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11 janeiro 2016

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11 janeiro 2016 1 Comentários
            Começo por escrever este texto pouco depois do final do jogo entre o Benfica e o Nacional, em que o Glorioso venceu por (esclarecedores) 1 - 4. Nada a dizer sobre a justeza do resultado – que até poderia ter sido mais dilatado para o lado benfiquista.
            Confesso que tinha algum receio desta partida. Quer dizer, receio não. Um benfiquista não tem medo de nada. Mas os fantasmas do embate com o União poderiam pairar, mais uma vez, na cabeça dos jogadores. Jogo novamente na Choupana; jogo novamente adiado. Tem sido uma constante nesta temporada de 2015/2016, agravando-se, ainda mais, pelo facto de que o União da Madeira agora também passa a ser mandante de campo naquele Estádio, quando atua em casa.
            Ainda por cima o Benfica começou com um canto contra… que ia dando golo num contra-ataque perfeito, não fosse o egoísmo momentâneo de Carcela (mais um grande jogo do marroquino), que poderia ter dado a bola a Jonas, que aparecia pelo lado, completamente sozinho e de baliza aberta. Acontece.
            Todavia, o Benfica mandou sempre no jogo. Hoje sim, viu-se uma equipa com ideias, com uma boa fase de construção e com soluções. Um comportamento próprio de uma equipa como o Glorioso. Esta partida – hoje posso afirmar – encheu-me as medidas. O golo dos alvinegros nasceu de uma falha ao nível dos distritais. Mas ainda bem. Não foi de nenhum erro posicional de que o Benfica tanto tem sido pródigo. Aliás, a equipa tem mostrado boa consistência e nos últimos 11 jogos, venceu uma dezena. Sofre menos golos – 11 golos sofridos até agora, no campeonato, terceira melhor defesa – e, sobretudo, é muito concretizadora. 45 tentos, perfazendo (de longe) o melhor ataque da I Liga. A diferença de golos é, assim, a maior de todos os clubes: 34.
Legenda: Mais uma grande atuação do nosso Jonas.
            Imagem retirada de desporto.sapo.pt

            As duas únicas grandes oportunidades para o Nacional chegar o golo foram de erros grosseiros e não estratégicos. A primeira deu golo. A segunda poderia ter dado, quando Fejsa – mais um jogo monstruoso deste sérvio, um dos melhores em campo, sem dúvida – escorregou e entregou a bola diretamente para o homem do madeirense. Felizmente, este não teve arte nem engenho para bater Júlio César.
            Enfim, o que dizer de Jonas – mais três golinhos e já leva 18 ao todo. Reparem que com Carcela, que ajuda mais a defender, Eliseu é muito mais compacto e erra menos: não está constantemente a enfrentar situações de inferioridade numérica – que são a coisa que mais se deve evitar no futebol. Isso acontece quando joga o nosso mágico Gaitán, que não ajuda tanto atrás. Não querendo fazer de treinador de bancada, mas, para mim, Gaitán não é extremo e é no meio que deve jogar. Carcela mostra-se jogador. O africano precisava de tempo de jogo para ganhar confiança. E fê-lo.
            Por um lado, ainda bem que o Benfica já jogou este jogo. Despachou com distinção e não tem que andar a arranjar espaço num calendário apertadíssimo. Neste mês, só por uma ocasião o Glorioso joga em casa: com o Arouca. Só há uma opção para todas as partidas: vencer, vencer e vencer. Voltem depressa, lesionados! Um comboio chamado Sport Lisboa e Benfica está em andamento. E parece que quando atingir o ritmo, será imparável.   

P.S. – Pegando numa célebre frase do professor Manuel Machado, treinador do Nacional e figura que respeito imensamente, aquando das assinaturas dos respetivos contratos dos direitos televisivos, em que dizia o seguinte: “O fosso entre pequenos e grandes está-se a cavar e não há ninguém que ponha mão nisto!”. Pois bem, também não há ninguém que ponha mão a esta situação insustentável da Choupana.



Assinado: Palmerston
1 comentários
  1. O comportamento dos adeptos do benfica na Madeira foi deplorável...

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