SEMANADA: ÚLTIMOS 7 ARTIGOS

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18 November 2021

Borges Coutinho 100

18 November 2021 7 Comentários
O PRESIDENTE DUARTE ANTÓNIO BORGES COUTINHO NASCEU EM 18 DE NOVEMBRO DE 1921. HÁ CEM ANOS.



Com 34 presidentes da Direcção eleitos e que tomaram posse - Borges Coutinho foi o 26.º - não me revejo em muitos, antes e depois dele, revejo-me como Benfiquista cada vez mais em Borges Coutinho. 


Gostaria de ter tido tempo para melhorar o texto publicado em 12 de Abril de 2014: «Muito Mais Que Um Presidente». Não sendo possível aqui fica ele (clicar).



Uma honra escrever neste blogue acerca dele pois o que quer que escreva será sempre muito pouco!

Alberto Miguéns
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24 March 2021

Este Nome Provoca-me Benficalgia

24 March 2021 6 Comentários

BORGES COUTINHO: UM MISTO DE BENFICA COM NOSTALGIA.



Mais do que um presidente vencedor foi um Benfiquista exemplar.

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06 August 2016

Ponto da Situação

06 August 2016 13 Comentários
O BENFICA NÃO PODE TER MEDO DO BENFICA.


Esta frase é de Borges Coutinho, presidente da Direcção do Sport Lisboa e Benfica, entre 24 de Abril de 1969 (tomada de posse após as eleições em 12 de Abril) e 2 de Junho de 1977 (tomada de posse do presidente que lhe sucedeu, José Ferreira Queimado, após o acto eleitoral realizado em 26 de Maio de 1977).

Eleições e tomadas de posse.
No Benfica não chega ganhar eleições para se ser dirigente. É necessário tomar posse. Na história do Clube por diversas vezes houve dirigentes que foram eleitos e que depois não aceitaram tomar posse, incluindo presidentes. E nestes, presidentes da Direcção! Por isso um associado do SLB é dirigente do Clube entre tomadas de posse e não entre eleições.


Este Borges Coutinho que tanto nos orgulhou...

As sucessivas derrotas de Borges Coutinho! E a frase!
A frase “O Benfica não pode ter medo do Benfica” curiosamente não foi pronunciada no período em que Borges Coutinho foi presidente da Direcção. Foi dita na terceira vez que foi derrotado, em 3 de Julho de 1967, como “Secretário para o Futebol Profissional” numa lista presidida por José Ferreira Queimado (31 por cento dos votos), candidato a presidente da Direcção nas eleições vencidas por Adolfo Vieira de Brito (69 por cento). Borges Coutinho já tinha sido derrotado duas vezes. 

A primeira em 1965 (8 de Maio) como "Vice-presidente" do candidato a presidente Fernando Valentim Lourenço (44 por cento), numas eleições vencidas por António Catarino Duarte (56 por cento).

A segunda em 1966 (17 de Junho) foi dura. Candidato como “Vogal do Departamento de Futebol” numa lista encabeçada pelo General João Caeiro Carrasco teve 35 por cento dos votos. Ficou em 2.º lugar. Em 3.º lugar (cinco por cento) ficou o presidente que se propôs à reeleição, António Catarino Duarte, copiosamente derrotado, numas eleições em que foi eleito presidente, José Ferreira Queimado (60 por cento), que depois sucederia a Borges Coutinho em 1977. 

Andando para trás um decénio, regressando a 1967, quando se questionava se para o Benfica não seria melhor criar um órgão que controlasse as eleições como o Conselho Leonino (SCP) ou o Conselho Consultivo (FCP), Borges Coutinho na TRIderrota (1965, 1966 e 1967, pois os mandatos até 1967 foram anuais) foi peremptório. Nem pensar. Se os sócios não nos escolheram optando por outras ideias e soluções para o futuro do Clube foi porque assim o desejaram. O Benfica não pode ter medo do Benfica!


Este Manuel da Conceição Afonso que tanto nos guiou...

