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01 outubro 2015

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01 outubro 2015 3 Comentários
            É fácil falar nas vitórias. Nos triunfos, tudo parece simples: corre sempre bem, o universo foi pormenorizadamente estudado e as possibilidades lançadas. O nosso caro Voltaire, grande filósofo das Luzes, bem dizia – “Um general vitorioso nunca cometeu erros aos olhos do público, ao passo que um general vencido só fez asneiras, por mais sensato que tenha sido o seu procedimento”. É verdade. A história é que fica. E essa é escrita (na maioria das vezes) pelos vencedores. Nesta quarta-feira, último dia do mês Setembro de 2015, foi o Sport Lisboa e Benfica quem a escreveu.
            Sozinho na sala. O coração em Madrid. Aquele branco lindo das camisas outrora vermelhas. Os 3 mil lá em cima a gritar que nem loucos. O golo madrugador dos colchoneros a fazer prever o pior… Júlio em grande. E eis que o Glorioso dá uma sapatada no encontro e com um tiro de raiva, o nosso mágico empata a partida. Gritei. Arrepiei. Sozinho. Sempre. Sou supersticioso. Confesso. Estava com a “fezada” antes do jogo. Culpado por isso. Talvez por esse facto tenha assistido à jornada mais descansado do que é costume. Muitos ex-jogadores de um e de outro lado… sede de vitória.


            Legenda: Por que jogas tanto, Nico?
                 Fotografia retirada de redpass.blogs.sapo.pt 

            Intervalo. Vamos lá, Benfica! Entras de rompante no segundo tempo e o menino Gonçalo manda mais um tiro lá para dentro, desta vez a passe do mágico. Quase sem ângulo. Ui, que festa! Que delícia! Foi a nossa faena. Depois… foi aguentar, mas não muito, porque em apenas um único lance – dois remates – Júlio mostrou para o que vinha e porque tem o nome do congénere Dictator, que cerca de 2 mil anos atrás foi brutalmente abatido pelos amigos. Isso não vai acontecer com o nosso; garanto. Nós somos amigos do Júlio. De verdade. Não somos Brutus. Fim de jogo. Primeira derrota na era Simeone, para a Liga dos Campeões, no Vicente Calderón. Triunfo com um clube que gastou bem mais de 100 milhões de euros em reforços, neste defeso. “O dinheiro não é tudo!”, mas compra muita coisa. Só não compra a vontade. Porque essa nunca faltou. E não compra a comparação, porque essa o Benfica não tem.
            Não quero individualizar. Já aqui escrevi. O jogo é coletivo. No estilo que por ora escrevo, também não ficaria bem. Sem qualquer tipo de pedantismo ou vaidade. Dou nota 10 a todos. Já devem ter reparado no título protuberante do artigo. Pois bem. Deixo ao vosso critério. Sempre me disseram que o título se faz no fim… mas não fui capaz. Quero dar uma de Andy Warhol, o percursor da pop art: deixar que o espetador faça parte da obra. E tal como a pop art, também o Benfica é feito para o povo.



Assinado: Palmerston
3 comentários
  1. Texto lindo. Um pequeno reparo a um erro que muita gente comete: Júlio César nunca foi imperador (o primeiro imperador foi Otávio César Augusto).

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    Respostas
    1. Olá, caríssimo. Muito obrigado pelo elogio. Tem toda a razão e sendo eu um estudante e amante da Roma Antiga é um erro crasso. Mas vou deixar como está, pois embora, de facto, só Augusto tenha iniciado o Império, César foi o último Dictator, ou seja, a grande cabeça de Roma. Praticamente era um imperador, só não tinha esse título. Mas obrigado pelo reparo.
      Saudações Gloriosas.

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  2. Titulo:- IMPERIAL ou, usando a expressão que o site do Atleti utilizou aquando do sorteio(El Rey de Portugal)
    - O REGRESSO DO REY

    SB

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