16 maio 2020

Oficial ou Não

TANTO JOGO JOGADO, TANTO DINHEIRO DESPERDIÇADO, TANTO ESFORÇO INÚTIL, TANTA VITÓRIA DEITADA PARA O CAIXOTE DO LIXO DA HISTÓRIA.

Não conta para a História do «Glorioso» conta para a história do «Boca» (clicar)
O Benfica anda a «correr-mundo», desde 1912, numa viagem à Corunha (Galiza) mas é tempo inglório que nada tem contribuído para a grandeza do «Glorioso».

Burrice
Só interessam os chamados “jogos oficiais”. Muito jogo se fez que não consta do currículo do Clube, nem dos futebolistas, treinadores e presidentes, desde que se começou a fulanizar o Futebol. Houve até meia-dúzia de dias em que, estranhamente, presidentes “obrigaram” futebolistas e treinadores a não averbar jogos, vitórias e golos preterindo os chamados “jogos oficiais” (enviando a equipa de Reserva) em detrimento dos chamados “jogos não oficiais, particulares ou amigáveis” enviando a equipa de Honra.

1. Não existe isso
Não há jogos oficiais e não oficiais. Há jogos de futebol, se tiverem um árbitro que faça cumprir as 17 Leis do Jogo num recinto com as medidas permitidas pela Lei n.º 1. As competições é que são oficiais e não oficiais. E a sua importância é variável conforme o desenrolar das mesmas, e interesse nelas dos intervenientes e dos espectadores.

Uma das melhores publicações mundiais, nos Anos 60, a dar destaque a jogos que não valem.



2. Quando foi o primeiro
Se só contam os “chamados jogos oficiais” quando é que o «Glorioso» realizou o primeiro jogo? Em 19 de Novembro de 1910 no primeiro jogo, com a participação do SLB, num encontro organizado pela A.F.L. (Associação de Futebol de Lisboa)? Então o que “andou” o Clube a fazer desde a sua fundação em 28 de Fevereiro de 1904? Ou o primeiro jogo foi em 3 de Abril de 1927 no primeiro jogo organizado pela U.P.F. (União Portuguesa de Futebol) legalmente, depois de 3 de Dezembro de 1938, F.P.F. (Federação Portuguesa de Futebol)? Ou só foi em 8 de Janeiro de 1939, na primeira jornada do primeiro «Campeonato Nacional da I Divisão» que substituiu o Campeonato da I Liga? E o primeiro jogo internacional? Foi só, em 19 de Setembro de 1957, organizado pela U.E.F.A. (União Europeia de Futebol Association)? O que andou o Benfica a fazer? O jogo da infelicidade com o Torino FC (3 de Maio de 1949) não conta?

3. Viram foi um filme ou sonharam
Já falei, telefonei e “emelefalei” com inúmeros adeptos que viram ou ouviram os pais contar proezas de Eusébio e do Benfica nos «quatro cantos do Mundo» muitas vezes a pedirem informações acerca dos jogos dos clubes dos quais são adeptos com o Benfica! Tenho dado informações, mas vou deixar de o fazer! Respondo-lhes. Não pode ser. O Benfica nunca jogou com esse clube. O que viu ou ouviu deve ter sido num sonho ou já viu tantas vezes imagens, até à exaustão, do Benfica e de Eusébio que julga ter visto o que nunca se passou! Ou ouviu de alguém cheio de «dejá vús»!



Até parece que os futebolistas do Santos FC, no «La Bombonera», ao marcar ao Benfica até ganharam o «Campeonato Mundial de Clubes». E foi quase. O Benfica acumulara cinco finais da «Taça dos Clubes Campeões Europeus» em oito temporadas


4. Luisão
Ando intrigado com o facto de Luisão ter sido suspenso em 2012/13 durante doze jogos, entre Liga dos Campeões, Campeonato Nacional e Taça de Portugal, por razões que não vislumbro nas três primeiras jornadas do campeonato nacional. E tal como ele outros futebolistas suspensos um ou dois jogos, até a «Saudosa Catedral» interditada por jogos que afinal não valeram!



5. Qual Bombonera
Não! O Benfica nunca jogou em Buenos Aires, no Vila Belmiro (Santos FC, Brasil), no México (Azteca), Nova Iorque (Giants), África, Ásia, desde o Próximo ao Extremo oriente passando pelo Médio. Na Indonésia e na Austrália. Fora da Europa, jogou uma vez no Rio de Janeiro, duas vezes em Montevideu e outra vez em Esmirna (Turquia). Além dos jogos na Istambul asiática com o Fenerbahçe SK. Os jogos em estádios míticos, como o “Bombonera”, por exemplo, são ilusões. Não contam. Importante, verdadeiro, é o jogo em Cinfães, a 19 de Outubro de 2013, honra ao CD Cinfães, no Municipal Cerveira Pinto! No “La Bombonera” não valeu.