Amanhã I
Passam amanhã nove decénios de um acontecimento que mudou para sempre o Clube. Uma situação que mostra como os Benfiquistas são aqueles que em assuntos do Benfica colocam o "Glorioso" sempre à frente dos seus interesses. Pensar como seria o Clube se o dia 5 de Agosto de 1926 não tivesse sido como foi é sempre especular. Mas pelo que vou escrever amanhã deverá haver poucas dúvidas que o actual Benfica seria muito diferente. Também podemos sempre pensar que o que ocorreu em 1926 se não tem sido como foi, podia ter acontecido em 1927 ou 1928 ou 1929 ou 1930 ou num qualquer ano. Mas seria sempre diferente. Quando mais cedo melhor. E se o "5 de Agosto de 1926", tem sido em 1925 ou 1924 ou 1923 ainda teria sido melhor para o SLB. Será sempre especular. Foi quando foi. E foi muito bem. Mas foi o Dia da Coragem. Para mim foi o maior dia de coragem dentro do Clube. Estamos a falar do dia 8 198.º após a fundação. 8 de Agosto de 1926. Hoje (7 de Agosto de 2016) já estamos no dia 41 070.º! O tempo passa!


Este Bogalho que tanto nos amou...

Farol do Benfiquismo
O que nos atrai ao Benfica é o Ideal expresso nos futebolistas e nas equipas conquistadoras que nos deliciam enquanto crianças. Em adolescentes percebemos que são afinal os plantéis que «conquistam» as épocas! Somos do Benfica porque admiramos os craques. Adoramos a sua capacidade de jogar e vencer. Depois em adultos começamos a perceber que por detrás de tudo estão associados eleitos por outros associados que tomam as decisões e criam (conseguem criar condições) para adquirir os passes dos melhores que o Clube pode ter. À medida que envelhecemos, quando conhecemos a Gloriosa História percebemos que 112 anos não são 112 dias. Foi necessário muito amor, muitas “canseiras”, muitas boas decisões para manter ganhador um Clube que começou tão pequeno quanto os outros e soube agigantar-se entre todos os outros. Chegar a 2016 pujante e capaz de continuar a orgulhar os Benfiquistas como sempre ocorreu. Aqui percebemos que por detrás do Ideal esteve sempre a Ideia. 



Eu considero que o desenvolvimento não foi linear 
Para já não falar de alguns descarrilamentos que rapidamente foram ultrapassados. E não falo só nos anos 90. Têm existido outros ao longo de quase 113 anos. Felizmente sempre ultrapassados. O Benfica é uma construção humana. Por isso está sujeito ao que os homens (e mulheres) fazem em determinados momentos. É sempre assim com qualquer organização baseada nas decisões dos seres humanos. Por vezes brilhante, outras vezes acinzentado. Felizmente no Benfica o brilho ofusca o escuro.


O SLB brilha tanto que até no negro da noite se vê!
Regressando ao desenvolvimento do Clube, considero que houve três grandes momentos de inflexão que nos fizeram agarrar o Futuro. Ultrapassar os obstáculos e colocar o Clube na vanguarda. Em 8 de Agosto de 1926, em 7 de Abril de 1952 (eleição de Joaquim Ferreira Bogalho) e em 24 de Abril de 1969 (eleição de Borges Coutinho). Tudo por motivos diferentes, mas que tiveram o mesmo significado. O Clube como projecto colectivo sustentando o Futuro no Benfiquismo. A criação de condições para colocar o Clube na dianteira dos restantes. E resultou. Como em tudo foi nos tempos (mandatos seguintes) que se perceberam as mudanças. Que estas tinham significado positivo e mudavam o Benfica para sempre cortando com o passado que ameaçava o desenvolvimento. Foram momentos em que o Benfica se agarrou à grandeza. Em 1926 os resultados chegaram no início dos anos 30. Em 1952 (que levou à construção da “Saudosa Catedral” e à profissionalização do Glorioso Futebol) os resultados chegaram no início dos anos 60. Em 1969 (política de apostar em jovens futebolistas formados no Clube e início do processo de terminar com a exclusividade de apenas utilizar futebolistas portugueses que “encarecia” muito as aquisições pois os adversários percebiam as nossas limitações no “mercado” e aproveitavam-se disso) os resultados foram conseguidos nos anos 70, mas também na década seguinte. 1926, 1952 e 1969 são os meus faróis do Benfiquismo. Faróis gigantescos. Porque depois há outros pequenos faróis entre estes três grandes e depois do último grande (1969). Resta saber se actual gerência é também outro grande farol. Oxalá que sim. Mas como nos outros só saberei quando houver uma gerência seguinte à de Luís Filipe Vieira. E isso não sabemos, em Agosto de 2016, quando ocorrerá. É a dificuldade em ter uma ideia concreta da importância para o futuro estando a viver-se o presente. O tempo – anos 20/30 do século XXI - fará de Juiz! Que é sempre o melhor!

