11 setembro 2024

Olha Que Dois

A CÉLEBRE ELIMINATÓRIA QUE FEZ A UEFA ACABAR COM O "TERCEIRO JOGO" PARA DESEMPATAR UMA ELIMINATÓRIA SEM DEFINIR O VENCEDOR A DUAS MÃOS.



Desde o início das competições da UEFA, em particular na Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1954/55, que se após a segunda-mão (com prolongamento) de uma eliminatória não se conseguisse apurar o vencedor haveria que realizar um jogo em campo neutro - geralmente num estádio num país da Europa Central - e o estádio ficava logo definido aquando do sorteio prevendo essa hipótese. Depois desta eliminatória AFC Ajax - SL BENFICA, em 1969 (12 e 19 de Fevereiro, respectivamente, em Amesterdão e Lisboa + 5 de Março, em Paris), terminou o "Terceiro Jogo" passando-se de imediato ao desempate por "moeda ao ar". Esta forma de desempatar sempre existiu, mas só se aplicava após um prolongamento no "Terceiro Jogo" em que não fosse possível definir o vencedor, ou seja, depois de 330 minutos (90 + 120 + 120 minutos). Nesta eliminatória AFC Ajax - SL BENFICA o vencedor ficou definido com 330 minutos não sendo necessário recorrer ao desempate com "moeda ao ar". Depois deste jogo esta forma de desempate passou para após 210 minutos (90 + 120 minutos).



É assim o Benfica! 

Alberto Miguéns 

3 comentários:

  1. Caro Alberto, este vídeo é maravilhoso. Muito obrigado. Ainda há dias, a propósito do falecimento de Adolfo, referi-me a esses jogos com o Ajax, memórias muito boas da minha infância. Deste não tenho memória, tinha 4 anos! Mas recordo-me muito bem pelo menos de mais uma ou duas eliminatórias (terá sido só uma?), já nos nos anos 70, com a renovada equipa de Hagan - Jordão, Nené, Artur, Humberto, Toni, Jaime Graça, Artur Jorge, Adolfo, entre outros. Que pena! Encontrámos um enorme Ajax, e só assim não chegámos à final, tal como depois encontrámos um enorme Bayern e Liverpool. Outros clubes, que desdenham aquilo que fizemos, nunca tiveram sequer categoria para enfrentar estes colossos. Saudações Gloriosas!

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  2. E essa nova forma de desempate tocou logo ao Benfica na época seguinte. Sorte madrasta!

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  3. Bom Dia, Sr. Alberto Miguéns...Que delícia!!!! Acordar, num período de férias minhas, e encontrar este maravilhoso documentário (para aqueles Benfiquistas que se interessam pelo seu passado mítico) de uma eliminatória que ficou mítica no futebol europeu, entre dois clubes, também eles míticos e eternos, BENFICA e AJAX...Uma eliminatória dos quartos-de-final relativo à época de 1968/1969 - não esquecer que época anterior 1967/1968, o nosso Benfica tinha estado na final da Taça dos Campeões Europeus, que como sabemos tínhamos perdido com o Manchester United, em Wembley - em que a melhor equipa europeia dos anos 60, ganhou 3-1, na neve, no Estádio Olímpico de Amesterdão, a uma equipa emergente no Futebol europeu, o Ajax, com uma grande exibição do José "Bom Gigante" Torres e perdeu pelo mesmo resultado, no Estádio da Luz, com uma exibição tremenda, marcou dois golos, de uma "estrela" emergente chamada de Johan Cruyff...(de reparar na foto tirada no fim de jogo de um Eusébio, humilde, mas grandioso, a revelar o seu sempre fair-play, ao contrário de muitos que nós conhecemos, não é!!! a dar os parabéns pelo jogo fantástico que Cruyff tinha feito)...O resultado das duas mãos ficou num inacreditável 4-4, tendo sido determinado, como disse o Sr. Alberto, a recorrer a um jogo de desempate no também mítico (tinha de ser!!!) Stade de Colombes (hoje Stade Olympique Yves-du-Manoir), na também mítica, cidade de Paris (também, tinha de ser!!!)...Foi um jogo equilibrado, só soçobrando o GLORIOSO no prolongamento (como tinha soçobrado no ano anterior na final com o Manchester), depois de um 0-0 no tempo regulamentar, por 3-0 com dois golos do sueco Danielsson...Foram, naturalmente, depois à final, perdendo com um AC Milan - de Trappatoni, Schnellinger (alemão), do "velho sueco" Hamrin (esteve presente na final do campeonato do mundo perdida, em casa, em 1958, com o Brasil, de Pelé, Garrincha, Nilton e Djalma Santos, Didi, Gilmar, Vavá, Zito, Zagallo, etc), Rivera (na altura a grande estrela do futebol italiano), Prati e Sormani, este marcou dois golos , em Madrid, no Santiago Bernabéu, por Em 1972, nas meias-finais da mesma Taça, o nosso Benfica procurou a "vingança", mas voltou a perder, 0-0 na Luz e 1-0 no Estádio Olímpico de Amesterdão, que decidiu a eliminatória, curiosamente com golo de Sjaak SWART que nos aparece neste documentário, um extremo, tal qual o nosso SIMÕES, que jogou sempre no Ajax...Também curiosamente surge-nos Theo Van DOIVENBODE, que foi dispensado pelo o Ajax, depois desta época de 1968-1969 e viria a ser Campeão Europeu pelo Feyenoord, na época seguinte de 1969/1970, sendo a primeira equipa holandesa a consegui-la antes da época dourada de muitos jogadores deste Ajax que eliminou o Benfica de 69, sendo Campeões Europeus em 1971, 1972, 1973... Obrigado Sr. Alberto por estas memórias do nosso SPORT LISBOA E BENFICA...Um ABRAÇO GLORIOSO.

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