19 abril 2022

Arbitragem: Críticas Avulsas ou Consistentes? (Final)

SER CONSISTENTE É FUNDAMENTAL E A ÚNICA VIA. NÃO SER IDIOTA ÚTIL NEM INÚTIL A FAVOR DO FC PORTO, JÁ AGORA, TAMBÉM AJUDARIA.

Críticas justas, sustentadas, assertivas feitas por dirigentes no tempo certo são consistentes e produzem efeitos positivos. Fora de tempo é fazer, o habitual, contribuir para os sucessos do FC Porto. 

 

Há mais de quatro décadas que se assiste ao espectáculo habitual

Começou em crescendo ainda em final dos Anos 70. O Benfica lutou protegendo os futebolistas e treinadores (em particular Mário Wilson) contra os esbirros da mentira: o treinador Pedroto (mentor) e o seu discípulo, o chefe de Departamento de Futebol (Pinto da Costa) ambos do FC Porto. Nos Anos 80, o Benfica aguentou com outra estratégia que permitia desgastar menos os dirigentes do «Glorioso» incomodados por serem enxovalhados por homens de mão de Pinto da Costa: ter os melhores futebolistas portugueses e internacionais de países consagrados (Brasil, Dinamarca e Suécia, por exemplo) suportados pela grandeza do Clube apoiado no patrocínio da Shell, por exemplo, para lutarem taco-a-taco com a Revigrés (óptimo meio para permitir fazer pagamentos com cheiro a esturro, se e quando necessário). Depois claudicou. Os seus dirigentes deixaram de lutar e saber ter intervenções no tempo certo e acertadas enquanto o FC Porto mantinha a coerência que temporada após temporada se alicerçava na mesma liderança não alterando a estratégia de ódio ao Benfica e adversários como se estes fossem emanações do Benfica sempre que é conveniente para "agregar forças e estimular facções": a Banalidade do Mal. E nada ou pouco mudou. Quase trinta anos nisto, umas vezes melhor (aproveitando brechas no FC Porto) outras pior (deixando esse clube à vontade). Os adeptos desde cedo nas temporadas apercebem-se, os jogadores e treinadores mostram desconforto, mas da parte de quem dirige, desde 1994, pouco ou nada é feito. Principalmente pouco ou nada é feito no tempo em que devia ser feito e do modo como se tornaria eficiente, mesmo eficaz. Trinta anos é muito tempo por isso assisti a vários dirigentes, que sendo todos diferentes, acabam por uma questão de ser mais fácil poder estabelecer quatro tipologias:

 

1. Desinteresse

Nem se apercebem que o insucesso tem mais a ver com a falta de reacção ao que vem do exterior que às decisões que tomam no interior do Clube, acabando estas por ser más influenciadas e ampliadas pelo destempero prejudicial ao Benfica;

 

2. Insensibilidade

Percebem que o Clube está a ser prejudicado e que isso potencia ainda mais o erro nas decisões que têm de tomar mas preferem que sejam treinadores e futebolistas a resolverem o que lhes competia a eles (dirigentes) resolverem;

 

3. Inconsistência

Percebem atempadamente o que se está a passar e que vai acabar mal, mas como há instabilidade - falta de constância nas exibições - temem que qualquer "denúncia do Benfica estar a ser prejudicado" seja entendido - pois do outro lado sabem explorar isso - como desculpa para a inconstância nas exibições, temendo ser ridicularizados. Quando se apercebem é tardiamente e já nada resolve pois a temporada está perdida. Em 2021/22 considero que foi esta a tipologia;

 

4. Cobardia

Sabem que os prejuízos estão por demais expostos mas temem que se afrontarem algum dos sistemas corporativos que abundam no «Futeluso» ainda será pior como se já não fosse muito mau. Pior será sempre impossível mas vá lá entender-se este modo de pensar.


Assertividade

É isto que falta ao Clube desde há muitos anos. Ter capacidade para no momento certo, com os termos correctos e meios adequados - sabendo-se da grandeza do Clube, principalmente associativa - fazer intervenções adequadas que coloquem os tais organismos corporativos que pululam no «Futeluso» na ordem, ou seja, tementes da grandeza do Benfica. Será que ainda vou assistir a isto e aplaudir dirigentes do «Glorioso» antes de morrer ou ficar demente?  


