NÃO PERCEBO COMO O PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DO «GLORIOSO» DIZ QUE É ESTRANHO HAVER UMA "TRAGÉDIA NACIONAL" QUANDO O BENFICA NÃO VENCE.
Sempre foi assim e mal do Benfica se um dia não for assim!
Rui Costa foi futebolista do Benfica desde tenra idade
Sabe bem que até quando as equipas de formação não vencem há "mal estar" que se vai acentuando até à equipa que disputa as principais competições. Cosme Damião até dizia que não havia "equipa principal". Eram todas principais pois tinham todas de jogar para vencer e conquistar todas as competições que disputassem. Claro que nos outros clubes onde jogou não é assim. No clube de Fafe (AD Fafe), ACF Fiorentina e AC Milan não é assim. Mas é assim no Benfica. E já foi "pior"! Muito pior. Nos Anos 60 a 80 um empate ou derrota que provocassem danos quase irrecuperáveis eram muito mais "vividos" que actualmente. Agora já nos fomos habituando a perder - ainda custa - mas já não é nada como antigamente. Quando só sabiamos vencer (insucessos eram episódicos) a dor era de raiva, por estarmos habituados a ganhar e conquistar. Em 1993/94, o Benfica tinha 30 campeonatos nacionais conquistados, em 60 edições. E na Taça de Portugal quase outro tanto. Na principal competição da UEFA o Benfica era dos dez melhores clubes...
Os insucessos do «Glorioso» são vividos intensamente por todos os portugueses que se interessam por Desporto/Futebol
Por ser o melhor e maior clube português. Os adeptos do Benfica vêem neles, nesses insucessos, o princípio do fim (mesmo que o não seja). Os adeptos do Sporting CP, FC Porto e dos clubes que no momento estejam em disputa com o Benfica preocupam-se mais com esses insucessos - que são alívio - que com o sucesso dos seus clubes. Esta é a nossa grandeza, gerada pelos 24 fundadores e potenciada por Cosme Damião e pelos seus seguidores, de Ferreira Bogalho a Borges Coutinho, entre muitos outros.
São estas atitudes que mostram a grandeza de um clube
Por isso não é estranho. Pelo contrário é compreensível. Nem acredito que Rui Costa não o entenda. Pode ter muitos defeitos, mas Rui Costa percebe (e bem) como é vivido intensamente por todos, Benfiquistas e não benfiquistas, o dia-a-dia do Clube. Só posso "entender" que queira aligeirar a forma como se percepciona o insucesso do Benfica.
Há tantos anos que "isto é assim" e até já foi tanto mais, que...
... os dirigentes do Benfica sabendo de tal... têm (ou tinham) "mil cuidados" com tudo o que faziam, desde gestos a atitudes ou palavras ditas. Porque sabiam a repercussão que tudo o que gravita à volta do Benfica dá azo. Tinham o cuidado de não dar pretextos para exacerbar ânimos ou provocar desconforto. Por isso era impensável, quando o Benfica era BENFICA, um presidente - até um funcionário - deixar um camarote presidencial, em campo alheio, desesperado com as mãos na cara. Ficava até ao "apito final" estóico e respeitando o adversário e a adversidade (mesmo que o Benfica não vencesse por ser prejudicado). Tomando depois a(s) atitude(s) QB. Era impensável, quando o Benfica era BENFICA um treinador dar importância a meia dúzia de gente vulgar, depois de um insucesso, sujeitando-se ao vexame. Respondia no jogo seguinte com uma vitória, alicerçada numa exibição estrondosa, para os calar!
O Benfica pode estar a mudar, mas o meu Benfiquismo ninguém o muda. Morrerei com ele!
Alberto
Miguéns
Um enorme aplauso!!
ReplyDeleteQue exemplo de crítica!!
Não é de estranhar que um vieirista, contagiado com duas décadas de cultura vieirista em cima, que continuou a rodear-se de vieiristas quando teve a oportunidade de cortar com o passado infame, tenha observações tipicamente vieiristas.
ReplyDeleteFala de uma derrota, como se tivesse sido um caso isolado e como se o contexto actual - insucesso futebolístico, exibicional, directivo e até financeiro - não justificasse um descontentamento mais exacerbado da massa adepta.
Os bons presidentes dão o peito às balas nas derrotas.
ReplyDeleteE dão o palco aos jogadores e treinadores, nas vitórias. Líder de (#) o Rui Costa. Quando ganha já aparece. Quando perde ou quando o Benfica é roubado descaradamente em campo ou desrespeitado e humilhado fora dele, ou o clube é destratado pelas estruturas de decisão, é um fantasma e deixa o treinador e os jogadores serem queimados em lume brando.
Quem fala assim, fala do que e ser do Benfica e nem é preciso dizer mais nada
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