6. Importante, importante é a Supertaça
O que é que interessam os torneios Ramón Carranza ou Teresa Herrera, EusébioCup, Pequena Taça do Mundo em Caracas ou Pentagonal de Buenos Aires? Não contam! Importante e o que deve ser valorizado – no Clube, palmarés dos futebolistas, treinadores e presidentes – é a Supertaça, como a de 10 de Agosto de 2014, no estádio municipal de Aveiro, honra ao Rio Ave FC.



7. Jogo em 9 de Maio de 1965
E como explicar algo inacreditável ocorrido em 8 de Maio de 1965. O Benfica impediu os futebolistas mais consagrados de acrescentarem mais um jogo para o campeonato nacional e aos que marcassem tentos, que acumulassem mais uns quantos golos, para ir fazer um jogo que não vale a Amesterdão (clicar para «Diário de Lisboa», em 9 de Maio de 1965)(clicar para «Diário de Lisboa», em 10 de Maio de 1965) jogando a equipa de Reserva o encontro em Guimarães para o campeonato nacional (clicar para «Diário de Lisboa», em 8 de Maio de 1965) (clicar para «Diário de Lisboa», em 9 de Maio de 1965). Isto não se faz. Mas mais grave. O Benfica, desde 1 de Janeiro de 1905 já fez disto mais vezes. Até em 1962 enquanto os Bicampeões Europeus andavam a fazer pelo Mediterrâneo Oriental jogos que não valem, a Reserva foi fazendo os jogos para a Taça de Portugal… “tirando jogos e golos aos mais consagrados” que andavam a “passear”.



Como a crónica do «Diário de Lisboa», para o jogo que não valeu em Amesterdão, é fracota quando for possível será colocada aqui uma digitalização minimamente aceitável. O Benfica jogou com:
Costa Pereira;
Cavém, Germano, Raul e Cruz;
Péridis (45'/ Jorge Calado) e Coluna (capitão);
José Augusto (1 golo), José Torres, Eusébio e Simões.

8. Deitar fora o Museu
Do que está no Museu, referente ao Futebol, uns 60 por cento são troféus que não contam, pois constam do espólio mas não constam do currículo dos futebolistas, treinadores e presidentes que os conquistaram.

Parece brincadeira de Carnaval, mas… não há Carnaval em Maio! Ou há?

Alberto Miguéns


NOTA: Nunca vi o Benfica a comemorar proezas – resultados volumosos, idas a finais perdidas ou sequências de títulos, com Tris. Só quando se ganhava, mas não era por ser um Tri era por ser mais um campeonato. E ficava por aí. Pelo jogo que dava a conquista. Nunca mais se falava nisso. Em 1987 o Benfica não comemorou o 10.º aniversário do quarto Tri (12 títulos) em 15 épocas. Nem em 1997, o 20.º aniversário. E assim sucessivamente. E ainda bem. Comemorar proezas - resultados volumosos, idas a finais perdidas ou sequências de títulos – alguns anos depois delas ocorrerem é mentalidade de clube pequeno. Que não conquista ou conquista pouco para a potencialidade que tem em conquistar mais!

5 comentários:

  1. Vale tudo em nome da lavagem cerebral e da cantilena

    Nascemos em 2001 e não em 1904, e o pior é que nas redes sociais é só gente a falar do que não sabe, utilizando como argumento a desinformação da propaganda vermelha, ao nível da mesma que era efectuada pela mãe Rússia, já batemos no fundo em muita coisa, mas todos os dias inventam coisas para nos continuar a surpreender pela negativa, mas tem muita gente que não gosta adora, acho que daqui a uns anitos a estátua do King vai ser substituída pela do rei sol, o homem de confiança do Pintinho, fanatico da lagartada por causa do Yazalde e onde fica o Benfica naquele coração? se calhar não fica, já não digo nada

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  2. Caro AMiguens

    Esses jogos de suspensão do Luisão penso terem a ver com o celebre empurrão a um arbitro num jogo de pré-época, na Alemanha, salvo erro com o E.Frankfurt.
    Ele foi suspenso pela UEFA por 2 ou 3 meses.

    Viva o Benfica

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    1. O Alberto Miguéns sabe, de certeza... Estava era a ser irónico pelo facto de o Luisão ter sido punido pelo que aconteceu num jogo "que não existiu" e pelo facto de esses jogos não contarem para os palmarès dos atletas e dos clubes, mas já servirem para atribuir castigos...

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  3. "Nunca vi o Benfica a comemorar proezas – resultados volumosos, idas a finais perdidas ou sequências de títulos, com Tris. Só quando se ganhava, mas não era por ser um Tri era por ser mais um campeonato. E ficava por aí. Pelo jogo que dava a conquista. Nunca mais se falava nisso. Em 1987 o Benfica não comemorou o 10.º aniversário do quarto Tri (12 títulos) em 15 épocas. Nem em 1997, o 20.º aniversário. E assim sucessivamente. E ainda bem. Comemorar proezas - resultados volumosos, idas a finais perdidas ou sequências de títulos – alguns anos depois delas ocorrerem é mentalidade de clube pequeno. Que não conquista ou conquista pouco para a potencialidade que tem em conquistar mais!"


    Isto.

    Infelizmente muitos sócios permitem que continuemos a ter este Benfica.

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