17 agosto 2021

As Habituais Trapalhadas Pintodacostistas

COM A PUBLICAÇÃO DA REVISTA VISÃO HISTÓRIA DEDICADA AO FUTEBOL QUEREM ENGANAR QUEM?



A História não enganam! A Visão só a de alguns. É que o maior cego não é quem não vê. É quem não quer ver!

 

Uma no cravo e outra na ferradura

A revista isão História n.º 66 (Agosto de 2021) tem como tema: As Origens do Futebol em Portugal. E consegue, com 13 páginas de diferença (da página 27 para a página 41) dar duas versões opostas e diferentes do mesmo acontecimento. Uma verdadeira (ainda que tímida) e outra falsa, mentirosa e propagandística.

Ponto de ordem (afinal ficou grande de...mais)

Este assunto, como Benfiquista, é-me indiferente a não ser como modelo do que é o FC Porto de Pinto da Costa e da mediocridade dos media em Portugal, além de vários cobardolas (de jornalistas a historiadores e comentadores) que aceitam mentir para garantir alguma visibilidade e umas ma$$as. É que o assunto (fundação do FC Porto em 1893 está mais que sabido que é falso). Não vou repetir outra vez o que já escrevi em 12 de Outubro de 2011 (clicar) e em 18 de Outubro de 2015 (clicar), por exemplo. Quem se interessa por estes assuntos sabe que António Nicolau d'Almeida por querer jogar tendo como adversários os futebolistas lisbonenses colocou uma notícia num jornal de Lisboa acerca da existência de um FC Porto, para lançar um repto. Era assim naquele tempo - anos 90 do século XIX - e primeira década do século XX. Ora a fundação do FCP foi, em 1988, recuada de 2 de Agosto de 1906 para a data em que o jornal de Lisboa, em 28 de Setembro de 1893, publicou a notícia - na cidade do Porto nenhum jornal publicou qualquer notícia de que se fundara um clube na Invicta -  pois não tinham outra data por não existir nenhuma fundação. Pelo contrário a fundação, em 2 de Agosto de 1906, do FC Porto está bem documentada até por um dos fundadores, António Martins. 


Ponto de ordem (a valer)

O que é preocupante é sabermos que quem não tem qualquer problema em viciar o seu passado, achincalhar o seu fundador (José Monteiro da Costa) retirando-o de principal fundador, porque o foi, pois a ideia foi dele e repetir à exaustão a mentira e o desaforo é capaz de tudo. Se não lhes pesa esta vigarice, então adulterar resultados, competições, declarações, contratos, amizades, vícios vários é "canja". É como beber água. São vigaristas encartados e inacreditavelmente (ou talvez não) encantam os media portugueses. Tudo farinha do mesmo saco. Lixo!

Revista "Visão História" n.º 66; página 27; Francisco Pinheiro e João Nuno Coelho; Agosto de 2021; Lisboa


Verdade!

Ainda que tenham de continuar a lamber as botas ao FCP, Francisco Pinheiro (investigador) e João Nuno Coelho (sociólogo) têm que reconhecer, na página 27, que o jogo é entre duas cidades. Aquela parte de haver duas versões do FCP  é um eufemismo para serem dois clubes diferentes, embora a "primeira versão" nunca tenha existido. O repto, sim. Pelo menos estes dois marretas já apresentam melhorias em relação ao livro «A Paixão do Povo» onde disseram, na Biblioteca Nacional de Portugal, que «iam pôr a história do FC Porto "em pratos limpos"», e depois recuaram que nem ratos mansinhos. 


Revista "Visão História" n.º 66; página 41/42; Germano Silva; Agosto de 2021; Lisboa

Mentira!

Como é evidente! Germano Silva (jornalista) até é um bom divulgador da história da cidade do Porto, mas em assuntos que envolvem o FC Porto tem que obedecer ao dono, por isso, nas páginas 41 e 42, resolve não arriscar e seguir a cartilha. Mesmo cuspindo na história da cidade, pois o jogo foi no Porto por isso faz parte da história da Invicta que ele não se preocupa em viciar. É assim, se quer ter "protagonismo" ou vai de vela! Na cidade do Porto, praticamente, só os Benfiquistas são seres livres e credíveis em questões relacionadas com o Futebol/Desporto!

