessa. A maioria deles, claro está, do norte.
Uns heróis. Eu sei disso porque também fui ao encontro. Um estádio pintado de
vermelho! E se o Glorioso não fez um grande jogo, aquele golo de Jonas no
último suspiro foi a catapulta para uma imensa celebração que até fez arrepiar
o mais hirsuto dos indivíduos. Foi uma explosão de alegria. O Estádio veio
abaixo; ou melhor, nem sei como ainda se encontra de pé. Foi um prémio justo
para todos os benfiquistas. Isto também é saber aproveitar: vencer, mesmo
quando não se joga bem.
Legenda: Quem tem Jonas, tem tudo!
Fotografia retirada de ofuraredes.blogspot.com
Pegando
nesta última ideia, importa referir, por isso, que um campeão define-se, não
só, pelos jogos que ganha jogando bem, mas também por aqueles que consegue
fazê-lo não atuando com tanta virtude. Foi o caso desta última partida.
Agora
será a pausa das seleções. Depois voltaremos para novas batalhas. Já faltam cada
vez menos: restam sete. Vamos embora, Benfica, dá-nos o trinta e cinco!
Assinado:
Palmerston