OPINIÃO
AVISO: O tema abordado obriga a um texto longo pouco de acordo com a "filosofia" de um blogue.
Num texto publicado em 6 de Junho de 2012 o EDB propunha-se confrontar os clubes - SL Benfica, Sporting CP e FC Porto - com a sua história e a História de Portugal. Foi sendo feita, mas não ficou completa. Depois por uns motivos (actualidade e depois foi caindo no esquecimento) ou outros (os últimos falecimentos em Janeiro e Fevereiro) foi sendo adiada. Espera-se que as duas partes que faltam sejam publicadas hoje a amanhã.
Em 6 de Junho de 2012, há quase dois anos (como o tempo passa) no EDB foi publicado o seguinte (apenas o excerto inicial):
Num texto publicado em 6 de Junho de 2012 o EDB propunha-se confrontar os clubes - SL Benfica, Sporting CP e FC Porto - com a sua história e a História de Portugal. Foi sendo feita, mas não ficou completa. Depois por uns motivos (actualidade e depois foi caindo no esquecimento) ou outros (os últimos falecimentos em Janeiro e Fevereiro) foi sendo adiada. Espera-se que as duas partes que faltam sejam publicadas hoje a amanhã.
Em 6 de Junho de 2012, há quase dois anos (como o tempo passa) no EDB foi publicado o seguinte (apenas o excerto inicial):
Cinco Verdades
Inconvenientes (para os pseudo-democratas)
A mentira é
facilmente desmontada porque há situações, comportamentos e factos tão
evidentes que tornam absurdo a colagem do Benfica ao Estado Novo, quando outros
clubes estão muito mais identificados, ainda que agora queiram limpar a sua
imagem sujando a do Benfica. Proponho analisar os cinco aspectos seguintes:
1.ª
Sem jogos da Selecção Nacional
2.ª
Datas das inaugurações dos Estádios
3.ª
Dirigentes (e responsáveis) democratas
4.ª
Eleições (e Assembleias Gerais) democráticas
5.ª
Sem finais de competições oficiais “em casa”
Todos estes assuntos
serão desenvolvidos brevemente no “Em Defesa do Benfica”, como indica o plano
abaixo transcrito.
NOTA: Plano de
publicação (previsão)
12 de Junho/ Sem
jogos da Selecção Nacional
13 de Junho/ Datas
das inaugurações dos Estádios
14 de Junho/
Dirigentes (e responsáveis) democratas
15 de Junho/ Eleições
(e Assembleias Gerais) democráticas
16 de Junho/ Sem
finais de competições oficiais “em casa”
Depois foram publicados nas
seguintes datas:
A tradição
democrata do Benfica nunca foi interrompida
O Benfica começou com
assembleias gerais para tomar as principais decisões na vida do Clube, manteve
esta "estrutura de organização associativa" e continua a decidir de igual forma:
assembleias gerais eleitorais para escolher os dirigentes para mandatos cuja
periodicidade está definida nos Estatutos; assembleias gerais ordinárias para
aprovação dos orçamentos e aprovação dos "Relatórios e Contas"; e
assembleias gerais extraordinárias para decidir acerca de assuntos que
entretanto sejam motivo de análise, discussão e aprovação. No Benfica nunca
houve estruturas intermédias de filtragem de decisões ou formação de listas
para depois serem plebiscitadas.
O
"caso" do Sporting CP
O Sporting CP teve
sempre uma perspectiva mais elitista na escolha de dirigentes. E depois da
implantação do Estado Novo criou, em 1947 um Órgão, o Conselho Geral composto
por inerências - antigos dirigentes e figuras destacadas da sociedade
portuguesa - que tinha por principal objectivo controlar as presidências dos
três Órgãos Sociais do Sporting CP: Assembleia Geral, Direcção e Conselho de
Fiscalização, Contencioso e Sindicância. Na década de 60, em 1964, foi ainda
criado um órgão consultivo - Conselho dos Presidentes, mas que tinha muito
"peso" ou não fosse constituído pelos anteriores presidentes dos três
órgãos sociais do clube. Este exagero não durou mais que quatro anos. Em 1968 estes
dois conselhos (Geral e dos Presidentes) foram extintos e criado o Conselho
Leonino - composto pelas inerências dos dois conselhos anteriores - que
indicava as presidências. Depois dos três presidentes constituírem os corpos
gerentes decidiam ou não serem submetidos a uma assembleia geral para serem plebiscitados.