Este António Ribeiro dos Reis que tanto nos apoiou...

Eleições no SLB (que irei desenvolver em Outubro)
Quando se olha para uma lista das eleições para os Órgãos Sociais do "Glorioso", entre 1906 (em 28 de Fevereiro de 1904 eram tão poucos (24) que escolheram, sem necessidade de votar) e 1963 registamos 57 actos eleitorais globais (ou seja não contando com eleições intercalares para algum dos três Órgãos). Mas apenas em dois houve duas listas. Isso parece querer dizer que em 55 actos eleitorais apenas com uma lista havia uma espécie de unanimismo. Nada de mais errado. Isso nunca existiu no Benfica. E espero (opinião pessoal) que nunca exista. Apesar de existirem listas únicas e dos associados procurarem listas de consenso - só em dois actos eleitorais, entre 1906 e 1963, tal não foi possível - procurava-se que as listas únicas fossem constituídas por associados com diferentes ideias quanto ao modo de desenvolver o Clube. Não cada um com a sua ideia, que tornaria ingovernável o "Glorioso", mas que a lista contivesse as diferentes "sensibilidades" que existiam dentro do Benfica. Os diferentes modos que se pensava poderem engrandecer o Clube. Até porque as listas eram nominais, ou seja, os associados podiam (e deviam) riscar os nomes que considerassem não adequados para gerir o clube. Querem Democracia mais evoluída que esta? Que a nossa até aos anos 60?



Veja-se como exemplo (que já utilizei na série de textos acerca de Félix Bermudes) o que ocorreu nas eleições em 1930. Percebe-se pelos nomes votados que houve em 461 sócios votantes muitos que riscaram fortemente alguns nomes. Por exemplo, António Ribeiro dos Reis com 209 votos foi riscado 252 vezes! José Ribeiro de Sousa e João Mascarenhas de Melo não sofreram um risco. Depois há uma variedade de situações mas é possível estabelecer três grupos de sensibilidades. O dos 200 votos, dos cerca de 300 votos e dos 400 votos, mais ou menos, como é evidente. A importância do número de votos era tão grande que muitas vezes os eleitos sentiam que tinham pouca aceitação dos outros associados e não tomavam posse. Subindo os suplentes a efectivos. Nestas eleições Félix Bermudes (275 votantes/186 riscados) percebeu que os associados preferiam as ideias de futuro de Manuel da Conceição Afonso (409 votantes/52 riscados) em vez das suas ideias. E por isso não tomou posse. Cerca de um mês depois procedeu-se à eleição para os cargos vagos com Manuel da Conceição Afonso a ser escolhido como presidente da Direcção. Isto prova que o facto de haver apenas uma lista (para haver unidade) procurando-se sempre o consenso não queria dizer que houvesse unanimismo. Isso é palavra inexistente no Glorioso Vocabulário. À Benfica é haver pluralismo consciente. As diversas "sensibilidades" estarem representadas entre os dirigentes. Pluralismo sem divisionismo! Assim, sim! Há Benfica!


