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05 julho 2012

Pedro Proença Sem Razão (Mais Uma Vez...)

05 julho 2012 4 Comentários
HUMOR

Record; página 38; 3 de Julho de 2012



Afinal o senhor árbitro Pedro Proença queixou-se do esquecimento, aborrecimento e empobrecimento da República Portuguesa, mas sem razão. Até teve a fanfarra a esperá-lo no aeroporto!



Depois de mostrarmos a recepção aos que se consideram ser os “Heróis Nacionais do Euro”, recebendo as devidas vénias, honrarias e “massaroca” por tal desiderato, vamos ao que interessa.

Record; página 38; 3 de Julho de 2012

A Bola; página 23; 3 de Julho de 2012

O Jogo; página 40; 3 de Julho de 2012
Jornal de Notícias; página 36; 3 de Julho de 2012

Diário de Notícias; página 41; 3 de Julho de 2012

Correio da Manhã; página 32; 3 de Julho de 2012
Como eu tenho sido ingénuo
O árbitro Pedro Proença tem tudo para ser considerado um dos melhores do Mundo, segundo os conceitos da UEFA. Da FIFA ainda estamos para ver. Do IFAB ou International Board (que é de facto, e não a FIFA, o organismo que controla a história, alteração e aplicação das “17 Leis”) também… vamos ver.
Eu que andava enganado, e não foi pouco tempo, a pensar que Pedro Proença “apenas” chegou a internacional porque ostensivamente e com “espalhafato” abusa da dualidade de critérios nos jogos em que intervém o Benfica (sendo mais rigoroso connosco e mais permissivo com os nossos adversários) e o FC Porto (sendo mais permissivo com os andróides e mais rigoroso com os seus adversários).
Só que não percebia, apesar de saber, que Guilherme Aguiar, esse autarca rasca, tem mais poder dentro da UEFA do que se pensava, também porque os nossos media não sabem, não conseguem ou não querem dar as informações que deviam dar.

Porque mudou o conceito de “árbitro”
Nós, os adeptos, temos não um mas dois problemas na apreciação dos árbitros (que não das arbitragens, porque aí vemos o que se passa todos os fins-de-semana e, às vezes, até duas vezes por semana). Quais são os “nossos dois problemas”? 

A classe… infelizmente, vezes demasiadas, sem classe
Não estamos por dentro da corporação – padrinhos, golpadas, ascensões e quedas programadas, cumplicidades, jogos de poder, guerras surdas entre regiões, dirigismo e o “diz que disse” que numa classe, como a dos árbitros, em que com poucas habilitações podem ganhar dez vezes mais como amadores da arbitragem (5 mil mês) do que como profissionais de um qualquer sector da população activa (500 euros mensais). Alguns já nem fazem mais nada, do que ser “árbitro amador”.

Protagonistas & protagonismos
O “outro problema”? Nós temos sempre tendência – não é só com os árbitros – a ver qualquer actividade como reflexo da ideia que temos dela, e essa ideia é construída no passado. Ou seja, “trocado por miúdos” nós vemos os árbitros dos anos 10 do século XXI como víamos os árbitros nos anos 60/70 (para mim que sou cinquentenário – deve ser o nome para quem tem 51 anos), ou nos anos 80 ou 90 para as gerações mais novas. O que era um árbitro (a maior parte deles, porque sempre houve intrujões) nesses tempos? Alguém com as seguintes características de personalidade: queria “passar despercebido” intervindo o menos possível, austero com os jogadores (como se fosse um juiz em campo), um exemplo de respeito para ser respeitado, eticamente responsável procurando não viciar resultados pondo em causa a verdade desportiva das competições, valor e esforço dos clubes e a actividade profissional dos futebolistas (estes sim, profissionais) e pouco ambicioso, porque a actividade de árbitro era um “gancho” de complemento à actividade profissional. Alguém com as seguintes características técnicas: excelente conhecedor das “17 Leis do Jogo” e do “Regulamento das Competições”, equilibrado, com bom senso e equitativo, para fazer cumprir as leis, as regras das competições e o espírito do jogo, ou seja, marcando presença para dissuadir infractores, mas sem tibiezas, nem receios, intervindo quando necessário, fazendo respeitar o futebol e os futebolistas, para não adulterar a ideia do futebol: marcar legal (golos) para vencer, pontuar (ou eliminar) e conquistar.