Em 1964 a escolha dos dirigentes foi indicada pelo Conselho dos Presidentes e aprovada pelo Conselho Geral. Os associados estavam afastados das escolhas |
O
"caso" do FC Porto
O FC Porto adaptou-se
ao Estado Novo com a criação da Assembleia Delegada composta por inerências. Numa
estrutura muito semelhante à do Sporting CP e muito do agrado do Regime deposto
há 40 anos, em 25 de Abril de 1974. Estar agachado ao Poder era "meio caminho andado" para dele querer e poder receber benefícios.
Em 1963 a Assembleia Delegada - recheada de antigos dirigentes do FC Porto - reconduziu os presidentes dos corpos gerentes |
O Benfica
tem nas eleições um capítulo dourado da sua história
A existência de eleições regulares, bem como os
valores que tal situação representa, tem permitido ao Benfica manter uma
coerência interna que tem favorecido o equilíbrio entre sensibilidades e em
simultâneo, a ausência de soluções milagreiras.
Uma das forças
que tem possibilitado ao Clube estar geralmente na vanguarda do desporto
português, bem como na conquista de triunfos inauditos, é o processo
democrático centenário, a capacidade regeneradora e a eficiente correcção de
tentações de caudilhismo, só possíveis, sem roturas fraccionárias, através do
sistema eleitoral, que tem permitido nas Eleições ou nas votações em
Assembleias Gerais, impor os valores do benfiquismo. Ao solitário, o “Glorioso”
tem imposto sempre o solidário! O facto dos dirigentes do Clube serem
sistematicamente e temporariamente sufragados, necessitando de se submeter
regularmente à avaliação dos restantes associados, bem como tendo de prestar
periodicamente “contas”, possibilita o registo permanente das soluções em
documentos – Relatórios e Pareceres, Orçamentos, Actas, entre outros, com o
consequente respeito pelas decisões e pelo passado glorioso do Clube.
Eleições centenárias
As votações
ocorrem no Benfica desde a fundação em 28 de Fevereiro de 1904, sendo as de
maior significado as Eleições dos Órgãos Sociais que definem os mandatos dos
dirigentes: anuais até 1967, bienais entre 1967 e 1989, trienais entre 1989 e
2012 e quadrienais depois de 2012. Só que o carácter democrático do “Glorioso”
ultrapassa em muito o significativo acto eleitoral da escolha do conjunto dos
dirigentes dos Corpos Gerentes. Todas as decisões consideradas fundamentais
para o desenvolvimento da colectividade têm sido ao longo dos 101 anos
submetidos a votação em Assembleias Gerais para que haja debate, possíveis
alternativas e os associados se pronunciem e escolham. Deste modo os dirigentes
são efectivamente entendidos como um prolongamento dos sócios, com estes a
estarem bem identificados com eles, porque os escolheram directamente,
apoiaram, foram vencidos ao apresentarem-se como alternativa, ou não
concorreram, tendo no entanto as condições exigidas para tal.
As vantagens da
Democracia
Há assim uma
identificação real entre eleitos e eleitores próprias do sistema democrático,
que vincula quem elege a quem é eleito, e quem se abstém do processo, tendo a
possibilidade de o fazer. Durante os mandatos os principais assuntos são
submetidos a escrutínio, tendo os associados, por maioria, todas as
possibilidades de escolher, recusar ou propor alterações, num sistema amplo de
debate interno. Isto tem permitido aprovar decisões importantes, a nível
orgânico interno, tais como articulados dos Estatutos, Regulamentos Gerais,
Distinções Honoríficas, ou de estratégia externa. A democracia está tão
arreigada no Clube, fazendo já parte do “modo de ser benfiquista” que algumas
decisões são tomadas por votação, quando os dirigentes nem sequer necessitavam.
O caso mais emblemático que ilustra bem a força democrática do “Glorioso” foi a
votação em Assembleia Geral a 1 de Julho de 1978, sobre a permissão para
autorizar a Direcção a contratar jogadores estrangeiros para a equipa de
futebol. É que nunca nos nossos Estatutos vigorou qualquer norma que impedisse
a utilização de estrangeiros no Clube. Tal era apenas, ainda que muito forte,
uma tradição que provinha das nossas origens.
