02 fevereiro 2020

Afinal a Maldição é de A Bola

CONTRA OS TEIMOSOS MARCHAR, MARCHAR…



Para os pôr a “andar”.

Este assunto «Maldição de Guttmann» já tinha sido dado por encerrado neste blogue
Pois publicaram-se várias entrevistas e até textos de quem investigou o passado, para fazer a biografia, do Glorioso Treinador mostrando e demonstrando, mesmo para quem é supersticioso, que nunca houve qualquer maldição.

Recordam-se alguns textos relacionados com entrevistas ao Glorioso Treinador
Que o Benfica voltaria a ser campeão europeu, quer em 1963 (clicar para um texto publicado neste blogue em 24 de Maio de 2014).



Quer em 1974 (clicar para um texto publicado neste blogue em 14 de Setembro de 2017).  



Depois da sua segunda passagem, em 1966, há mais um (clicar para um texto publicado neste blogue em :6 de Março de 2018)




Pois não é que um supersticioso malandreco mas espertalhão Q.B. de “A Bola” decidiu fazer uma página, em 7 de Março de 2018
A tentar justificar o injustificável, como se existissem maldições! Quando um "jornalista" acredita, justifica e faz propaganda de supostas "maldições" fica, desde logo, definida a sua capacidade "intelectual" enquanto profissional. É risível e inútil! Para lá do grotesco. Só falta começar a vender "banha-da-cobra"! Ainda hão-de chegar lá! O que o malicioso, pernicioso, entre outros –oso, Rogério Azevedo devia ter feito, era consultar a tal entrevista, em língua alemã ou ter pedido a alguém, em Viena, para lhe enviar a entrevista em alemão. Em vez de expor ao ridículo "A Bola" (se consultassem o passado do jornal logo perceberiam que há um Mito e uma realidade) que esta história ilustra na perfeição: em muitos números desse Jornal, o sensacionalismo bacoco, foi encoberto por jornalistas que eram mais escritores que repórteres. Por exemplo, o jornal "Os Sports" depois "Mundo Desportivo" era muito mais fiável e rigoroso até meados da década de 70, ao contrário daquilo que se pensa. Mas qualquer investigador, sabe! Consultar ou pedir a entrevista em alemão? Ora! Está bem... está! Mas isso sou eu a “dar recados” o que é desnecessário. Por não gostar de “dar recados” e por tal ser inútil, pois o que eles querem com esta estorieta sei eu…



Felizmente este blogue tem leitores que são Benfiquistas com B grande e não vão em cantigas
E assim, há uns dois meses fizeram-me chegar a entrevista original de Guttmann, publicada em língua alemã. Foi o Benfiquista Reinaldo Gomes que conseguiu o acesso ao texto original. 
Depois foi tratar de conseguir uma tradução credível, por alguém que fosse bilingue em português e alemão. 
O facto de serem bilingues foi importante até por que o meu interesse era não só traduzir do alemão para o português a entrevista original feita a Béla Guttmann como também “traduzir” do português para o alemão aquilo que o jornal «A Bola» publicou como tendo sido dito por Béla Guttmann!

Tenho de confessar...
Que mesmo não sabendo praticamente nada de alemão vi logo que a entrevista estava aldrabada. Percebendo onde tinham ido "buscar lenha e gasolina" para fazer o destaque sensacionalista, concentrei-me em duas das questões e as respostas às mesmas e Guttmann não podia ter dito o que estava traduzido em “A Bola”. Eu digo vi. Não li. 
Vi que na questão em que Guttmann falou de Eusébio, duas linhas e meia em alemão não podiam ser transformadas em oito linhas e meia, mesmo descontando o tamanho das letras e a largura das colunas que nem é assim tanto! Na segunda questão qualquer ser alfabetizado percebe que Guttmann nunca falou em Argentina e Uruguai. Se era assim com questões e nomes tão “básicos” como seria com o “resto”!?