Museu do SLB (que irei desenvolver um “dia destes”)
Não me quero alongar muito neste tema, mas como não sei para onde vai resvalar o texto  do dia de amanhã nada melhor que fazer profilaxia precavendo já alguns comentários do tipo "atirar barro à parede para ver se cola". E digo isto também precavendo-me de um texto menos conseguido. A 15/20 horas de o começar a fazer nunca se sabe. Será sempre feito em Liberdade com responsabilidade que aprendi ao conhecer a Gloriosa História. Mas como todos os seres humanos há dias em que a escrita me corre mais ou menos e outros em que estou pouco inspirado. Não sei como estarei amanhã. O que quero deixar já aqui "preto no branco" é que eu ao escrever o que escrevo - se resvalar para criticar algo da actualidade (e espero que não pois não me parece que algo de há 90 anos possa servir de comparação para a actualidade) - o farei sempre de acordo com o que penso e nada contra ninguém. Apenas escrevo aquilo que penso - e posso pensar mal - o que seria bom para o Glorioso Futuro. Nem nenhum ressabiamento em relação ao Museu que é logo por onde alguns vão tentar pegar para ver se...pega!



Quando alguém vier com essa conversa em algum comentário remeto-o para este texto!
Já aqui escrevi que quando aceitei, embora até fosse inicialmente com a ideia de recusar fazer parte dessa Comissão, em 6 de Junho de 2012, integrar a Comissão Intaladora do Museu para ser inaugurado em 16 de Outubro de 2012 (embora só o fosse em 26 de Julho de 2016) determinei logo (perante cinco pessoas, uma infelizmente desaparecida há pouco tempo) que as minhas funções de ligação ao Museu cessariam no momento em que fosse inaugurado. O que não quer dizer que mesmo que não colocasse essa condição fosse escolhido. Até provavelmente não seria, digo eu a tentar adivinhar. Nunca o saberei. Mas essa recusa, ou o facto de ter imposto que colaborando seria com prazo determinado não foi um capricho. Foi por não concordar com o tipo de gestão. Como Benfiquista penso que o Museu é demasiado importante para o Clube para ser dirigido por um assalariado. Para mim um Director do Museu do Benfica é um cargo ao nível de uma das presidências dos três Órgãos Sociais. Posso ser um exagerado, mas é isso que penso. Um assalariado tem tendência para justificar aquele velho adágio popular que até são todos velhos os adágios: «Mais vale cair em graça que ser engraçado». Como é evidente um assalariado no Museu tem tendência para tentar agradar ao patrão para ficar bem visto e poder pingar mais uns euros ou ter mais Poder dentro da SAD do Clube. Ainda para mais sabendo-se que o actual director quando estava na SIC (televisão) era considerado um "feroz" sportinguista! 



Eu tenho outro entendimento para o cargo
Mas como mando ZERO limito-me a fazê-lo em conversas e aqui neste blogue. Para mim um Director do nosso Museu devia ser alguém que não necessitasse de ser remunerado para ser mesmo Director do Museu do Benfica e não ter tendência para valorizar o presidente sicrano, beltrano ou fulano, conforme forem eleitos nos próximos anos. E seria uma grande figura da Cultura Portuguesa reconhecida entre os seus pares. Até propus nomes: Mega Ferreira, Medeiros Ferreira (entretanto falecido) e António Barreto (se é de facto Benfiquista) pois nem sei se algum destes nomes aceitaria, mas também nunca ninguém lhes perguntou. Ou perguntaram e eles mostraram exactamente aquilo que são. Independentes! Num aparte como se vê eu nunca pensaria em dirigir o Museu. Era querer mal ao Benfica! E isso eu não quero! O que eu queria era uma grande figura da Cultura Portuguesa que engrandeça o espaço Museu como peça de cultura e não um edifício "mais-ou-menos" administrativo. E seria depois esse Director que escolheria a sua equipa, essa sim assalariada, mas dirigida por um não assalariado. Fazia toda a diferença. E não há qualquer garantia que fosse eu um dos escolhidos pelo "tal" Director até porque ao que consta "tenho mau feitio". Mas só no Benfica. O que é curioso! Para mim o Museu está acima de qualquer pessoa. E muito acima de mim. Não quer dizer que um dia não "trabalhe" no Museu, mas de certeza que só o farei com um tal Director independente, se ele me escolher e depois se aceitar as condições que lhe colocarei. E que "apesar" do mau feitio serão bem simples como num destes dias vou exemplificar neste blogue. Também vos digo. Se um dia eu aceitar trabalhar no Museu com um Director assalariado, com o actual ou com outro presidente, têm todo o dever e direito de vir aqui ao blogue - pegar neste texto - e insultar-me como mentiroso, aldrabão, vendido e charlatão. Mereço esses adjectivos e até outros muito "piores" que não me atrevo a escrever mas merecerei ouvir ou ler. Façam isso. Peço-lhes!


