FALECEU ESTA TERÇA-FEIRA (7 DE NOVEMBRO DE 2023) EM COIMBRA, O ETERNO FUTEBOLISTA MOINHOS.
Tinha 74 anos e seis meses. Nasceu, a 13 de Maio de 1949, em Vila Nova de Gaia. Estreou-se no «Glorioso», aos 24 anos e três meses, a 5 de Agosto de 1973, em Lourenço Marques, atual Maputo (Moçambique), frente ao América FC, do Rio de Janeiro (Brasil).
Em quatro temporadas - 1973/74 a 1976/77 - esteve em retumbantes conquistas do «Glorioso»
Fez parte dos plantéis que conquistaram o Tricampeonato Nacional (1974/75 a 1976/77) organização da FPF (não havia Liga) além de duas Taças de Honra de Lisboa (AFL): 1973/74 e 1974/75.
Com cifras importantes e de valor
Avançado, marcou 36 golos, em 153 jogos actuando 10 644 minutos, ou seja, em média, um golo a cada 296 minutos, em plantéis com os quatro melhores avançados portugueses na época: Eusébio, Artur Jorge, Victor Batista e Jordão, além de Néné e Chalana. Vestiu pela última vez o «Manto Sagrado», na Amoreira, estádio António Coimbra da Mota, em 26 de Junho de 1977.
Melhor marcador do Benfica, nas três principais competições, mesmo não marcando na Taça dos Clubes Vencedores das Taças
Com 18 golos, 13 no campeonato nacional e cinco na Taça de Portugal (13 + 5 + 0). Outros avançados: Néné com 17 (11 + 3 + 3), Jordão com 11 (6 + 1 + 4), Artur Jorge com 3 (2 + 1 + 0), Victor Batista cm 3 (3 + 0 + 0), Eusébio com 2 (2 + 0 + 0) e Móia com um (1 + 0 + 0). Chalana jogava, em exclusivo, nos juniores.
Era um predestinado que podia ter feito muito mais
Driblador nato era aquilo a que se denomina "um jogador de rua". No Benfica, com um plantel bem recheado de pontas-de-lança jogou à esquerda e à direita, sempre na linha avançada. Improvisava com excelência, mas nem sempre com eficácia. Em tardes ou noites de inspiração quem não respirava eram os defesas contrários. Revelava, no entanto, fragilidades perante as defensivas, portuguesas ou estrangeiras, mais conceituadas. Quando encontrava defesas contrários fragilizados, por terem menores recursos técnicos, era perito em marcar ou assistir para outros marcaram. É um dos avançados do Benfica que fez mais assistências para golo (cerca de 50 - antigamente era mais complexo certificar números - a 60) do que os golos que marcou (36).
Goleador
No campeonato nacional marcou dois «hat-tricks": Associação Académica de Coimbra (clicar) e SC Farense (clicar). Na Taça de Portugal marcou os quatro golos do Benfica ao Leixões SC (clicar). Um dos seus melhores golos (dos que ficaram registados em imagens) à equipa da Associação Académica de Coimbra.
Em actualização até à meia-noite
O facto de ser dia de trabalho dificulta expor, com mais pormenor, a sua valia como futebolista.
Obrigado, Moinhos
Alberto Miguéns
NOTA: agradecimento ao dedicado leitor deste blogue Victor João Carocha que elaborou a imagem que ilustra esta publicação
O Boavista FC lamenta profundamente o falecimento de Mário Jorge Moinhos Matos, ex-atleta que representou o Clube durante sete épocas, tendo realizado 204 jogos oficiais e marcado 52 golos.
ResponderEliminarAo serviço das Panteras, o antigo avançado venceu a Taça de Portugal de 1978/79, assim como a Supertaça Cândido de Oliveira de 1979. A nível internacional, Moinhos representou a Seleção Nacional por sete ocasiões.
À família enlutada e aos amigos, o Boavista FC endereça as mais sentidas condolências.
até sempre 🖤
Notícia muito triste. Mais um campeão, um dos nossos a partir.
ResponderEliminarPertenceu aos nossos quadros numa época de abundância, destacando-se, o que mais releva a qualidade da sua contribuição para a glória do Sport Lisboa e Benfica.
Como era muito novo nesses tempo, não me lembro das razões para ter saído precocemente do nosso Clube. Sinto que essa saída fez parte de um conjunto de saídas inexplicáveis que debilitaram de alguma forma a qualidade do nosso ataque, no final da década de 70.
Moinhos, merece o nosso agradecimento e nossa lembrança saudosa.
Condolências à família enlutada.
Descansa em paz, campeão.
Muito obrigado, campeão.
Caro Sr. Alberto Miguéns....Na minha opinião faleceu o nosso segundo Chalana....Com a sua cabeleira inesquecível fazia a cabeça em água a quem aparecia pela frente nos seus dribles curtos....Ficará eternamente nos nossos corações benfiquistas....Até sempre Moinhos e as minhas condelências à sua familia.
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