Assertividade (fora de tempo) é destempero

O Benfica insurgir-se "contra tudo e contra todos, "disparando em todas as direcções" em final de temporada - quando praticamente tudo está decidido e em seu desfavor - eliminado na Taça de Portugal e "condenado" ao terceiro lugar e a jogar quatro jogos (duas pré-eliminatórias) para conseguir estar no pote 3 do sorteio da Liga dos Campeões é ruído. E não é por fazer ruído em final de 2021/2022 que vai haver "normalidade" em 2022/2023. Esta só existirá se logo quando forem detectadas as primeiras dualidades de critérios em jogos frente aos adversários directos e comparando com as jornadas iniciais dos adversários indirectos (FC Porto e Sporting CP) estas - dualidades - forem denunciadas no tempo certo com "conta, peso e medida"! 


A não ser assim assiste-se ao que se vai vendo desde ontem

Quem está a beneficiar do ruído provocado pelo "Dérbi" é o mesmo clube de sempre, o FC Porto. Desta vez colocando-se ao lado do Benfica pois tem no Sporting CP o principal adversário que até já deixou de o ser mas mesmo assim ainda os incomoda mais, em 2021/22, que o Benfica. É a velha máxima de José Maria Pedroto instituída a partir de 1982. O FC Porto tem de usar a força do Benfica contra o Sporting CP quando for necessário e usar a força do Sporting CP contra o Benfica quando dela necessitar. Isto já "tem barbas" mas resulta sempre! S-E-M-P-R-E! 

 

Acorda, Benfica!

 

Alberto Miguéns

5 comentários:

  1. Um dos pilares do FCP é o controlo dos organismos determinantes para a nomeação e avaliação dos árbitros, assim como para a disciplina no futebol. Junte-se a isso a metódica "ajuda assistencial" feita a diversos clubes da I divisão (ou Super Liga, como queiram). Junte-se por fim a militância significativa de uma parte da comunicação social, que conduz campanhas negras em alturas estratégicas.

    As armas são desiguais e palavras leva-as o vento...

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  2. ainda me lembro do * zé do boné * qdo treinava o * boavista futebol clube * (assistia aos treinos acompanhado por um tio materno já q a nossa família era boavisteira graças a meu avô materno q ñ tendo dotes para ser jogador do clube enveredou por ser * referee * mas acabou por ser irradiado pq num jogo boavista versus porto foi acusado de favorecer o seu boavista rsrsrs) e estava fazendo um belo trabalho, tão bom q fez acender a luz vermelha no porto_clube; então, era preciso de imediato ir buscar o homem do clube antagonista e o zé lá foi para o fcp de armas e bagagens com os auxiliares e lá começou com a treta de q o porto_clube logo q passasse a ponte de dom luis já estava perdendo os jogos q tinha de disputar fora do porto e esta cantilena ainda hoje vigora ...

    então, o slb (como o maior e melhor) tem dois antagonistas permanentes no pontapé na bola ... um local, o scp e um regional, o fcp q combatem somente o maior e melhor q é o 'glorioso' ...

    então, o 'glorioso' ao cabo de quase meio-século ainda ñ encontrou uma estratégia eficiente q ponha esses dois antagonistas permanentes * em sentido * ... ora bolas ❗❗❗

    porto, 19.04.22

    antonio

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  3. Mais um excelente ensaio de lucidez e clareza..
    O Benfica tem no seu ADN os valores da elevação moral, ética e até mesmo espiritual (para quem é sensível a essa dimensão).
    Por conseguinte, não domina as mesmas armas na guerra da desonestidade, cinismo e hipocrisia vigentes no mundo.
    O Benfica tem algo de sobrenatural. Fora do comum. Para bom benfiquista.. meia-palavra basta.

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  4. Tal e qual, apesar de considerar que em 2022 foi um misto de 3 e 4. Só isso explica tanta passividade quando temos a faca e o queijo na mão para sermos assertivos na defesa do Benfica.

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  5. Caro Sr. Alberto Miguéns... Como apanágio seu mais um excelente artigo... Nada a acrescentar na sua análise a este crescimento mafioso dos Andrades que teve como principais actores os tais que jogavam às cartas pela noite dentro na tal cidade que se diz invicta (!).... Um abraço Glorioso.

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