Afinal o senhor árbitro
Pedro Proença queixou-se do esquecimento, aborrecimento e empobrecimento da
República Portuguesa, mas sem razão. Até teve a fanfarra a esperá-lo no
aeroporto!
Depois de mostrarmos a
recepção aos que se consideram ser os “Heróis Nacionais do Euro”, recebendo as
devidas vénias, honrarias e “massaroca” por tal desiderato, vamos ao que
interessa.
Record; página 38; 3 de Julho de 2012 |
A Bola; página 23; 3 de Julho de 2012 |
O Jogo; página 40; 3 de Julho de 2012 |
Jornal de Notícias; página 36; 3 de Julho de 2012 |
Diário de Notícias; página 41; 3 de Julho de 2012 |
Correio da Manhã; página 32; 3 de Julho de 2012 |
Como eu tenho sido ingénuo
O árbitro Pedro Proença tem
tudo para ser considerado um dos melhores do Mundo, segundo os conceitos da
UEFA. Da FIFA ainda estamos para ver. Do IFAB ou International Board (que é de
facto, e não a FIFA, o organismo que controla a história, alteração e aplicação
das “17 Leis”) também… vamos ver.
Eu que andava enganado, e
não foi pouco tempo, a pensar que Pedro Proença “apenas” chegou a internacional
porque ostensivamente e com “espalhafato” abusa da dualidade de critérios nos
jogos em que intervém o Benfica (sendo mais rigoroso connosco e mais permissivo
com os nossos adversários) e o FC Porto (sendo mais permissivo com os andróides
e mais rigoroso com os seus adversários).
Só que não percebia, apesar
de saber, que Guilherme Aguiar, esse autarca rasca, tem mais poder dentro da
UEFA do que se pensava, também porque os nossos media não sabem, não conseguem
ou não querem dar as informações que deviam dar.
Porque mudou o conceito de “árbitro”
Nós, os adeptos, temos não
um mas dois problemas na apreciação dos árbitros (que não das arbitragens,
porque aí vemos o que se passa todos os fins-de-semana e, às vezes, até duas
vezes por semana). Quais são os “nossos dois problemas”?
A classe… infelizmente, vezes demasiadas, sem classe
Não estamos por dentro da
corporação – padrinhos, golpadas, ascensões e quedas programadas,
cumplicidades, jogos de poder, guerras surdas entre regiões, dirigismo e o “diz
que disse” que numa classe, como a dos árbitros, em que com poucas habilitações
podem ganhar dez vezes mais como amadores da arbitragem (5 mil mês) do que como
profissionais de um qualquer sector da população activa (500 euros mensais).
Alguns já nem fazem mais nada, do que ser “árbitro amador”.
Protagonistas & protagonismos
O “outro problema”? Nós
temos sempre tendência – não é só com os árbitros – a ver qualquer actividade
como reflexo da ideia que temos dela, e essa ideia é construída no passado. Ou
seja, “trocado por miúdos” nós vemos os árbitros dos anos 10 do século XXI como
víamos os árbitros nos anos 60/70 (para mim que sou cinquentenário – deve ser o
nome para quem tem 51 anos), ou nos anos 80 ou 90 para as gerações mais novas.
O que era um árbitro (a maior parte deles, porque sempre houve intrujões)
nesses tempos? Alguém com as seguintes características de personalidade: queria
“passar despercebido” intervindo o menos possível, austero com os jogadores
(como se fosse um juiz em campo), um exemplo de respeito para ser respeitado,
eticamente responsável procurando não viciar resultados pondo em causa a
verdade desportiva das competições, valor e esforço dos clubes e a actividade
profissional dos futebolistas (estes sim, profissionais) e pouco ambicioso,
porque a actividade de árbitro era um “gancho” de complemento à actividade
profissional. Alguém com as seguintes características técnicas: excelente conhecedor
das “17 Leis do Jogo” e do “Regulamento das Competições”, equilibrado, com bom
senso e equitativo, para fazer cumprir as leis, as regras das competições e o
espírito do jogo, ou seja, marcando presença para dissuadir infractores, mas
sem tibiezas, nem receios, intervindo quando necessário, fazendo respeitar o
futebol e os futebolistas, para não adulterar a ideia do futebol: marcar legal
(golos) para vencer, pontuar (ou eliminar) e conquistar.