 

No tempo da verdade, sem maldade. Fotobiografia do FC Porto; página 211; Rui Guedes; Publicações Dom Quixote; 1987; Lisboa

A Imprensa "disse" (parte I)

Sempre foi considerado, entre historiadores e jornalistas, durante décadas, um jogo entre os melhores futebolistas das duas cidades até os lambe-botas de Pinto da Costa o transformarem num jogo entre o FC Lisbonense e o FC Porto para justificar a existência (física) deste. Mesmo que só num jogo, em 1894, depois apenas jogando (que se saiba) em 22 de Dezembro de 1907, numa derrota, por 1-5, frente ao Boavista FC, no campo do FCP (rua da Rainha, actual rua Antero de Quental). Além de cobardes (aproveitando já ninguém desse tempo estar vivo) são desonestos (adulterando a verdade).

 

Jornal lisbonense «Diário Illustrado»; página 3; 5 de Março de 1894 


A Imprensa "disse" (parte II)

António Martins que foi um dos fundadores do FC Porto, integrando o «Grupo do Destino» do qual resultou o Futebol Clube do Porto foi peremptório ao descrever a fundação do clube no jornal portuense «O Tripeiro» em 1 de Março de 1926. António Nicolau de Almeida certamente que o leu e não contestou pois viria a falecer em 21 de Fevereiro de 1948, ou seja, 22 anos depois da descrição da Fundação feita por António Martins e publicada num jornal da cidade! Esta descrição fez parte, da história do clube portista, durante mais de 60 anos, até 1988, quando Pinto da Costa decidiu refundar o FC Porto. A justificação é que não "se sabia" mas evidentemente que se sabia. Ele é que sendo aldrabão...podia não saber ou não ter interesse que se soubesse!


Jornal «Mundo Desportivo»; página 5; 20 de Outubro de 1954

A mentira tem perna curta

Há inúmeros documentos, artigos, evocações, fotografias, entrevistas, notícias que colocam, sem equívocos, a fundação do FC Porto, em 1906. Aliás o FC Porto passou das comemorações dos 81 anos (2 de Agosto de 1987) para os 95 anos (28 de Setembro de 1988). Aldrabam tudo e todos com um à vontade que impressiona. Inacreditável!

 

Deixem-se disso!

 

Alberto Miguéns

14 comentários:

  1. Mas no texto que aparece em baixo de "Como se fundou a Colectividade", como aparece referência a MOnteiro da Costa e Nicolau de Almeida. Quem escreveu isso? E alguma vez eles se conheceram como alegam os andrades? Obrigado

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Benfiquista

      A cidade do Porto tinha cerca de 180 mil habitantes (Lisboa tinha 400 mil) em meados dos Anos 10 do século XX. Se em Lisboa as elites se conheciam todas muito mais ocorreria na cidade do Porto. Não consta que José Monteiro da Costa e António Nicolau d'Almeida fossem amigos, mas conheciam-se. A elites portuense era escassa e não se misturando com o Povo percorreriam os mesmos espaços, frequentando e convivendo nos mesmos locais. Há que ter em conta que José Monteiro da Costa faleceu novo e em relação ao FCP muito precocemente, logo em 30 de Janeiro de 1911, ainda nem o clube que tivera um dia a ideia de fundar, completara cinco anos de existência. O que se sabe é que Nicolau de Almeida uma das figuras mais importantes - negociante ligado ao Vinho do Porto - de uma cidade com pouca importância no Portugal de então NUNCA foi associado da colectividade. Puxa. O FC Porto tem um fundador que nunca foi associado do clube e foi contemporâneo dele durante 42 anos! Quarenta e dois anos. Mesmo a morte precoce de Monteiro da Costa não o fez interessar pelo FCP. António Nicolau d'Almeida não tinha qualquer afinidade com o FC Porto. Nenhuma. O FC Porto - devido à tragédia - que se abatera sobre Monteiro da Costa, a cada aniversário do FC Porto fazia uma romagem ao Cemitério de Agramonte, pois no «Jornal de Notícias» há relatos e nomes a cada ano e nunca há referências a Nicolau de Almeida. A ligação de António Nicolau de Almeida ao FC Porto é das mentiras mais "mal amanhadas" (como se diz na minha aldeia) do desporto em Portugal. Uma ligação rasca de tão absurda que é!

