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18 novembro 2024

A Época Esquecida: 1963/1964 (Parte I)

18 novembro 2024 1 Comentários

INJUSTAMENTE. PRINCIPALMENTE O TREINADOR QUE FOI RESPONSÁVEL POR ELA: LAJOS CZEIZLER.




Foi um dos melhores treinadores do Benfica, mas... o "azar" nos oitavos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus não só o escondeu da memória, como ditou que apenas ficaria uma temporada, apesar dos resultados brilhantes a nível nacional.


O destaque a esta temporada e ao treinador estiveram programados para Abril de 2024

Para assinalar os 60 anos da sua passagem pelo «Glorioso» e dar destaque a uma conquista inolvidável do campeonato nacional (o 13.º em 38) mas o facto deste blogue entender ficar suspenso devido ao "ruído" à volta do Benfica atirou esta recordação e tentar repor alguma justiça, divulgando informação, para uma data posterior. Não poderia era deixar 2024 terminar.



UM RESUMO PARA DEPOIS CONCRETIZAR

 

O Benfica fez "tudo bem" entre 1962/63 e 1963/64

Foi a última época em que o presidente Maurício Vieira de Brito, embora "por fora" desde o início de 1962 - nem era presidente aquando da conquista do Bicampeonato Europeu - ainda continuou Benemérito do Clube. O objectivo era "simples" - colocar o Benfica pela quarta vez consecutiva na final da principal competição da UEFA - mas desta vez não falhar, como frente ao AC Milan, na temporada anterior: 

1. Rejuveneceu-se (e deu-se mais capacidade física) à equipa de Futebol adquirindo os futebolistas mais caros (até então) pelo Benfica que tinham sobressaído na temporada anterior (o Clube só podia contratar futebolistas portugueses): os avançados, Iaúca (CF "Os Belenenses") e Serafim (FC Porto), além do defesa/centrocampista, Luciano (SC Olhanense);

2. Contratou-se um treinador húngaro, Lajos Czeizler considerado dos melhores (por isso mais caro) a trabalhar na Europa, com muita experiência no futebol italiano e da "escola Béla Guttmann": é preferível vencer por 5-4 a consegui-lo por 1-0.



Numa pré-época exigente o Benfica mostrou a superioridade esperada

Conquista e vitórias expressivas, desde o Torneio Ramón de Carranza com FC Barcelona (V 3-2) e ASF Fiorentina (V 7-3), a jogos em Portugal frente aos melhores clubes.


Campeonato Nacional conquistado com marcas inacreditáveis

Ainda na actualidade, com vários destaques: 103 golos marcados em 26 jornadas (média de 3.96, ou seja, quase 4 golos por jogo), um golo sofrido por jogo, 46 pontos obtidos em 52 possíveis (88.5 por cento de pontos conquistados) e mais do dobro dos golos marcados pelo segundo classificado (2 x 51 = 102 < 103). Seis pontos de vantagem.



Na Taça de Portugal o «Glorioso» foi demolidor... até na final frente ao FC Porto

Ainda disputada no "modelo Campeonato de Portugal" nome que antecedeu o de "Taça de Portugal" jogada sempre a duas mãos, o Benfica demoliu o FC Porto (segundo classificado no campeonato nacional) na final, com 6-2. O Sporting CP sucumbiu precocemente com o Vitória FC Setúbal que depois foi eliminado pelo CF "Os Belenenses" e este pelo Benfica, nas meias-finais: 3-1 e 3-0 (fora).

 


Muito "azar" nos oitavo0s-de-final

Começou logo no jogo da primeira-mão, na «Saudosa Catedral»:




E tudo terminaria, na segunda-mão, em Dortmund (D 0-5) jogada um mês depois da primeira-mão. Lajos Czeizler ficou impedido de utilizar seis titulares, por estarem lesionados: Eusébio; Costa Pereira (guarda-redes); José Torres (ponta-de-lança); e os defesas-centrais, Germano, Raul e Jacinto (ou seja, jogou Humberto Fernandes que seria uma espécie de 5.º central com Luciano). Seis em onze!


Continua...

 

Alberto Miguéns

1 comentários
  1. Por diversas vezes reflito nos caprichos do acaso, sorte ou destino, o que se queira chamar. O Benfica podia e devia ter sido 3 ou 4 vezes campeão europeu na década de 60...
    Esta temporada de Czeiler foi uma delas, assim como as temporadas com Riera e Schwarz. Treinadores de grande talento, bem mereciam ter chegado a esse estatuto de campeão europeu.
    O Benfica brilhou como nenhum outro clube europeu. Só os caprichos do acaso, sorte ou destino nos negaram ainda mais glórias.

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