Venha Quem Vier...

ESTÃO DEFINIDOS OS CLUBES DOS QUATRO POTES PARA O SORTEIO DE HOJE DOS OITO GRUPOS.

Com o Benfica no pote 3 arriscando ter adversários “de peso” pois o pote 2 é fortíssimo e o pote 1 é quase tão forte como o pote 2 visto que o Sporting CP não pode ser adversário, embora o Lille OSC seja, teoricamente, mais débil que qualquer clube do pote 2.

 

Eis os potes

Com as últimas três presenças - FC Shakhtar Donetsk (embora não joguem na sua cidade), FC Salzburgo e FC Sheriff (Tiraspol)  - confirmadas ontem.

Seja qual for o grupo (entenda-se adversários)

O Benfica tem obrigação de considerar-se candidato a um dos dois lugares que permitem o acesso à fase a eliminar, começando pelos oitavos-de-final. É fácil? Não, não será! É impossível? Não, não é!

CLASSIFICAÇÕES NA FASE DE GRUPOS DA LIGA DOS CAMPEÕES (2006/07 – 2020/21) *

NOTA: * Ordenamento dos clubes com base nos coeficientes UEFA em 2020/21 (última época completa)

 

No Futebol não há vencedores antecipados

É dito mas nem todos os dirigentes dos clubes interiorizam que é assim! Os que o fazem estão sempre mais próximos de terem sucesso pois acreditam nele. Quem está à partida derrotado está mais próximo de o ser. É por isso que ao olhar para o quadro que contém as classificações – últimas quinze temporadas - dos 25 clubes com melhor coeficiente nos últimos cinco anos se percebe que há clubes que se superam e outros que se “intimidam”, ou se subvalorizam e desleixam. Não vou repetir nomes pois está à vista!

 

Já vi o Benfica ser eliminado por clubes com plantéis muito mais debilitados que os do «Glorioso»

Já vi o Benfica suplantar plantéis muito mais apetrechados. São excepções? São! Mas nunca se sabe quando podem ocorrer.

 

O Benfica tem de retomar aquilo que sempre foi

Um clube que se agigantava frente a adversários considerados mais fortes e quase impossíveis de derrotar. Quando Otto Glória chegou (1954/55) afirmou isso e Béla Guttmann apercebeu-se logo disso, enquanto treinador do FC Porto (e campeão nacional: 1958/59) por isso nem “pensou” duas vezes quando Gastão Silva (a pedido do presidente Maurício Vieira de Brito) foi à cidade do Porto para saber se tinha interesse em ser treinador do Benfica na temporada seguinte (1959/60). E foi! Com sucesso imediato a nível nacional e depois na Taça dos Clubes Campeões Europeus.

 

Na Liga dos Campeões 2021/2022 não há nada que saber

Ajustar o plantel com os recursos disponíveis não esbanjando em comissões disparatadas, negociatas estúpidas (para o Clube) e aquilo que sabemos que tem enfraquecido o «Glorioso» nos últimos anos. Fazer o melhor que for possível pois os “coeficientes” superiores ao do Benfica vão ter jogos menos conseguidos tal como o Benfica já teve e pode ter frente a “coeficientes” menores. Jogando-se a acreditar que é possível ficar-se-á mais próximo de o conseguir. E assim em 2022/23 será melhor que 2021/22…2023/24 melhor que 2022/23 até que o Benfica será o melhor clube português (como foi durante décadas) nas competições da UEFA. É que isto não é exigência. É obrigatório. O Benfica está condenado, eternamente, a ser o melhor clube português. Necessita é de Benfiquismo, nos adeptos (a apoiar e isso nunca faltou) e Benfiquismo nos dirigentes (a tomarem as decisões que servem o Clube e não os seus interesses).

 

Que chegue o mais breve possível

O que foi interrompido, “criminalmente… benfiquisticamente falando”, em 2017/18 e que temos vindo a pagar com juros! Por desleixo, incúria, bazófia, arrogância e desprezo pelo passado do «Glorioso».

Venha quem vier, no sorteio de logo à tarde, é para construir o melhor plantel possível e acreditar que o apuramento é…possível!

 

Alberto Miguéns