INJUSTAMENTE. PRINCIPALMENTE O TREINADOR QUE FOI RESPONSÁVEL POR ELA: LAJOS CZEIZLER.
Foi um dos melhores treinadores do Benfica, mas... o "azar" nos oitavos-de-final da Taça dos Clubes Campeões Europeus não só o escondeu da memória, como ditou que apenas ficaria uma temporada, apesar dos resultados brilhantes a nível nacional.
O destaque a esta temporada e ao treinador estiveram programados para Abril de 2024
Para assinalar os 60 anos da sua passagem pelo «Glorioso» e dar destaque a uma conquista inolvidável do campeonato nacional (o 13.º em 38) mas o facto deste blogue entender ficar suspenso devido ao "ruído" à volta do Benfica atirou esta recordação e tentar repor alguma justiça, divulgando informação, para uma data posterior. Não poderia era deixar 2024 terminar.
O Benfica fez "tudo bem" entre 1962/63 e 1963/64
Foi a última época em que o presidente Maurício Vieira de Brito, embora "por fora" desde o início de 1962 - nem era presidente aquando da conquista do Bicampeonato Europeu - ainda continuou Benemérito do Clube. O objectivo era "simples" - colocar o Benfica pela quarta vez consecutiva na final da principal competição da UEFA - mas desta vez não falhar, como frente ao AC Milan, na temporada anterior:
1. Rejuveneceu-se (e deu-se mais capacidade física) à equipa de Futebol adquirindo os futebolistas mais caros (até então) pelo Benfica que tinham sobressaído na temporada anterior (o Clube só podia contratar futebolistas portugueses): os avançados, Iaúca (CF "Os Belenenses") e Serafim (FC Porto), além do defesa/centrocampista, Luciano (SC Olhanense);
2. Contratou-se um treinador húngaro, Lajos Czeizler considerado dos melhores (por isso mais caro) a trabalhar na Europa, com muita experiência no futebol italiano e da "escola Béla Guttmann": é preferível vencer por 5-4 a consegui-lo por 1-0.
Numa pré-época exigente o Benfica mostrou a superioridade esperada
Conquista e vitórias expressivas, desde o Torneio Ramón de Carranza com FC Barcelona (V 3-2) e ASF Fiorentina (V 7-3), a jogos em Portugal frente aos melhores clubes.
Campeonato Nacional conquistado com marcas inacreditáveis
Ainda na actualidade, com vários destaques: 103 golos marcados em 26 jornadas (média de 3.96, ou seja, quase 4 golos por jogo), um golo sofrido por jogo, 46 pontos obtidos em 52 possíveis (88.5 por cento de pontos conquistados) e mais do dobro dos golos marcados pelo segundo classificado (2 x 51 = 102 < 103). Seis pontos de vantagem.
Na Taça de Portugal o «Glorioso» foi demolidor... até na final frente ao FC Porto
Ainda disputada no "modelo Campeonato de Portugal" nome que antecedeu o de "Taça de Portugal" jogada sempre a duas mãos, o Benfica demoliu o FC Porto (segundo classificado no campeonato nacional) na final, com 6-2. O Sporting CP sucumbiu precocemente com o Vitória FC Setúbal que depois foi eliminado pelo CF "Os Belenenses" e este pelo Benfica, nas meias-finais: 3-1 e 3-0 (fora).
Muito "azar" nos oitavo0s-de-final
Começou logo no jogo da primeira-mão, na «Saudosa Catedral»:
E tudo terminaria, na segunda-mão, em Dortmund (D 0-5) jogada um mês depois da primeira-mão. Lajos Czeizler ficou impedido de utilizar seis titulares, por estarem lesionados: Eusébio; Costa Pereira (guarda-redes); José Torres (ponta-de-lança); e os defesas-centrais, Germano, Raul e Jacinto (ou seja, jogou Humberto Fernandes que seria uma espécie de 5.º central com Luciano). Seis em onze!
Continua...
Alberto
Miguéns
Por diversas vezes reflito nos caprichos do acaso, sorte ou destino, o que se queira chamar. O Benfica podia e devia ter sido 3 ou 4 vezes campeão europeu na década de 60...
ResponderEliminarEsta temporada de Czeiler foi uma delas, assim como as temporadas com Riera e Schwarz. Treinadores de grande talento, bem mereciam ter chegado a esse estatuto de campeão europeu.
O Benfica brilhou como nenhum outro clube europeu. Só os caprichos do acaso, sorte ou destino nos negaram ainda mais glórias.