Apesar de ter toda a entrevista em alemão (obrigado ao leitor deste blogue que disse não haver interesse em ter o nome publicado)
Concentrei-me, para não "criar ruído" (são pormenores do antes e depois das passagens pelo Benfica) e tornar este texto ainda mais gigantesco, nas duas questões que interessam, além de estar preocupado em não “massacrar” quem iria traduzir pois foi trabalho não remunerado. Foi por serem cidadãos que exerceram o direito a sê-lo de pleno direito repondo a verdade. Aos dois (ou três, como se perceberá mais adiante) tradutores o meu muito obrigado. Até por que o meu interesse, volto a sublinhar, era não só traduzir do alemão para o português o que disse na realidade Béla Guttmann como “traduzir” do português para o alemão como teria falado Béla Guttmann se realmente dissesse o que «A Bola» diz que disse!



Até conseguem desinformar... em 1968 com um assunto de 1967!
Quem leu a introdução à entrevista ficou com a ideia que Béla Guttmann tinha concedido a entrevista há pouco tempo! Errado! A entrevista foi publicada na revista, em língua alemã, «Sport-Illustrierte», em 9 de Outubro de 1967, mas a tal tradução "manhosa" só surgiu em «A Bola», na última página (pois não!), em 7 de Março de 1968, cinco meses depois! 



Como já se escreveu neste blogue (corroborado por quem leu entrevistas e conhece o “perfil” de Guttmann)
A existir alguma declaração seria sempre um lamento ou desilusão. Lamento acerca da equipa do Benfica ter deixado de ter as condições que tinha no tempo dele. Afinal a questão era do futebol do Benfica depender mais de Eusébio e menos do colectivo, ao contrário do tempo em que ele fez, o «Glorioso», sagrar-se Bicampeão Europeu.

«Nunca Mais Será» é uma mentira
Serviu para fazer uma "cacha" para vender mais jornais nesse dia mas Béla Guttmann nunca disse..."nunca mais". Como treinador - e excelente - analisava o futebol da perspectiva de um treinador, não de jornalista, dirigente ou adepto. Para ele o Benfica dependendo de uma individualidade, mesmo que genial futebolista como Eusébio, e não do colectivo que implantara aquando do seu sucesso, em 1960/61 e 1961/62, deixara de ter condições para voltar a conquistar a Taça dos Clubes Campeões Europeus. Mas referia-se à conjuntura existente considerando que o Benfica era Eusébio + 10. Não era para toda a eternidade. Quem for bem intencionado e tiver bom senso percebe isso, facilmente, lendo a tradução correcta (sem acrescentos criativos) e percebendo o que se passava, no futebol do Benfica, nos Anos 60.

A tradução do alemão para o português
Foi realizada por uma senhora que nasceu em Berlim estando em Portugal desde a sua adolescência.



A tradução do português para o alemão
Foi feita por uma helvética que nasceu e cresceu, em Zurique, num dos cantões germanófilos de excelência e casou com um português tendo por isso, a tradução sido feita...“a meias”.



Como é apanágio deste blogue, não é só conversa. Ficam expostos todos os documentos e datados para quem os quiser analisar. Aceitam-se outras traduções! Apesar das que estão publicadas terem sido feitas por quem sabe do que fala e como fala! "Gente" de bem!

No mínimo deviam envergonhar-se. Pedir desculpa aos seus leitores – nos quais eu não estou incluído - mas... nem para isso têm nível. Como se diz na minha terra de gente honrada: fiquem quedos!

Alberto Miguéns


NOTA: Comparando idioma a idioma o que Guttmann disse e o que foi inventado em «A Bola». A quantidade de texto que «A Bola» inventou impressiona. Bons ficcionistas. Guionistas para Hollywood! A "tradução criativa" até a designaria pela frase da 10.ª linha que a define na perfeição: «... o Benfica já nunca mais...». Mas o que é isto!  nunca mais!