Diz-se que o Benfica
chegou a ser o único local, em Portugal, onde havia eleições livres
A democracia
interna no Benfica sobreviveu mesmo no tempo em que ela não existiu no País
(1926-1974) e em períodos conturbados da história portuguesa, sendo o
“Glorioso” talvez o clube menos afectado, porque o melhor “preparado”, para
essas mudanças ideológicas rápidas – da Monarquia à Primeira República, desta
ao Estado Novo e 48 anos depois ao PREC (Processo Revolucionário Em Curso) após o 25 de Abril de 1974 e o 25 de Novembro de 1975. No Clube sempre se aceitaram
associados de todos os grupos sociais e ideológicas. Nunca se excluiu alguém
por ser mais rico ou mais pobre, mais esquerdista ou direitista! Todos foram
integrados, desde que cumpram os seus deveres como benfiquistas, tendo todos
iguais direitos intocáveis. No Benfica sempre se soube respeitar, por
tolerância, as opiniões sociais - políticas e ideológicas, num clube popular
mas não populista. Nunca se estigmatizou, em mais de um século de actividade,
quem quer que seja por motivos ideológicos ou sócioeconómicos. No “Glorioso”
colocou-se sempre o benfiquismo acima de qualquer pretensão social, económica
ou política. Por isso há exemplos de sã coexistência, principalmente entre
dirigentes de variadas proveniências (sociais, económicas e ideológicas) por
isso diferentes, mas que coabitavam eficientemente nos mesmos Órgãos Sociais.
São dezenas os exemplos em 110 anos de história.
Nada é de ninguém, tudo é do Benfica
Uma das vantagens
da democraticidade num clube é o facto de isso permitir que os associados se
sintam verdadeiramente integrados, porque se sentem próximos de quem elegeram.
Talvez isso ajude a explicar o facto de no Benfica, apesar das inúmeras e
fantásticas personalidades que desenvolveram a sua acção no “Glorioso”, eles
sejam recordados em exclusivo pelo que fizeram, ficando na memória (de
gratidão) colectiva do Clube, e não pelo facto de emprestarem o seu nome, a uma
infraestrutura ou a parte dela, que com o tempo deixará até de ter significado
pela ausência de referências, acabando por restar apenas um “nome”, quase sem
significado real. No Benfica não se faz o culto da personalidade, mas antes
respeita-se a obra dos que nos engrandecem, perpetuando-se os seus feitos,
pelas gerações vindouras.
ELEIÇÕES
PARA A DIRECÇÃO
(Resumo que, por
questões de legibilidade no blogue, apenas contempla o presidente da Direcção,
excluindo nesta tabela os outros dois órgãos)
Data
|
Listas
|
Votantes
|
Presidentes
|
28.02.04
|
-
|
24
|
José
Rosa Rodrigues (1)
|
22.11.06
|
1
|
Dr.
Januário Barreto
|
|
Em
13.09.1908 aquando da junção do Sport Lisboa e Sport Benfica os dirigentes
continuaram a ser os do Sport Benfica eleitos em 28.06.1908
|
|||
26.02.09
|
1
|
João
José Pires
|
|
02.02.10
|
1
|
Alfredo
Alexandre L da Silva
|
|
26.03.11
|
1
|
António
Nunes A. Guimarães
|
|
09.07.11
|
1
|
Dr.
Alberto Lima
|
|
31.03.12
|
1
|
José
Eduardo Moreira Sales
|
|
05.12.12
|
1
|
Dr.
Alberto Lima
|
|
23.06.13
|
1
|
“
|
|
13.08.14
|
1
|
“
|
|
29.08.15
|
1
|
Dr.
José Antunes Santos Júnior
|
|
15.07.16
|
1
|
Félix
Bermudes
|
|
07.10.16
|
1
|
Dr.
Nuno Freire Themudo
|
|
22.07.17
|
1
|
Bento
Mântua
|
|
28.07.18
|
1
|
“
|
|
19.09.19
|
1
|
“
|
|
22.09.20
|
1
|
150
|
“
|
10.09.21
|
1
|
“
|
|
04.02.23
|
1
|
“
|
|
27.07.24
|
1
|
“
|
|
27.09.25
|
1
|
“
|
|
05.08.26
|
2
|
Cosme
Damião
|
|
Bento
Mântua
|
|||
25.08.26
|
1
|
Alfredo Silveira Ávila de Melo
|
|
31.07.27
|
1
|
“
|
|
29.07.28
|
1
|
“
|
|
28.07.29
|
1
|
“
|
|
18.07.30
|
1
|
Félix
Bermudes
|
|
15.08.30
|
1
|
Manuel
da Conceição Afonso
|
|
06.09.31
|
1
|
“
|
|
07.08.32
|
2
|
300
|
Manuel da Conceição Afonso
...............................................................................