      Abraço Glorioso

      Alberto Miguéns

      Eliminar
    2. Eu estive no Museu do FCP. Sim, mas a convite de um amigo pois eu não lhes dou dinheiro. E fiquei chocado ao ver lá uma estátua do falso fundador mas nem uma foto nem referência ao verdadeiro. De qualquer modo, continuo com a dúvida se Monteiro da Costa seria da Elite pois era filho de jardineiro da Câmara Municipal do Porto, embora pertencesse ao "Grupo do Destino", que, como melhor sabe do que eu, fazia grandes "trainadas" pelo que seria necessário ter dinheiro. Um historiador, que não vou dizer o nome, garantiu-me que tem um documento que prova que foi o Nicolau a fundar o FCP. Mal saiba da "prova" regressarei ao assunto. Obrigado pela resposta, como sempre.

      Eliminar
  2. Até já inventam amizades entre António Nicolau de Almeida e José Monteiro da Costa! O que é certo é que António Nicolau d'Almeida faleceu em 1948 sem nunca ter reclamado a fundação e teve muito tempo para isso.
    Temos que começar a ver revistas e jornais antes de 1904 - se aparecer um clube de Benfica ou que mencione Benfica fazemos o mesmo, inventa-se uma história rebuscada e assim já somos mais antigos...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Benfiquista Sérgio Sousa

      é necessário muito cuidado no nome a dar aos filhos. Quem baptizar um de Afonso Henriques que não leve Pinto da Costa por padrinho, pois sujeita-se que o sujeito diga que tem um afilhado que foi o primeiro Rei de Portugal e dos Algarves! Mesmo que este ainda não fizesse pate do território português aquando do reinado de D. Afonso Henriques.

      Pinto da Costa tem uma vida de aldrabice, impunidade e ganância que fazem dele uma figura patética. Em qualquer outro País ocidental há muito que era motivo de chacota. Por cá, quando morrer, vai ter honras de que a honestidade em pessoa finou-se, Portugal ficou mais pobre e vão viver-se tempos difíceis no Futebol português pois o maior tóxioco que este criou (e por ele foi criado) deixou de existir.

      Só tenho pena que hoje não seja a véspera desse dia! O Futebol português vai ter condições para voltar a ser um sítio asseado e bem frequentado. Espero que aproveitem para regenerar o desporto que atrai multidões.

      Gloriosas Saudações

      Alberto Miguéns

      Eliminar
  3. Estes pintos sempre trabalharam na vigarice foram o fundador das vigarices e são adorados por isso medo talvez, mas claro isso são assunto deles pois eles ate dizem que não ouve nenhum APITO DOURADO E NAO FORAM CONDENADOS POR PRATICAS DE CORRUPÇAO, mas alguém na F.P.F chamado Fernandinho das Faturas tentou apagar essa história, mas a história não se apaga nem se esquece. VIVA O BENFICA.

    ResponderEliminar
  4. Caro Alberto. Obrigado pela seu trabalho e defesa intransigente da História do Sport Lisboa e Benfica e tudo o que se relaciona com ele.
    Permita-me que lhe coloque apenas uma questão sobre o exposto porque posso não ter interpretado bem: Aquela transcrição da carta de Nicolau de Almeida foi aldrabada? Porque assina em nome de Foot-ball Club do Porto se os documentos anteriores referem claramente jogo entre team de Lisboa e Porto. Abraço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Benfiquista André

      Não me parece que a carta tenha sido inventada. Ele fazia parte da elite portuense tal como os Pinto Basto da lisbonense. Ele queria jogar. O tempo foi passando e não existindo FC porto e o Club Lisbonense em desagregação optou-se por uma selecção dos melhores de vários clubes de Lisboa frente a uma selecção, praticamente apenas ingleses, dos clubes do Porto.