Pedro Proença é o modelo da última geração de apitadores
Só que a ideia que nós tínhamos (eu tinha) de árbitro mudou. Os árbitros agora são uma espécie de estrelas pop. Figuras de calendário para cabeleireiro de senhoras de meia-idade. Cultura da pastilha elástica mas bem embalada, com cromo. Muita brilhantina num penteado esgalhado, sorriso pepsodente ou colgate, fatos grifados, braços sempre prontos a um abraçar rápido ou para dar palmadinhas nas costas e, sempre que possível (nem que seja à sua espera junto dos fotógrafos e televisões) sempre (bem…) acompanhados por uma rapariga vistosa.
E o essencial, a… arbitragem nos jogos. Bem, como se viu no recente Campeonato Europeu, há quem controle os disparates e erros graves, escondendo-os nas imagens, manipulando emoções dos espectadores ou dando “cenouras” que fazem os media passar, rapidamente para “outra”! Golo legal não validado, grandes penalidades mal assinaladas ou por assinalar e foras-de-jogo mal ou por assinalar, dualidade na apreciação das faltas e na amostragem de cartões. Resolve-se o “problema” controlando o jogo a meio-campo ou inclinando-o. Mesmo com os auriculares um árbitro não pode corrigir uma situação instantânea, mas se for avisado que errou pode ir procurando, qual formiguinha ou abelhão, “corrigir o erro” durante o tempo que falta até terminar o jogo.
Eis Pedro Proença, esse modelo de “Árbitro Made in UEFA”.

Vamos, rapidamente, perceber em 2012/13 para onde corre Proença & Amigos
Venha lá a temporada oficial 2012/13 para vermos em acção o melhor árbitro da Europa, quiçá do Mundo e Arredores. Estou mais desejoso de ver o Benfica, os nossos futebolistas, treinadores e os espectadores Benfiquistas em euforia, mas… cheio de vontade em perceber o que anda Proença a espalhar pelos campos deste país. E para esta época vamos levar com ele a “dobrar” – na Superliga e na II Liga, com o Benfica B. Que delícia!

Se Proença pensa que os Benfiquistas vão passar a aturar, pacientemente, as suas “Proençadas” nos nossos jogos, pode “tirar o cavalinho da chuva…”

Alberto Miguéns

NOTA: Como eu gostava de saber (até pagava) se os árbitros através dos auriculares só recebem informações dos auxiliares e quarto árbitro ou se… de mais alguém junto a televisores ou escondidos nas tribunas. Acredito (pouco) na versão oficial…

4 comentários
  1. mais uma analise do fénomeno impar, grande AM. quanto à mim nao tenho a minima das ilusoes este ano é para roubar e pior que os dois anos anteriores e o circo dos choradinhos e indignaçoes vai continuar! Nao temos nada à esperar desta gente, temos sim é que meter lhes uma pressao logo à partida e mesmo se algumas virgens ofendidas clamam forte que isto é intimidaçao ou coacçao: temos que estar à altura dos nossos principios e valores! sem isso mais proençadas, soisas, malquerença, etc! Viva o Benfica!!

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  2. Excelente análise. Desconfio que os auriculares servem também para dar outros avisos.

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  3. Qaunto à questão dos "auriculares" como os apelidas, posso garantir-te que não há ninguém a soprar-lhes ao ouvido através dos "auriculares" antes, durante ou depois dos jogos. Podem soprar por outro lado, mas não durante os jogos e menos ainda pelos aparelhos

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  4. Fala-se tanto em "Profissionalização" mas isso não irá resolver nada! Profissionalizar neste momento os árbitros é o mesmo do que cobrar impostos a assaltantes de bancos!!
    Primeiro tem que se acabar com o actual sistema que começa nas Associações!!


    PS: http://www.juventus.com/juve/en/news/4july2012_friendly

    Referem eles em relação ao SLB: (...) . They boast a proud history, having won 27 championships and two European Cups since their foundation in 1904."

    Clube que nasce corrupto rouba em tudo o que pode. Até nos sonegam 5 campeonatos. :)

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