Amanhã II
Se pudesse escolher duas viagens no tempo a primeira seria ao dia 28 de Fevereiro de 1904. Vê-los a treinar de manhã, almoçar no Café do Gonçalves ou no António das Caldeiradas e depois à tarde assistir aos 24 gigantes a fundar o Clube numa das dependências da Farmácia Franco. Vê-los a nomear a Comissão Administrativa. E Cosme Damião a fazer a lista com aquela letra certinha numa folha de papel liso (sem linhas) dignas de um secretário da Casa Palmela, que era a sua ocupação profissional.
A segunda viagem seria ao dia 8 de Agosto de 1926. Perceber a coragem de «saber ser Benfiquista». Acompanhar as angústias de um punhado de magnânimos que souberam colocar o Benfica acima da gratidão e do reconhecimento. Tanto que lhes deve ter custado fazer o que tinha de ser feito. Como devem ter sofrido. Quantas vezes não devem ter pensado e repensado se fazia sentido. Quantas vezes não devem ter pensado em desistir. Se não estavam a trair. Se não estavam a ser ingratos e a seguir por caminhos tortuosos de que mais tarde se arrependeriam. Um punhado de valentes que souberam pensar, decidir e agir. Contra o estabelecido. Uma Gloriosa Revolução. Foi o que foi!

Há 90 anos passou-se algo que só posso enaltecer, no texto de amanhã, com o título: “Isto É Tão Benfica!”


Alberto Miguéns

NOTA:Agradeço ao leitor Victor João Carocha a colaboração no envio das fotografias do seu excelente (e bem organizado arquivo) ao contrário do meu que está uma "desgraça desgraçada"!
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22 September 2015

Triângulos Invertidos

22 September 2015 3 Comentários
TENHO PROGRAMADO ESCREVER ACERCA DOS TREINOS DE OTTO GLÓRIA. E PARA PERCEBER OTTO GLÓRIA É NECESSÁRIO FALAR ANTES DO “LAR”. MAS…


Para escrever acerca do “Lar dos Jogadores” que funcionou entre 1 de Setembro de 1954 e final da temporada de 1969/70 é necessário falar do que era o Benfica, por onde andava o Benfica, nesses tempos. Porque era tudo muito diferente do que se passa hoje.


Era tudo tão diferente. E escolhi 1970. "Quase" ontem... para quem nasceu em 1904!
Há “apenas” 45 anos, nem meio-século, o Clube não estava centralizado como na actualidade. Pelo contrário estava “espalhado" pela cidade de Lisboa. Colocando os locais onde havia instalações do Benfica num mapa da Capital podemos estabelecer dois triângulos, embora um seja forçado (clicar em cima das imagens para ampliar).


Primeiro triângulo, o do Futebol, logo…
O mais importante! Centrado no Estádio da Luz (em 1970, mais afectividade que efectividade) tinha os outros dois vértices no “Lar do Jogador” e nas instalações do Campo Grande. No Estádio da Luz jogava-se praticamente de quinze em quinze dias (ou por vezes nas quartas-feiras europeias) ou nalgum jogo da categoria Reserva, à noite, para “limpar castigos” de jogadores importantes a fim de “libertá-los” para a jornada do fim-de-semana seguinte. O Estádio da Luz, por dentro, foi crescendo no tempo. Se em 1954 era um estádio com “Dois Anéis” depois teve iluminação artificial (1958) e mais um anel (ou meio anel) o “Terceiro”, entre 1960 de 1985, quando ficou fechado. Esse crescimento permitiu-lhe albergar depois, por baixo da nave de suporte do “Terceiro Anel” um pavilhão (1965), o posto médico, o Lar do Ciclista, ginásios, etc. Mas em 1970 continuava com actividade muito limitada. Praticamente só funcionava ao fim-de-semana: futebol e jogos das modalidades. Mesmo os treinos das equipas de andebol de sete, basquetebol (masculinas e femininas) e voleibol (masculinas e femininas) faziam-se em ginásios das escolas públicas: preparatórias e liceus.