      No século XIX os clubes em Portugal não eram instituições de associados. Eram grupos de amigos que se juntavam para jogar à bola.

      Abraço Glorioso

      Alberto Miguéns

      Eliminar
    2. Com a devida vénia e agradecendo a eventual correcção do Dr. Alberto Miguéns, sou a dizer que naquela época a palavra "club" era usada logo para um ajuntamento desportivo qualquer, como um grupo de amigos que se junta ao domingo e formam logo um "club". Mesmo que assim o chamasse, a equipa era um misto de jogadores de dois clubes do Porto: o Velo Club e o Oporto Criquet Club.

      Eliminar
  5. Brilhante Texto e excelente comentários. Para mim (sócio 6598) este é o melhor ex. do eterno complexo de inferioridade que o velho corrupto Impune sofre e exibe em relação ao Glorioso BENFICA. inventar uma data de fundação anterior à dos clubes de Lisboa, e de forma desonesta arrebatar mais um "título" de campeão das Fundações; pobre clube refém de tal figura, que criou uma cultura de ódio contra o SLB há mais de 40 anos, conseguindo contagiar grande parte dos adeptos desse clube provinciano, dirigentes e inclusivé atletas. E tudo isto claro, com a triste conivência e vassalagem prestada pela nossa pobre, dependente e fraca comunicação social.
    Um Grande Bem-Haja ao Srº Alberto Miguéns!

    ResponderEliminar
  6. Caro Sr. Alberto Miguéns...Mais uma vez Parabéns por este seu artigo...Como um mero investigador de História Local tenho de frisar o que o Sr. afirma no seu texto que são: "vários cobardolas (de jornalistas a historiadores e comentadores) que aceitam mentir para garantir alguma visibilidade e umas ma$$as". Tenham VERGONHA!!!!!. Como investigadores tem a obrigação de esclarecer e informar as pessoas (que tem a curiosidade de saber a verdade histórica) de uma forma VERDADEIRA os factos ocorridos....Um Bem Haja para si e um UM ABRAÇO GLORIOSO.

    ResponderEliminar
  7. Caro Miguel, a ver se fica mais bem disposto com estas novas fotos disponibilizadas no site da Torre do Tombo, apenas as registadas desde 1.1.2020 até hoje: https://digitarq.arquivos.pt/results?r=True&p0=UnitTitle&o0=1&v0=benfica&s=CompleteUnitId&sd=False&dci=2020-01-01&dcf=2021-08-16 Para datas anteriores, é só alterar a data no endereço.
    Saudações do Norte
    Miguel Correia

    ResponderEliminar
  8. Um texto absolutamente claro e completo a expor uma trapaça. Nada mais eficaz do que usar documentação do tempo em que não interessava a ninguém aldrabar mas antes respeitar e honrar as origens. Nada melhor que ler um depoimento de quem viveu os tempos da verdadeira fundação do FCP ou seja António Martins.0

    O FC Porto dos últimos 40 anos é o expoente de tudo o que é falso e sujo no desporto português. Um Clube com gente que declara que a coletividade nasceu duas vezes sem saber ao certo quando foi a "primeira" e conspurcando a memória e obra de José Monteiro da Costa, o seu verdadeiro fundador. Nada de novo para quem já perdeu a vergonha há várias décadas e continua a deitar lodo para o desporto em Portugal.

    Quanto à comunicação social portuguesa dedicada ao desporto e em particular ao futebol, o mínimo que se pode dizer é que é uma pocilga de interesses.

    ResponderEliminar
  9. Boa tarde.
    Sendo assinante da revista História já reclamei telefonicamente contra este artigo. Propaganda é diferente de História!
    Indicaram-me o envio da minha reclamação por email (apoiocliente@trustinnews.pt) ou pelo formulário de contacto (https://loja.trustinnews.pt/contactos/).

    Em teoria existe um editor responsável - e uma redacção que valida os artigos - a quem se pode chamar a atenção.

    Saudações,

    ResponderEliminar