Já estava! Mas só assim, a 13 jornadas (39 pontos para conquistar) e com um de vantagem, a frase citada terá (e fará) sentido.
1. Se o Benfica não for campeão nacional a frase não tem "pés, nem cabeça" pois perder seis pontos em dois jogos consecutivos será sempre apontado, ad eternum... como a «mãe do insucesso» quando o Benfica tinha sete pontos de vantagem a 15 jogos do final e quatro a 14 jogos de terminar a competição;
2. Se o Benfica for campeão Bruno Lage merece ainda mais crédito. Soube conseguir sete pontos de vantagem frente ao FC Porto em 19 jogos - mesmo perdendo na «Catedral», na primeira volta, com o adversário - acumular duas derrotas consecutivas ficando com um ponto de avanço, sobreviver 13 jogos e terminar campeão. Ou seja, as derrotas na 20.ª (terreno do FC Porto) e 21.ª jornada (SC Braga na «Catedral») foram apenas percalços. Não foram o início da queda;
3. O Benfica é o único clube que depende apenas e exclusivamente dos seus resultados para ser campeão nacional. E isso a 38 por cento do final da competição - já menos de metade e quase a faltar um terço - tem importância acrescida;
4. Bruno Lage tem crédito acumulado, em quantidade suficiente, desde 2018/19, para se acreditar que vai conseguir gerir este escasso ponto de vantagem. Todos sabemos que nas 13 jornadas que restam o Benfica só pode perder os pontos que o FCP perder. Ou perder ainda menos, como é óbvio;
5. Bruno Lage vai ter um teste duríssimo em Barcelos, na próxima segunda-feira. A vitória terá um impacte extraordinário, daqueles capaz de inverter ciclos negativos. Nas segundas voltas começam-se a sobrepor resultados por comparação: o FC Porto venceu na recepção ao Vitória FC Setúbal (4-0) e o «Glorioso»... também (1-0); o FC Porto perdeu na recepção ao SC Braga (1-2) e o Benfica... também (0-1); o FC Porto perdeu na deslocação a Barcelos, frente ao Gil Vicente FC (1-2) e o Benfica? Eis a força dupla de uma vitória do «Glorioso» na 22.ª jornada. Obrigatória!
Que se cumpra o Benfica!
Alberto Miguéns
