10 dezembro 2022

Maurício Vieira de Brito (Vida e Obra)

UM EXTRAORDINÁRIO PRESIDENTE, BENEMÉRITO E EMPREENDEDOR.




Uma bela prenda de Natal, este livro biográfico que tem inúmeras fotografias da sua vivência Benfiquista.




Bem documentada beneficia do enorme - deve ser gigantesco - espólio fotográfico da Fundação Mário da Cunha Brito (pai de Maurício e Adolfo Vieira de Brito). Já foram escritos neste blogue vários textos, embora nunca sejam de... mais, antes de menos - perante tão insigne Benfiquista. Foi o maior «presidente-mecenas» em 35 já eleitos. Ficam algumas datas - a da entrada para associado nem consta do livro, que tem no seu final uma tábua cronológica - de Maurício Vieira de Brito que numa entrevista disse que se lembrava de aios 14 anos (ou seja, em 1933) já ser Benfiquista, vivendo em Novo Redondo (Angola) onde nasceu.

6 de Março de 1919 - Nascimento, em Chingo/Novo Redondo;

23 de Novembro de 1936 - Inscrição como associado do Benfica, aos 17 anos;

30 de Março de 1957 - Eleito presidente da Direção do SLB, com 38 anos;

10 de abril de 1962 - Última reunião da Direção do SLB, a que presidiu, aos 43 anos;

8 de Agosto de 1975 - Falecimento, em Lisboa, aos 56 anos. 










Na sequência das dez fotografias parecem-me fácil de entender os momentos, excepto a quarta (antes do jogo, da segunda-mão, das meias-finais da Taça de Portugal, com o Sporting CP, em 13 de Junho de 1959, depois de ter perdido 1-2, no estádio do adversário) e quinta (o Benfica alugou o navio Timor para a deslocação dos adeptos a Matosinhos - Leixões SC - onde o Clube se sagraria campeão nacional, invicto a uma jornada do final, em 15 de Maio de 1960)

É necessário entender que, por questões políticas - início da Guerra Colonial - era impossível continuar a injectar dinheiro no Benfica ou em sumptuosidades, até negócios, na Metrópole, pois o Governo obrigou os "africanistas" (capitalistas que enriqueciam com o negócio proveniente da agricultura em África, principalmente Angola) a criarem infraestruturas dignas para os indígenas que viviam em condições indignas, que estiveram - em parte - na origem dos movimentos de libertação das colónias africanas.


Obrigado, Presidente!


Alberto Miguéns



1 comentário:

  1. Um presidente notável. Claramente entre os três maiores da nossa História.
    Um empresário de visão e que deixou extensa obra feita.
    Percebe-se, pelas fotografias, que tinha trato fácil e que era apreciado pelos mais diversos sectores do nosso Clube, desde os atletas, aos restantes dirigentes, ao mais comum sócio.
    Foi pena que o contexto político e as circunstâncias familiares, não tenham deixado mais tempo para que pudesse aumentar o seu tempo de presidência.
    Obrigado, Presidente!
    Obrigado também ao Alberto pela partilha destas fotografias.

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