O que perguntaram a Guttmann e o que o treinador respondeu versus o que A Bola diz que perguntaram e ele respondeu! 

Bons ficcionistas. Guionistas para Hollywood! Até nas questões colocadas houve "poligrafia".


O que foi na realidade publicado em alemão versus o que seria publicado em alemão se lhe tivessem colocado as questões e ele respondido em alemão face ao que a «A Bola» publicou em português




11 comentários:

  1. Nem se o Miguéns fizer desenhos vão lá.
    É um caso perdido para aquelas bandas. A Bola, já foi um jornal, agora não passa de pasquim.

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  2. Este é um texto importante. É importante porque vem REPOR uma VERDADE histórica e com isso vem RESPEITAR a memória do treinador mais importante da História do Sport Lisboa e Benfica. Um homem que uma década depois afirmava que ¾ do seu coração eram ocupados pelo Benfica.

    O Alberto publica pela PRIMEIRA VEZ um excerto da entrevista ORIGINAL que serviu de base para a historieta. Pelo que percebi o Jornal A Bola nunca teve a dignidade de o fazer, apenas publicando a tradução que bem entenderam.

    O Alberto publica também duas traduções com evidente interesse feitas por pessoas que há décadas são bilingues em Português e Alemão. Um obrigado ao Alberto e aos tradutores.

    Vamos à historieta.

    Crentes ou não nestas coisas, todos os Benfiquistas estão cientes de que esta historieta tem sido bem aproveitada por quem não gosta do Clube.

    Crentes ou não, todos os Benfiquistas têm sido sempre constrangidos a ripostar devidamente acerca deste assunto. Faltava um elemento de PROVA.

    Hoje passamos a ter esse elemento de prova. NÃO HÁ MALDIÇÃO NENHUMA. O que há é um EMBUSTE que foi criado deliberadamente. Digo deliberadamente porque ao longo das décadas já poderia e deveria ter sido alvo de uma verificação. Este cuidado de verificação é algo de crítico, da mais elementar exigência para qualquer jornalista que queria HONRAR a sua profissão. É incompreensível que desde o final da dácada de 60 ninguém do Jornal A Bola tenha tido essa boa prática.

    Em termos pessoais, Ssmpre acreditei que era uma historieta mesmo que a “famosa” frase pudesse ter sido proferida por Béla Guttmann. É evidente que todos nós no calor da refrega dizemos coisas que não pensamos. Sabe-se que Béla Guttmann saiu com alguns ressentimentos com alguns dirigente Benfiquistas e por isso poderia ter dito algo. Sabe-se também que ele saiu com o Benfica e com os Benfiquistas no coração. Não fazia sentido que lançasse uma "maldição" sobre o Clube que ele amava e com o qual tingiu o pico de 4 décadas de carreira como treinador. Não batia certo.

    O que o Alberto hoje provou é que afinal foi tudo um EMBUSTE ou uma INCOMPETÊNCIA de funcionários do jornal A Bola.

    Espero que estes elementos de prova sejam devidamente e amplamente divulgados. Divulgados em primeiro lugar pelo nosso Clube, nomeadamente pela BTV. Há diversos espaços que servirão para fazer esta divulgação.

    Em segundo lugar estes elementos deverão ser divulgados por todos os Benfiquistas quer em blogues quer em outros espaços da internet que dediquem ao seu Clube.

    Esta divulgação não deve pretender dar uma importância injustificada à historieta mas antes de fazer respeitar e dignificar todos os envolvidos e em particular Béla Guttmann. Fazer respeitar com a VERDADE HISTÓRICA!

    Se neste País houvesse dignidade o Jornal A Bola deveria fazer publicar um artigo em que apresentasse uma tradução certificada da entrevista, na sua integralidade. E essa publicação deveria ser acompanhada por um PEDIDO DE DESCULPAS ao Sport Lisboa e Benfica e à memória de Béla Guttmann.