Lar do Jogador

Campo(s) Grande
Saudosa Luz em... 1973. Um estádio - e que estádio - apenas um campo relvado, num descampado servido por uma auto-estrada deserta! Ou quase!

Eu e o Benfica
Sabem qual o jogador do Benfica com quem falei a primeira vez? Até foi uma jogadora. Frequentava eu a Escola Preparatória de Nuno Gonçalves (na avenida General Roçadas) e cruzava-me no ginásio com jogadores e jogadoras de…Badminton! Nunca mais me esqueci daquele dia em 1970 em que falei com Isabel Rocha, campeã nacional de badminton. Como ficava lindo num equipamento totalmente branco aquele emblema vermelho com a Águia. Nem queria acreditar. Fui gritar para o pátio da Escola que tinha falado com um jogador do Benfica. Questionavam-me. Esteve cá o Eusébio? O Artur Jorge? O Jordão? O Nené? O José Henrique? E eu respondia: Não! Não! Não! Não! Não! Então? perguntava a malta. Disse-lhes: A Isabel Rocha melhor jogadora de Portugal de Badminton! Até me deu "uma pena" autografada!" Riram-se e mandaram-me dar uma volta! (por outras palavras) Depois de dois anos - 5.º e 6.º - nessa escola, passei para o Liceu de Gil Vicente. Bem! Aí era ver no ginásio desse liceu na rua da Verónica, o Voleibol (homens e mulheres) a treinar e jogar, pois o pavilhão da Luz não dava “vazão” a tanto jogo e tanta modalidade!

Secretaria
Sede
Piscina

Segundo triângulo, o lúdico
Para além do futebol ao fim-de-semana na Luz, passava-se a semana, de segunda-feira a sexta-feira, longe do Estádio, do Lar e do Campo Grande. Era a Secretaria, na rua Jardim do Regedor que fazia as delícias. Quantas vezes não me "enganava" na passeata pela Baixa, fazendo um desvio do Rossio ou dos Restauradores, para ir dar uma volta naquela porta giratória que nos encantava. Ou subia ao primeiro andar para ver o Bilhar e o Ténis de Mesa. Ou levava “estranhos de outros clubes” a visitar a Monumental Sala de Troféus. Ou… Ou… Ou… Havia tanto Benfica por Lisboa. Como vivia na Graça, junto à Vila Berta, a Secretaria ficava mais à mão (aliás mais ao pé). A Sede, em Benfica, só raramente visitava. Contam-se pelos dedos de uma mão. Ficava longe. Só de autocarro da Carris. O 46! Mas ouvia falar dela. Do rinque. Da sala de cinema. Do “glamour” perdido com o tempo. E ainda havia a piscina alugada ao Batalhão de Sapadores Bombeiros, na avenida D. Carlos I pois o Benfica podia não ter (e não teve até 1978) piscina mas tinha Natação. Mais natacinha…

Para provar a realidade
Eis a primeira página (aliás segunda) do Relatório e Contas de 1970.


E esta sim a primeira página desse Relatório de 1970
Uma frase do inigualável…


Como o Mundo mudou em menos de 50 anos. Como Portugal passou de cinzento a colorido. Como Lisboa se "enstradou". Benficar todos os dias é que nunca muda!

