FOI HÁ 47 ANOS, EM 5 DE DEZEMBRO DE
1967, QUE FERNANDO CABRITA SE ESTREOU PARA SER CAMPEÃO NACIONAL COMO TREINADOR
DO GLORIOSO FUTEBOL.
NOTA: Tinha previsto, pouco tempo depois do seu falecimento,
em 22 de Setembro de 2014, fazer um destaque devido e merecido a Fernando
Cabrita. E pensei-o para ser publicado neste dia simbólico, em que se (re)estreou
como treinador do plantel profissional do Clube. Numa "segunda estreia" que iria consagrá-lo como campeão nacional em 1967/68. Entretanto...
Surgiram duas "contrariedades"
Primeiro apesar de ter todo o "material disponível e
realizado", tal como o texto e as fotografias, percebi que estas eram
"demasiado pesadas" necessitando de correcção técnica (para ficarem
"mais leves") que não sei fazer, por isso tenho de pedir a terceiros. (Afinal é mais fácil do que pensava. Viva a autonomia! E a minha filha que me ensinou!)
Ontem não foi possível terminar a tempo, pois estes textos
têm de se adiantar progressivamente, pois são programados para a meia-noite, mas só os
consigo terminar depois do trabalho, ou seja entre "o depois de jantar" e a
citada meia-noite. Ora, como dizia, ontem dei prioridade ao lançamento do livro
"Plantel Glorioso" que das 18 horas se prolongou até tarde e ainda
mais tarde ficou quando aproveitei para pôr a conversa em dia com tantas
Glórias Eternas do Benfica.
Como quero fazer uma edição condigna
Vou reprogramar para a meia-noite, de domingo para segunda-feira,
ou seja de 7 para 8 de Dezembro, esperando que não surja algum tema de última
hora que se torne prioritário.
Não quero que seja mais um "Fernando
Cabrita morreu"
Nos últimos tempos, assistimos a necrologias do tipo
"vamos lá falar deste que se não o fizermos parece mal". Até no
Benfica já assisti a isso através daquela personagem inqualificável que todos
os Benfiquistas já toparam! No «Em Defesa do Benfica» não fazemos fretes a nada
nem a ninguém. Honramos o Benfica e o Benfiquismo. Pelo menos pretendemos que
assim seja. Se conseguimos ou não, isto terão de ser os outros a opinar. Assim
o texto e as fotografias terão a dimensão que achamos justa face à sua
importância, real e sentimental, no "Glorioso". E por convicção. Não
por obrigação ou necessidade. Por apreço e gosto em "Honrar os ases que nos honraram o
passado"!
Entretanto o EDB publica a sua primeira
grande entrevista
Ainda como treinador dos juniores e principiantes (juvenis)
do "Glorioso" publicada no mensário Benfica Ilustrado n.º 79, em
Abril de 1964, nas páginas 2 (entrevista de Carlos Martins) e 3
(fotoreportagem). Estas digitalizações até já estavam previstas, desde poucos
dias após o seu falecimento quando decidi fazer a merecida homenagem, mas para
depois de 5 de Dezembro. Entretanto pelos motivos atrás apresentados inverti a
publicação, o que em termos cronológicos, até tem lógica - ele começou no
Benfica em 1963 nestas funções de técnico daquilo que actualmente se designa
por "Formação".
Mas não posso deixar de escrever acerca
da efeméride de há 47 anos
Ainda que resumidamente, pois terá a devido destaque de domingo para
segunda-feira.
Iniciou a temporada de 1967/68 como treinador adjunto de Fernando Riera
mas com a degradação da relação entre o treinador e alguns dirigentes do Clube,
apesar do Benfica estar a realizar uma boa temporada, foi solicitado a Fernando
Cabrita que dirigisse a equipa de futebol sénior de Honra (havia também a
Reserva). O lacobrigense assumiu o compromisso em 1 de Dezembro de 1967. A
tarefa era aliciante. O Benfica após a 7.ª jornada do campeonato nacional
seguia na liderança ex-aequo com o 2.º classificado. Na Taça dos Clubes
Campeões Europeus o "Glorioso" eliminara (ainda com Riera, este foi aliás o seu derradeiro jogo como treinador) o campeão francês AS Saint-Étienne
(derrota por 0-1 em França, após vitória por 2-0 na "Saudosa
Catedral"). Na Taça de Portugal estava apurado para os dezasseis-avos-de-final
(o Benfica até ficaria isento), após derrotar, por 4-1, o CD Montijo, no
estádio do montijenses e por 9-0 em Lisboa.
A estreia de Cabrita no "banco" ocorreu em 5 de Dezembro de
1967, há 47 anos, na 8.ª jornada do campeonato nacional da I Divisão, frente ao
GD CUF Barreiro (actual GD Fabril), então um dos clubes mais poderosos de
Portugal, no nosso "Ninho da Luz". O "Glorioso" venceu por
3-1, com 1-0 ao intervalo, golos de: Eusébio (1-0, aos 41 minutos), José Augusto (2-0, aos 49 minutos) e Coluna (3-1, aos 84 minutos).
Em relação ao último jogo - AS Saint-Étienne - orientado pelo Glorioso e Injustiçado Riera,
Fernando Cabrita fez poucas alterações.
Manteve o guarda-redes: José Henrique;
Manteve a defesa: Cavém, Humberto Fernandes, Jacinto Santos e Cruz;
Fez alterações tácticas no meio-campo (Jaime Graça, capitão Coluna e
José Augusto) e na linha avançada (Eusébio, Iaúca e Vieira), mantendo os mesmos
jogadores. As principais mudanças tácticas foram duas: adiantar mais o centrocampista Jaime Graça para
incursões como extremo-direito e trocar as posições de Eusébio e Iaúca,
passando Eusébio a jogar a avançado-centro e Iaúca "descaído" para a ala
direita beneficiando do apoio do inesgotável Jaime Graça.
E foi assim que começou uma "aventura" que permitiria a
Fernando Cabrita entrar para a restrita lista dos treinadores campeões
nacionais em Portugal. O resto... fica para a próxima segunda-feira!
Em rigor - 7 nos "AA" e 4 nos "BB" |
Benfica Ilustrado n.º 79, em Abril de 1964; páginas 2 (entrevista de Carlos Martins) e 3 (fotoreportagem).
NOTA FINAL: Uma lição total. E actual, passado meio-século. Até para o Caixa Futebol Campus.
Obrigado Cabrita! Até breve, aqui no EDB!
Alberto Miguéns
Muito bom!
ResponderEliminarUma justa homenagem a quem muito deu ao Benfica. Apenas uma pequena ressalva: O Benfica perdeu por 1-0 em França, depois de ter ganho por 2-0 na Luz.
ResponderEliminarSaudações Benfiquistas
Alberto de Carteado Malheiro
Caro Alberto do Carteado Malheiro
EliminarObrigado
Claro! Uma derrota inesperada e considerada pouco digna que precipitou a saída de Fernando Riera. Além disso o sofrimento foi grande pois Béréta marcou aos 10 minutos. Tiveram 80 minutos para empatar a eliminatória. Obrigado pela nota de correcção. Só prova que "Depressa e bem não há quem!
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns