26 dezembro 2022

António Mega Ferreira

MAIS UMA NOTÍCIA TRISTE ACERCA DA MORTE DE UM BENFIQUISTA.




Entrou para associado do clube... 13 dias após o nascimento. O senhor Macarrão dizia que até àquela data - 7 de Abril de 1949 - nunca antes dele algum Benfiquista se fizera sócio tão novo. A proposta foi assinada pelo pai, três dias depois de ter nascido, em 28 de Março de 1949 (segunda-feira), sendo aprovado na reunião de Direcção, em 7 de Abril (quinta-feira).


António Taurino Mega Ferreira nasceu em Lisboa, a 25 de Março de 1949 (sexta-feira). Faleceu hoje, 26 de Dezembro de 2022 (segunda-feira), aos 73 anos, 9 meses e um dia.


1. António Mega Ferreira era filho de um dirigente do Benfica - Joaquim Ferreira - tesoureiro da Direcção, na gerência que foi eleita em 29 de Janeiro de 949 e tomou posse em 21 de Fevereiro de 1949;



2. Falei uma meia dúzia de vezes com ele, sempre a aprender, acerca de tudo: Benfica, Vida, Política e Cultura, com destaque para a Literatura;


3. Quando pertenci à Comissão Instaladora do Museu o nome que propus e insisti até à exaustão, para Director do Museu, foi o dele, por ser uma honra tê-lo como primeiro Director, por ser independente, não necessitar de ser remunerado (dupla vantagem de ser independente) e pelo prestígio que daria ao Museu.  


4. Uma "boa" entrevista (clicar);


5. Ele e o Benfica (clicar). «O Benfica não é uma paixão é uma religião» (42:10 minutos);


6. Ele e "mais uma vez" o Benfica (clicar);


7. A revista da sua responsabilidade no Centenário do «Glorioso» (clicar);


8. A entrevista em que gosta dos clubes de vermelho (Manchester United FC) e não gosta dos que equipam de azul (Manchester City FC) (clicar);



9. A vida e a obra (clicar)(clicar);



10. O último livro publicado por ele que é mais uma obra notável.



(em actualização ao longo do dia)


Obrigado por tudo, Mega Ferreira!


Alberto Miguéns 


5 comentários:

  1. Uma notícia triste.

    Faleceu um notável homem da Cultura, que deixou obra em múltiplos níveis.
    Pensava à frente, assente numa notável, vasta e eclética bagagem cultural. Criava, divulgava, discutia, criticava, sempre pela sua cabeça. Com liberdade e fino humor. Era independente apesar de não se coibir de mostrar convicções políticas.

    Faleceu um Benfiquista, que não tinha preconceito algum de se afirmar crente nesta religião chamada "Benfica". Sócio desde tenra idade pela mão de seu pai, um dirigente do Clube. O Sport Lisboa e Benfica perde hoje um sócio ilustre, que tal como o Alberto diz, poderia ter tido outro papel, outra influência na vida do Clube. Seguramente o Clube teria beneficiado muito.

    Condolências à família e amigos enlutados.
    Que descanse em paz.

    Obrigado, António Mega Ferreira.

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  2. O brilho nos olhos ao falar do BENFICA não engana.
    Que descanse em paz!!

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  3. Uma perda para o Benfica e para o país. Obrigado pela sua evocação Alberto Miguens

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  4. Que notícia tão triste. Nem quero acreditar. Num espaço de tão poucos dias, deixam-nos dois enormes Benfiquistas. Tive sempre uma admiração enorme por António Mega Ferreira, que vibrava e sofria como poucos pelo Benfica. Só aqui há alguns anos, ao ver uma entrevista com ele na TV, compreendi que para Mega Ferreira o Benfica não era apenas o futebol. Era muito mais do que isso, era o Benfica eclético, o Benfica do ciclismo, do atletismo, do basquetebol, do voleibol, do andebol, do râguebi... um Benfica representado em todas as modalidades para chegar além das fronteiras de Portugal. Nessa entrevista (já tinha acabado a temporada futebolística), Mega Ferreira mostrava-se já concentradíssimo no desfecho dos campeonatos nacionais de basquetebol e atletismo. Guardo, com muito amor (é a palavra mais acertada), a edição histórica da revista Visão - "Benfica, os primeiros 100 anos", que Mega Ferreira escreveu. E, embora limitadíssimo por óbvias razões de espaço, nessa edição não deixa de fazer referência a todos os nosso atletas maiores, de todas as modalidades, aos nosso grandes presidentes e até a locais históricos da vida do nosso Clube, como a antiga sede da Rua Jardim do Regedor - onde paguei as minhas primeiras quotas de associado. Esta edição é uma verdadeira enciclopédia concisa da história do Sport Lisboa e Benfica. Vale também a pena ler o Editorial, intitulado "Uma viagem ao coração da alegria". Quase no fim do belíssimo naco de prosa que é esse editorial (que bem escrevia Mega Ferreira!) , escreve o seguinte: "Como o Benfica é um mundo (mas não precisa de querer ser uma nação, de tal forma ele se identifica com o país), são pedaços dessa diversidade gigantesca que aqui trago(...)". E assim, de uma penada, "arruma" com os clubes que pretendem querer ser "uma nação".

    É uma perda irreparável para o Sport Lisboa e Benfica, mas também para a Cultura e Literatura portuguesas. Tenho muita pena que na blogosfera Benfiquista tenha sido apenas este blogue a fazer referência ao falecimento de António Mega Ferreira. Foram homens como ele que ajudaram a escrever a história gloriosa do Sport Lisboa e Benfica. Muito obrigado pelo seu post, caro Alberto.

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  5. Muito triste com a noticia.
    Uma grande perda. Valores, cultura, benfiquismo.
    RIP

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