Alexandre Ferreira
|
20.08.33
|
1
|
Vasco
Ribeiro
|
|
04.09.34
|
1
|
“
|
|
15.10.35
|
1
|
“
|
|
04.11.36
|
1
|
Manuel
da Conceição Afonso
|
|
25.07.37
|
1
|
“
|
|
31.07.38
|
1
|
Cap.
Júlio Ribeiro da Costa
|
|
01.08.39
|
1
|
Dr.
Augusto da Fonseca Júnior
|
|
31.08.40
|
1
|
“
|
|
06.09.41
|
1
|
“
|
|
27.08.42
|
1
|
“
|
|
26.08.43
|
1
|
“
|
|
18.01.45
|
1
|
Félix
Bermudes
|
|
19.01.46
|
2
|
621
|
Manuel
da Conceição Afonso
|
Félix
Bermudes
|
|||
25.01.47
|
1
|
888
|
Brig.
João Tamagnini Barbosa
|
30.01.48
|
1
|
398
|
“
|
29.01.49
|
1
|
+- 350
|
Dr.
Mário Gusmão Madeira
|
04.02.50
|
1
|
321
|
“
|
17.02.51
|
1
|
1 640
|
“
|
15.03.52
|
1
|
1 966
|
Joaquim
Ferreira Bogalho
|
31.01.53
|
1
|
1 133
|
“
|
30.01.54
|
1
|
1 313
|
“
|
15.03.55
|
1
|
1 278
|
“
|
18.02.56
|
1
|
1 449
|
“
|
30.03.57
|
1
|
1 773
|
Eng.º
Maurício Vieira de Brito
|
05.04.58
|
1
|
1 314
|
“
|
23.05.59
|
1
|
845
|
“
|
30.04.60
|
1
|
“
|
|
29.04.61
|
1
|
“
|
|
31.03.62
|
1
|
Dr.
Fezas Vital
|
|
25.05.63
|
1
|
“
|
|
26.03.64
|
2
|
3 437
|
Adolfo
Vieira de Brito (66%)
|
José
Ferreira Queimado (34%)
|
|||
08.05.65
|
2
|
1 587
|
António
Catarino Duarte (56%)
|
Fernando
V. Lourenço (44%)
|
|||
17.06.66
|
3
|
3 658
|
José
Ferreira Queimado (60%)
|
Gen.
Caeiro Carrasco (35%)
|
|||
Dr. António
Catarino Duarte ( 5%)
|
|||
03.07.67
|
2
|
2 128
|
Adolfo
Vieira de Brito (69%)
|
José
Ferreira Queimado (31%)
|
|||
12.04.69
|
3
|
2 838
|
Dr.
Borges Coutinho (58%)
|
Fernando
Martins (26%)
|
|||
Romão
Martins (17%)
|
|||
03.07.71
|
1
|
507
|
Dr. Duarte Borges Coutinho
|
31.03.73
|
1
|
629
|
“
|
24.06.75
|
1
|
302
|
“
|
26.05.77
|
2
|
2 871
|
José
Ferreira Queimado (52%)
|
Fernando
Martins (48%)
|
|||
10.05.79
|
1
|
422
|
José
Ferreira Queimado
|
29.05.81
|
2
|
4 477
|
Fernando
Martins (51%)
|
José
Ferreira Queimado (49%)
|
|||
25.03.83
|
2
|
6 747
|
Fernando
Martins (67%)
|
Jorge
de Brito (33%)
|
|||
29.03.85
|
1
|
1 173
|
Fernando
Martins
|
27.03.87
|
3
|
8 159
|
João
Santos (51%)
|
Fernando
Martins (45%)
|
|||
Eng.º
Cavaleiro Madeira (4%)
|
|||
31.03.89
|
2
|
15 360
|
João
Santos (81%)
|
Fernando
Martins (19%)
|
|||
24.04.92
|
3
|
10 925
|
Jorge
de Brito (76%)
|
Alexandre
Alves (22%)
|
|||
Carlos
C Lopes (2%)
|
|||
07.01.94
|
2
|
13 668
|
Manuel
Damásio (87%)
|
José
Capristano (13%)
|
|||
05.06.96
|
2
|
11 873
|
Manuel
Damásio (88%)
|
Dr.