Alberto Miguéns

NOTA: A minha homenagem ao Badminton (página 44 do citado Relatório de 1970)


PLANO PARA AS EDIÇÕES DURANTE  SETEMBRO/OUTUBRO
(provisório como é evidente)
De 23 de Setembro a 11 de Outubro de 2015 (Sempre pela meia-noite)
Quarta-feira (de 22 para 23): O Lar dos Jogadores;
Quinta-feira (de 23 para 24): Os treinos com Otto Glória;
Sexta-feira (de 24 para 25): Os treinos com Béla Guttmann;
Sábado (de 25 para 26): O Benfica e o FC Paços de Ferreira;
Domingo (de 26 para 27): E depois da Sexta?;
Segunda-feira (de 27 para 28): Artur Santos dixit;
Terça-feira (de 28 para 29): O Benfica esmiúça Madrid;
Quarta-feira (de 29 para 30): O “Glorioso” e o CAM;
Quinta-feira (de 30 para 1): E depois de Madrid?;
Sexta-feira (de 1 para 2): José Augusto dixit;
Sábado (de 2 para 3): O “Glorioso” na Ilha da Madeira;
Domingo (de 3 para 4): O SLB e o CF União;
Segunda-feira (de 4 para 5): E depois da Sétima?;
Terça-feira (de 5 para 6): No melhor pano cai a nódoa;
Quarta-feira (de 6 para 7): Anatomia de uma descoberta;
Quinta-feira (de 7 para 8): Mentiras Oficiais Made in SLB;
Sexta-feira (de 8 para 9):  Cuidado com eles;
Sábado (de 9 para 10): Benfica tão brilhante que se vê no escuro;
Domingo (de 10 para 11): O mais belo 138


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18 November 2014

Cuida dos Novos Que Vão Chegando Aí Ao Quarto Anel

18 November 2014 4 Comentários
NO DIA EM QUE NASCEU HÁ 93 ANOS ETERNO AGRADECIMENTO AO PRESIDENTE DOS INVENCÍVEIS. E METER JÁ UMA "CUNHA" PARA QUANDO EU LÁ CHEGAR...



Borges Coutinho é o Melhor dos Benfiquistas, entre os que já estão no Quarto Anel, para "recebê-los" e dar-lhes uma função Benfiquista para a eternidade. Se sabia fazer isso, na perfeição, na Terra... melhor o fará no Céu. Além disso sendo Deus tudo, também é Benfiquista! Por isso Borges Coutinho andará sempre por perto Dele.



Entre muitas "acções", "resoluções" e "situações"
Recordo a seguinte. Antes disso, uma NOTA PRÉVIA. No Em Defesa do Benfica já houve uma "posta" acerca de Borges Coutinho (ver em 12 de Abril de 2014). Infelizmente nada mais tenho a acrescentar. Por dois motivos. Por Borges Coutinho, no Quarto Anel, ter funções para nós, mortais, impenetráveis. E ainda "dupla infelicidade": depois dessa data nada mais ter sabido, além do que já escrevi, por isso susceptível de acrescentar, à sua Gloriosa Biografia. Vamos à recordação....


De cima para baixo. Da esquerda para a direita. Zeca, Vítor, Fernando Neves (Secretário para o Futebol Profissional); Borges Coutinho (presidente da Direcção), Jimmy Hagan (treinador), Toni, Messias e José Henrique; Artur, Nené, Jaime Graça (capitão), Eusébio, Jordão e Adolfo

Antes um... "bombom" de um desses jogos
A fotografia da equipa foi tirada no jogo onde houve este...

(clicar)

Recorde do "Glorioso" que data de 1972/73
Vinte e nove (29) jornadas consecutivas a vencer para o campeonato nacional. VINTE E NOVE. E se não fosse o salafrário do António Garrido... Este de certeza que não está no Quarto Anel. Junto do seu estádio fica Contumil...