    Nunca é tarde para repor um erro. E no caso dos mortos torna-se ainda mais importante uma vez que não estão cá para colocar as coisas no seu lugar. Haja dignidade. Que respeitem os seus fundadores: Cândido de Oliveira, António Ribeiro dos Reis e Vicente de Melo.

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    1. «Espero que estes elementos de prova sejam devidamente e amplamente divulgados. Divulgados em primeiro lugar pelo nosso Clube, nomeadamente pela BTV. Há diversos espaços que servirão para fazer esta divulgação.»

      Amigo Carocha.
      Espere sentado.
      Nem o clube e nem a BTV mexem o cu da cadeira. O Alberto não é lambe-botas e por isso...e só por isso...está proscrito!!!

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  3. Parabéns Sr. Alberto Miguéns, pela defesa intransigente da verdadeira história do MAIOR clube português, Sport Lisboa e Benfica. O jornalismo de esgoto, serviçal, mal intencionado, aldrabão tem de ser desmascarado todos os dias. O NOSSO clube é grande demais para este país. Que um dia possamos festejar todos novamente um título europeu...Eu acredito!

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  4. Primeiro vencer a Liga Europa, (este ano?) e a seguir fazer crescer o plantel em qualidade. Temos que ter um estilo e modelo de jogo que privilegie a posse de bola.

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  5. E já agora que se está a repor a verdade de um embuste que haja quem reponha o verdadeiro hino do Glorioso sonegado a lápis azul pelas mentes sórdidas do nosso passado fascista que fez desaparecer o nosso hino por encontrarem uma conotação estapafúrdia politizada de um regime que tanto mal fez ao nosso clube e ao país ... Avante! Avante pelo Benfica.
    Não me interpretem mal que eu até gosto do Picarra mas acredito que se algum dia alguém se lembrar de sonegar "contra os canhões marchar (por ser demasiado bélico) e no seu lugar colocar "papoilas saltitantes " acredito que muito Boa gente honrada não ficaria contente!

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    1. Caro Benfiquista

      Já foi assunto e insistido umas três vezes, entre elas:

      https://em-defesa-do-benfica.blogspot.com/2017/02/tres-cancoes-hino-1929-tema-1954-e.html

      Suadações Gloriosíssimas

      Alberto Miguèns

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  6. Isto é importantíssimo e é daquelas "inverdades" que vão levar muito tempo mesmo a desaparecer. Eu conheço pessoas de outros países que são adeptos e conhecedores do futebol e que têm como uma realidade, que Guttmann lançou uma maldição ao Benfica, independentemente de serem crentes ou não. Julgo que quando o Benfica chegou a finais recentemente o "Benfica amaldiçoado" terá sido título que tenha surgido nos mais diversos jornais desportivos internacionais. Portanto vejam como uma historieta mal contada dura até aos nossos dias e é propagada como verdade até fora do nosso circuito interno.

    Obrigado Alberto Miguéns pela defesa do nosso Benfica.
    Carrega Alberto! Carrega Benfica!

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  7. Lá vai o Rogério Azevedo chorar pelos cantos que é alvo de perseguição por este blogue, ahahahahah

    Ele que escreva mais factos e menos ficção que deixará de ser "perseguido"

    Viva o Benfica

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  8. Pois que tenham sido meu caro amigo mas tal como o tema do post nos mostra deixar de lutar pela história gloriosa do melhor clube do mundo é atraiçoar "os ases do passado " que com o seu suor tingiram de vermelho o nosso manto sagrado não só no desporto assim como na jamais vista abnegação altruísta construção do antigo estádio levantado de raiz a custa de um amor a um clube por parte dos seus sócios e simpatizantes algo nunca visto e é nessa singularidade que nos distinguimos dos demais e que fazem do SLB um clube único portanto com água mole em pedra dura ha que insistir até que se reponha a verdade
    E Pluribus Unum

    Saudações Benfiquistas pelo excelente trabalho

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