Vale e Azevedo (12%)
|
|||
31.10.97
|
3
|
19 865
|
Dr.
Vale e Azevedo (52%)
|
Dr.
Luís Tadeu (47%)
|
|||
Eng.º
Abílio Rodrigues (1%)
|
|||
27.10.00
|
2
|
21 804
|
Dr.
Manuel Vilarinho (62%)
|
Dr.
Vale e Azevedo (38%)
|
|||
31.10.03
|
3
|
12 751
|
Luís
Filipe Vieira (92%)
|
Dr.
Jaime Antunes ( 7%)
|
|||
Dr.
Guerra Madaleno (1%)
|
|||
27.10.06
|
1
|
7 846
|
Luís
Filipe Vieira (96%)
|
03.07.09
|
2
|
20 451
|
Luís
Filipe Vieira (92%)
|
Bruno
Carvalho ( 3%)
|
|||
26.10.12
|
2
|
22 676
|
Luís
Filipe Vieira (83%)
|
Rui
Manuel Rangel (14%)
|
(1) Presidente da Comissão Administrativa
BENFICA: Um Clube
Sem Medo
Alberto Miguéns
Próximos textos
(previsão) no EDB:
De 11 para 12 de
Março (00:00 horas) - Verdades inconvenientes (5 de 5);
De 12 para 13 de
Março (00:00 horas) - O "Glorioso" em Londres;
De 13 para 14 de
Março (00:00 horas) - E depois de Londres?;
De 14 para 15 de
Março (00:00 horas) - Taças de Portugal: 14.4=10;
De 15 para 16 de
Março (00:00 horas) - O Crescimento de Álvaro Gaspar
Excelente!! Muito obrigado.
ResponderEliminarApenas queria deixar duas notas.
Primeira nota: Na última tabela creio que hove um pequeno erro no ano de 1926, ou então fui eu que não percebi muito bem, porque dá toda a sensação que no dia 05.08.26 Bento Mântua concorreu contra Cosme Damião (Será que é pelo facto de Ribeiro dos Reis o ter Colocado como Presidente na lista da oposição??)
E no dia 18.07.30 com a lista de Félix Bermudes não entendo como aparece outra lista de Manuel da Conceição Afonso menos de um mês depois? Bermudes concorreu a essa eleição ? Será que acabou por ganhar e por motivos de força maior teve de deixar a Presidência e houve outras eleições?
Segunda Nota: Agora entendo como é que o antigo ministro das Obras públicas José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich concessou 3000 contos para a construção do estádio das antas e como foram expropriados os terrenos das antas em 1 de Dezembro de 1949. Pudera era o sócio n°7070...!
Cumprimentos,
Bruno Paiva
Caro Bruno Paiva
EliminarEu não quis fazer comentários pois só falar dos actos eleitorais do SLB dava um livro! Essa tabela reduzida aos presidentes da Direcção tem várias notas que retirei.
As eleições têm sido realizadas de modo diferente. Começaram nominais (as votações eram em nomes, podiam-se riscar), depois passaram a órgãos (por exemplo, podia-se votar na Direcção de uma lista e no Conselho Fiscal de outra) e agora é por Listas).
Como retirei as notas, não é possível ver que houve mandatos que não chegaram ao seu final por variados motivos. Quanto aos seus comentários recupero as anotações:
(4) Cosme Damião não aceitou o cargo porque queria ser vice-presidente de Bento Mântua (como as votações eram nominais podia-se concorrer em listas diferentes desde que em cargos diferentes);
(5) Félix Bermudes não aceitou o cargo pois o seu nome foi pouco votado (muito riscado). Teve 275 votos. Por exemplo, Manuel da Conceição Afonso (vice-presidente) teve 409 votos e Joaquim Ferreira Bogalho (1.º secretário) teve 453 votos. Houve nova eleição para os cargos vagos na Direcção, por isso essa data em 15 de Agosto.
Se soubesse os nomes de dirigentes de vários órgãos e conselhos do SCP e do FCP entre 1926 e 1974?! Por isso nunca haverá interesse em SCP e FCP mostrarem, com rigor e transparência, a história dos seus dirigentes. Para um nome do SLB com ligações ao Regime eles têm 20 e com mais importância (dentro do Estado Novo!)!
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns