20 agosto 2021

Com 2-1, Primeira Mão, Casa: 7-5 Para o Benfica

MAS DEPOIS DO QUE SE VIU NA PRIMEIRA MÃO O QUE É SEMPRE INCÓGNITA...

Tornou-se imprevisível. Aquele Benfica que mesmo com menos capacidade financeira, na «Catedral» olhava os adversários “olhos-nos-olhos”, jogando limpo sem arruaça e desprezo pela integridade física dos oponentes, e que encantava por isso, adversários e adeptos do Futebol, deixou de existir. Passou a Fiel Defunto.

 

O Benfica “aprendeu” em 2020/2021, frente ao Arsenal FC, o que os clubes pequenos…

Há muito sabem. Jogando com “autocarros” arriscam-se a perder por poucos e um jogo como o Futebol até permite vencer (mesmo sem rematar à baliza, beneficiando de um autogolo). Ora, o Benfica, jogando “à clube pequeno” tem muitos futebolistas de clube grande por isso ainda ficará, sempre, mais próximo de causar surpresa – jogar à defesa e vencer! E ultrapassar eliminatórias.

 

Em teoria ter acabado com a valorização dos golos marcados no terreno do adversário

Pode ter alterado os desfechos das eliminatórias. Na prática, só o futuro provará, ao comparar, estatisticamente, o que ocorrera antes e depois.

 

A valorização dos golos “fora” vigorou entre 1967/68 e 2020/21

Em 2021/22, já sabemos:

1.  Que o «Glorioso» se estiver a perder, em Eindhoven, por 0-1 no final do tempo regulamentar (2-2 no agregado das duas mãos) não está eliminado terá de jogar o prolongamento de 30 minutos e mantendo-se será desempatado da marca dos pontapés de grande penalidade;

2.  Que o «Glorioso» se estiver a vencer, em Eindhoven, por 2-0, o adversário não necessita de marcar quatro golos (4-2) pois 3-2 (4-4 no agregado) permite jogar o prolongamento de 30 minutos e mantendo-se será desempatado da marca dos pontapés de grande penalidade.

 

Resultado imprevisível

No futebol há sempre muito imprevisibilidade, mas este de 2-1 e os empates são, em minha opinião, os mais difíceis de perceber se são vantagem ou desvantagem para quem disputa a 1.ª mão em "casa". Como mostra o quadro com as doze eliminatórias já resolvidas: sete passagens e cinco eliminações.

 

VITÓRIAS, POR 2-1, NA 1.ª MÃO, EM CASA, NAS ELIMINATÓRIAS DAS COMPETIÇÕES DA UEFA

 

Época

 

Com

 

Elim

Res.

2.ª mão

Fora

 

Adversário

 

Conse-

quência

62/63

TCE

1/4

E 0-0

AC Dukla Praga (Checoslováquia)

Passagem

63/64

TCE

1/8

D 0-5

BV Borussia 09 Dortmund (RFA)

Eliminação

71/72

TCE

1/8

E 0-0

CSKA Sófia (Bulgária)

Passagem

82/83

TUE

1/32

V 2-1

Real Bétis B. (Espanha)

Passagem

92/93

TUE

1/4

D 0-3

Juventus FC (Itália)

Eliminação

93/94

TVT

1/2

D 0-1 *

Parma AC (Itália)

Eliminação

07/08

LC

PE

V 1-0

FC Copenhaga (Dinamarca)

Passagem

09/10

LE

1/4

D 1-4

Liverpul FC (Inglaterra)

Eliminação

 

10/11

 

LE

1/16

V 2-0

VfB Estugarda (Alemanha)

Passagem

1/8

E 1-1

Paris Saint-Germain FC (França)

Passagem

1/2

D 0-1*

SC Braga (Portugal)

Eliminação

13/14

LE

1/2

E 0-0

Juventus FC (Itália)

Passagem

21/22

LC

4PE

?

PSV Eindhoven (Países Baixos)

?

NOTAS: * eliminação por menos golos marcados no terreno do adversário; TCE - Taça dos Clubes Campeões Europeus, na actualidade Liga dos Campeões (LC); Taça UEFA (TUE), na actualidade Liga Europa (LE); TVT - Taça dos Clubes Vencedores das Taças (extinta)

 

A estória dos “três defesas-centrais”

Com a teoria que a “dinâmica” (como se diz agora em “futebolês”) tanto pode ser ofensiva como defensiva. Pois pode! Mas depende da capacidade do adversário, ou melhor, da audácia deste. Se tiver médios-ala rápidos e minimamente competentes (técnica e tacticamente) obrigam qualquer equipa que o Benfica construa a partir do plantel que tem a ser um Benfica defensivo.

 

O Benfica com o “meio-campo” que tem terá sempre dificuldade em que os dois defesas-laterais sejam ofensivos

O adversário coloca os seus médios-ala a combinar (bem) com os centrocampistas e obriga o Benfica a jogar em 5.4.1. e não em 3.6.1. Diogo Gonçalves/André Almeida/Gilberto, no lado direito e Grimaldo/Gil Dias no lado esquerdo serão sempre a maior parte do jogo, mais, o quarto e o quinto defesa que o quinto ou o sexto médio.