Pedro Proença é o modelo da última geração de apitadores
Só que a ideia que nós
tínhamos (eu tinha) de árbitro mudou. Os árbitros agora são uma espécie de
estrelas pop. Figuras de calendário para cabeleireiro de senhoras de
meia-idade. Cultura da pastilha elástica mas bem embalada, com cromo. Muita
brilhantina num penteado esgalhado, sorriso pepsodente ou colgate, fatos
grifados, braços sempre prontos a um abraçar rápido ou para dar palmadinhas nas
costas e, sempre que possível (nem que seja à sua espera junto dos fotógrafos e
televisões) sempre (bem…) acompanhados por uma rapariga vistosa.
E o essencial, a…
arbitragem nos jogos. Bem, como se viu no recente Campeonato Europeu, há quem
controle os disparates e erros graves, escondendo-os nas imagens, manipulando
emoções dos espectadores ou dando “cenouras” que fazem os media passar,
rapidamente para “outra”! Golo legal não validado, grandes penalidades mal
assinaladas ou por assinalar e foras-de-jogo mal ou por assinalar, dualidade na
apreciação das faltas e na amostragem de cartões. Resolve-se o “problema” controlando
o jogo a meio-campo ou inclinando-o. Mesmo com os auriculares um árbitro não
pode corrigir uma situação instantânea, mas se for avisado que errou pode ir
procurando, qual formiguinha ou abelhão, “corrigir o erro” durante o tempo que
falta até terminar o jogo.
Eis Pedro Proença, esse
modelo de “Árbitro Made in UEFA”.
Vamos, rapidamente, perceber em 2012/13 para onde corre
Proença & Amigos
Venha lá a temporada
oficial 2012/13 para vermos em acção o melhor árbitro da Europa, quiçá do Mundo
e Arredores. Estou mais desejoso de ver o Benfica, os nossos futebolistas,
treinadores e os espectadores Benfiquistas em euforia, mas… cheio de vontade em
perceber o que anda Proença a espalhar pelos campos deste país. E para esta
época vamos levar com ele a “dobrar” – na Superliga e na II Liga, com o Benfica
B. Que delícia!
Se Proença pensa que os Benfiquistas vão passar a aturar,
pacientemente, as suas “Proençadas” nos nossos jogos, pode “tirar o cavalinho
da chuva…”
Alberto Miguéns
NOTA: Como eu gostava de
saber (até pagava) se os árbitros através dos auriculares só recebem
informações dos auxiliares e quarto árbitro ou se… de mais alguém junto a
televisores ou escondidos nas tribunas. Acredito (pouco) na versão oficial…
mais uma analise do fénomeno impar, grande AM. quanto à mim nao tenho a minima das ilusoes este ano é para roubar e pior que os dois anos anteriores e o circo dos choradinhos e indignaçoes vai continuar! Nao temos nada à esperar desta gente, temos sim é que meter lhes uma pressao logo à partida e mesmo se algumas virgens ofendidas clamam forte que isto é intimidaçao ou coacçao: temos que estar à altura dos nossos principios e valores! sem isso mais proençadas, soisas, malquerença, etc! Viva o Benfica!!
ResponderEliminarExcelente análise. Desconfio que os auriculares servem também para dar outros avisos.
ResponderEliminarQaunto à questão dos "auriculares" como os apelidas, posso garantir-te que não há ninguém a soprar-lhes ao ouvido através dos "auriculares" antes, durante ou depois dos jogos. Podem soprar por outro lado, mas não durante os jogos e menos ainda pelos aparelhos
ResponderEliminarFala-se tanto em "Profissionalização" mas isso não irá resolver nada! Profissionalizar neste momento os árbitros é o mesmo do que cobrar impostos a assaltantes de bancos!!
ResponderEliminarPrimeiro tem que se acabar com o actual sistema que começa nas Associações!!
PS: http://www.juventus.com/juve/en/news/4july2012_friendly
Referem eles em relação ao SLB: (...) . They boast a proud history, having won 27 championships and two European Cups since their foundation in 1904."
Clube que nasce corrupto rouba em tudo o que pode. Até nos sonegam 5 campeonatos. :)