10 abril 2018

Barros no Quarto Anel

FALECEU ANTEONTEM, EM 8 DE ABRIL DE 2018, AOS 68 ANOS, O FABULOSO DEFESA BARROS. TRATANDO-SE DELE FOI NECESSÁRIO CONFIRMAR JUNTO DE FAMILIARES PARA NÃO SER SURPREENDIDO.



Por uma frase do tipo «A notícia da minha morte foi manifestamente exagerada». Com Barros TUDO era possível.



Nasceu na invicta cidade do Porto, em 2 de Outubro de 1949, António Monteiro Teixeira Barros, que seria no início dos anos 70 um dos melhores defesas portugueses, internacional português em oito selecções, entre 1974 e 1976, defesa-central, direito e esquerdo fetiche do seleccionador nacional, José Maria Pedroto.


1974/75. De cima para baixo. Da esquerda para a direita: Romeu, Nené, Alhinho (Roland cortou-lhe a "guedelha"), Damas, Osvaldinho e Barros; Alves (sem as luvas pretas), Octávio, ArturVítor Martins e Oliveira  NOTA: Legenda só possível de completar com o precioso auxílio de dois Benfiquistas inigualáveis neste "assunto CSI" (além de outros): Mário Pais e Victor Carocha

Honrou o "Manto Sagrado" durante seis temporadas, entre 1970/71 e 1976/77, apenas interrompidas em 1972/73 para representar o União FC Coimbra devido a problemas passionais em Lisboa, durante a temporada de 1971/72. A nível desportivo era irrepreensível. Marcou três golos em 167 jogos num total de 13 525 minutos. Pilar da defesa vermelha, foi campeão nacional em quatro temporadas: 1970/71 e no TRI de 1974/75 a 1976/77. Ajudou o "Glorioso" a conquistar mais três Taças de Honra de Lisboa (1971/72 depois de 2-1 ao Sporting CP e 4-1, ao CF "Os Belenenses", no estádio do Restelo, respectivamente, 3.º e 7.ºs classificados no campeonato nacional dessa época; 1973/74 depois de 3-2 ao ao CF "Os Belenenses" e 1-0 ao Sporting CP, no estádio do Restelo, respectivamente, 5.º e 1.ºs classificados no campeonato nacional dessa época; 1974/75 depois de 5-1 ao ao CF "Os Belenenses" e 1-0 ao Sporting CP, no estádio do Restelo, respectivamente, 6.º e 3.ºs classificados no campeonato nacional dessa época) competição com um grau de dificuldade superior a qualquer Supertaça ou Taça da Liga. 
  
Época 1975/76. Campo do União CI Tomar; 2.ª jornada do Campeonato Nacional. Vitória por 2-0 com golos de Nené. De cima para baixo. Da esquerda para a direita: Eurico (Gomes), Toni (capitão), Malta da Silva, BARROS, Sheu e Bento; Nené, Moinhos, Jordão, Vítor Martins e Messias. Que enorme onze escolhido por Mário Wilson. 
  
Era um futebolista polivalente - fazia todas as quatro posições do sector defensivo - intransponível a não ser em velocidade que o apanhasse desprevenido. No confronto directo era demolidor, ganhando 95 por cento dos confrontos directos. Nos restantes cinco por cento passava a bola mas nunca o futebolista contrário. Em 1974/75 foi o principal pilar da temporada juntamente com Humberto Coelho e Toni fazendo, para o inesquecível treinador Pavic, um triângulo central defensivo que era uma muralha. Para ver fotografias de equipas do "Glorioso" com Barros (clicar para 11 de Novembro de 2016: O Treinador Pavic Para Além do Óbvio).


Confirmado o infortúnio, em breve, este blogue mostrará e demonstrará o percurso de um dos melhores defesas centrais de sempre atraiçoado pelo comportamento anti-social como Victor Batista!
Só a vida extra-futebol impediu que chegasse às duas centenas de jogos e totalizasse uma década a honrar o «Manto Sagrado»

Estreou-se em 5 de Agosto de 1970, na digressão a África e depois pelo Extremo Oriente (de onde surgiu a Vénia), numa vitória por 9-1 frente à Selecção de Luanda e fez o derradeiro jogo, em 11 de Junho de 1977, frente ao GD Estoril Praia, no estádio António Coimbra da Mota, para uma competição oficial que lá por estar esquecida não quer dizer que não tenha existido, a Taça Federação Portuguesa de Futebol.

Mais um Glorioso Campeão no Quarto Anel!

Alberto Miguéns





2 comentários:

  1. Notícia triste.
    Partiu o homem ficou a imagem de um jogador ligado a um período fulgurante do Benfica.
    Uma figura excêntrica que por vezes teve um comportamento que não ajudou a sua carreira desportiva.
    Pêsames à sua família.
    Lamento pela perda do homem.
    Que descanse em Paz.

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  2. Vou fazer 53 anos, Barros foi um dos jogadores que me recordo perfeitamente, quando comecei a ver jogos do Benfica.
    Na foto de setembro de 1975, só não me lembro de Malta da Silva e Messias, os outros vi-os todos jogar.
    Creio que Bento terá começado a substituir o José Henriques, por esta altura!
    Se não estou errado, na época seguinte, ganhamos 5-0 ao SCP!
    Um dos avançados era o Reinaldo.
    Condolências à família do Barros.
    Que descanse em paz!

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