 

A “sorte” do Benfica em Eindhoven poderá ser a que teve na «Catedral»

Aproveitar “bolas paradas”, contra-ataque ou erro individual dos adversários. Se a posse de bola na «Catedral» foi de 41 – 59 por cento (segundo o goalpoint que parece-me o mais coerente) nos Países Baixos, será de 31 – 69 por cento, continuando a favor dos holandeses.

 

Para Barcelos, o Benfica que vá de avião

Para poupar o autocarro para Eindhoven!

 

Acorda, Benfica!

 

Alberto Miguéns

 

 


4 comentários:

  1. Para Barcelos, o Benfica que vá de avião

    Para poupar o autocarro para Eindhoven!

    :)

    ResponderEliminar
  2. Valeu realmente apenas o resultado e fica para a história apenas mais uma vitória europeia de um dos maiores clubes do mundo transformado numa equipa banal, mal dimensionada, mal treinada, mal liderada (basta ouvir as declarações do "líder" sobre uma das melhores exibições do guarda redes do Benfica. JJ é pequeno como pessoa, é um treinador mediano que um dia teve a sorte de vir parar a um dos maiores clubes do mundo e dele devia ser despedido no fim destes dois jogos europeus, diria mesmo e desculpem-me um merdoso treinador que nem mesmo o facto de ter um número de vitórias como não tinha há 38 anos consegue disfarçar a sua pequenez. Este facto pode ser alcançado por qualquer treinador que treine o Benfica, é o risco de ser treinador do Benfica: ganhar, ganhar, ganhar. Mas....para isso precisa de ter um líder, que saiba construir uma equipa à dimensão do Benfica (não temos dinheiro para ganhar a Champions é certo, mas não podemos ter uma equipa como o PSV tem?). Não temos, há dois anos que digo a mesma coisa, defesa esquerdo, não temos defesa direito, não temos meio campo, não temos defesa direito. Estão a mais o Pizzi, não tem estaleca para jogar numa equipa de alto rendimento, o Cebolinha é uma nulidade que não tem pedalada para o futebol europeu e um dos últimos erros que estamos prestes a cometer é vender Waldschmit só porque não se encaixa no esquema do bazófias. Arre, é demais! Por último como é possível os jogadores entrarem, jogarem 10 minutos e suarem em bica demonstrando uma deficiente forma física impressionante. João Mário revelou neste jogo porque razão Rúben Amorim não o quis ou seja, um grande jogador vê-se contra grandes equipas e ele pura e simplesmente desapareceu. Ou seja o Benfica neste jogo contra um grande PSV muito superior a nós jogou com menos (trê jogadores na primeira parte (Grimaldo, Pizzi e João Mário) e na segunda com ainda com menos após as substituições. O Rafa está a ser estoirado fisicamente pelo treinador incapaz. JJ devia pura e simplesmente ser despedido por todos os motivos e mais alguns e os 8 milhões de indemnização sairiam baratos num futuro próximo quiçá já no próximo sábado ou na próxima terça feira. Saudações Benfiquistas e como diZ o post. ACORDA BENFICA, ACORDA BENFICA.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. JJ tem virtudes e defeitos, um dos defeitos é falar de mais, a afirmação que fez a meu ver não o devia ter feito, mas ele tem razão o Odysseias não fez nenhuma defesa daquelas impossíveis, fez uma excelente exibição apenas isso, as defesas é mais espectáculo que dificuldade, mas as pessoas quando vêem um gr todo pelo ar acham logo que é uma grande defesa, a chamada defesa para a fotografia, se ele não defender as que defendeu defende o quê?

      Não sendo nem o Odysseias e o Helton grande guarda redes, sinceramente não vi o Helton fazer nada de errado, já quanto ao Odysseias, já "enterrou" demasiado a equipa e em jogos importantes

      Se for ele a jogar que faça uma excelente exibição na 3ª feira e ajude o Benfica a chegar à champions que isso é o mais relevante

      Eliminar
  3. Os interesses obscuros do anterior presidente e a conivência e incompetência dos gestores conduziram o Benfica a uma politica desportiva que teve como consequência termos 4 laterais em que só um é de raiz e é o pior a nível defensivo e físico/atlético, e nenhum médio defensivo com qualidade. Nenhum GR de classe europeia, e um treinador que estagnou no inicio dos anos 10 deste século, e que só a falta de cultura benfiquista dos órgãos sociais, e especialmente do anterior presidente, permitiram que voltasse ao Benfica.

    nem vou falar da miséria em que se tornou a competitividade das modalidades nos ultimos 4 anos.

    A meditar - Varandas tem mais trofeus do que Vieira e PC juntos!!!

    Uma tragédia sem fim à vista.

    Viva o Benfica

    ResponderEliminar