JORNADAS DOS CAMPEONATOS NACIONAIS

Ép
Jr
Res
Adversário
S
1.ª parte
2.ª parte
01-15
16-30
31-45
46-60
61-75
76-90


71/
72
24
0-1
FC Barreirense
F


0-1



25
5-1
Atlético CP
C
1-0; 2-0;
3-0
4-0

1-4

5-1
26
1-0
Leixões SC
F




1-0

27
3-1
As. Ac. Coimbra
C

1-0
2-0; 3-0


1-3
28
3-1
Vitória SC Gui.
F
1-0

2-0

1-2
3-1
29
2-1
Sporting CP
C
1-0


1-1
2-1

30
5-2
SC Farense
F
1-0; 2-0
3-0; 4-0

1-4; 2-4;
5-2













72/
73
1
6-0
Leixões SC
C
1-0
2-0; 3-0
4-0; 5-0
6-0


2
3-1
Boavista FC
F
1-0


2-0
1-2
3-1
3
9-0
SC Beira Mar
C
1-0
2-0; 3-0;
4-0

5-0
6-0; 7-0
8-0; 9-0
4
4-0
União F. Coimbra
F


1-0

2-0
3-0; 4-0
5
4-1
Sporting CP
C

1-0
2-0


1-2; 3-1;
4-1
6
3-0
FC Barreirense
F



1-0; 2-0
3-0

7
5-0
CF "Os
Belenenses"
C

1-0

2-0; 3-0;
4-0

5-0
8
1-0
Vitória FC Set.
F



1-0


9
3-2
FC Porto
C

0-1


0-2
1-2; 2-2;
3-2
10
2-0
União CI Tomar
F



1-0

2-0
11
3-0
SC Farense
C

1-0; 2-0
3-0



12
2-1
Vitória SC Gui.
F
1-0; 1-1

2-1



13
1-0
GD CUF Barr.
F





1-0 (90')
14
2-0
Atlético CP
C


1-0
2-0


15
1-0
CD Montijo
F



1-0


16
5-1
Leixões SC
F
0-1; 1-1
2-1; 3-1


4-1
5-1
17
4-1
Boavista FC
C

2-0
3-0
1-3
4-1

18
2-1
SC Beira-Mar
F

1-0
2-0
1-2


19
6-1
União F. Coimbra
C
1-0; 2-0
3-0
4-0

1-4; 5-1
6-1
20
2-1
Sporting CP
F

1-0
2-0; 1-2



21
3-0
FC Barreirense
C

1-0
2-0; 3-0



22
2-0
CF "Os
Belenenses"
F

1-0



2-0
23
3-0
Vitória FC Set.
C

1-0


2-0
3-0
24
2-2
FC Porto
F
1-0
1-1

2-1

2-2
Ép
Jr
Res
Adversário
S
01-15
16-30
31-45
46-60
61-75
76-90
1.ª parte
2.ª parte

Não foi tão fácil como se pensa (pensa por já não haver memória desses jogos, apenas história)
Houve dois jogos muito complicados e outros três difíceis. Deixemos estes, vamos aos dois "complicados". Na 9.ª jornada, na recepção ao FC Porto, com o Benfica a perder por 0-2 à entrada do último quarto-de-hora. Só que as equipas treinadas por Jimmy Hagan tinha preparação física para fazer jogos com prolongamento sempre com a mesma intensidade. Nos últimos 15 minutos três golos permitiram somar a 15.ª vitória consecutiva! Na 13.ª jornada adivinhava-se um empate, sem golos, no Lavradio, mas Eusébio a segundos do apito final resolveu o jogo, os dois pontos referentes à vitória e a 19.ª vitória consecutiva.



Só a vigarice de António Garrido impediu a 30.ª e sabe-se lá quantas mais...
Só o FC Porto tinha à vontade para viciar um jogo para finalizar uma caminhada totalmente vitoriosa num campeonato completo (30 jornadas) embora repartido por duas temporadas. António Garrido inventou uma grande penalidade, a favor do FCP, a quatro minutos (86) dos 90 para já não dar capacidade de resposta ao Benfica num jogo que estava, com 2-1, completamente controlado. a falta até foi marcada após um atraso de bola ao guarda-redes José Henrique para fazer passar o tempo. Estava-se lá à espera que um trapalhão portista se atirasse para cima do Zé Gato e que um intrujão apitasse!?



Obrigado, Presidente!

Alberto Miguéns
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