QUEREMOS QUE ELA PROTEJA QUEM É INOCENTE E PRENDA QUEM É CRIMINOSO.
A resposta que circula pela internet é uma falácia.
Exmo. Senhor
Recebemos o vosso mail que nos mereceu a melhor atenção.
V. Exª tem toda a razão quando vem contestar a concessão do louvor, nos termos em que a comunicação social difundiu a “notícia”, mas os factos são diferentes, muito diferentes e passo a informar:
A data do despacho da concessão de louvor é de 23 de Abril de 2015;
Entretanto, por questões burocráticas, no espaço temporal que mediou a data do despacho e os acontecimentos em Guimarães, 17 de Maio, o despacho não foi publicado;
Deram-se então os acontecimentos e por uma razão de respeito e consideração pelas vitimas e pelo público, não foi publicado até esta data. Sublinho, não foi publicado porque o louvor estava já concedido.
O louvor concedido é irrevogável nos termos da lei;
Deixe-me informar que este mesmo louvor foi tido em conta no cálculo da medida da pena aplicada ao Subcomissário Filipe Silva, objecto de processo disciplinar instaurado pela IGAI;
Passado este tempo, e pensando eu que as feridas estavam já cicatrizadas, no cumprimento de um dever legal, mandei publicar. Não concedi, mandei publicar. Estava enganado porque a CMTV encarregou-se de reavivar as feridas, relatando factos à sua maneira e de forma inverídica.
Caso pretenda o Comando pode disponibilizar os termos do louvor e verá que aquilo que lhe contaram, não está correcto, muito longe disso.
Até aquele fatídico dia, era um excelente oficial e merecedor de louvor.
Para além de outros relevantes serviços prestados, designadamente no combate à criminalidade violenta e que constam do louvor e nada foi dito, realço o incidente no jogo entre o Vitória de Guimarães e o SCP, em que dois adeptos do SCP foram barbaramente atacados e golpeados com arma branca, ficando um deles vários dias em estado de coma e às “portas da morte”. Foi graças à acção meritória desse oficial que se conseguiu identificar os agressores e levá-los à justiça.
Certo que melhor compreenderá os acontecimentos e sempre ao dispor
Com os melhores cumprimentos,
Manuel Gomes do Vale - Superintendente Comando Distrital de Braga
Com a curiosidade do louvor ser proposto (23 de Abril de 2015) precisamente uma semana depois do senhor Filipe Silva ter sido alvo de uma queixa (clicar)
Todos nós sabemos que não é fácil policiar adeptos num jogo de futebol porque há de tudo e misturado - desde cidadãos pacatos em ambiente familiar a delinquentes, mas os responsáveis da PSP sabem disso e vivem num estado de Direito. Têm código deontológico próprio (como eu tenho na minha profissão) e não estão acima da Lei. Tal como qualquer profissional que desrespeitar as normas da sua profissão.
Nas imagens não se vê que o adepto constitua qualquer ameaça. Não tem nenhum objecto contundente que possa colocar em perigo qualquer agente da polícia.
Mesmo que injuriasse - e não há nada que mostre que o fez - devia ser preso. Nunca agredido, nem com o bastão de borracha quanto mais com o de aço que pode provocar lesões crónicas.
Um bom artigo acerca disso (clicar).
A PSP prestou nesse dia um mau serviço (por um mau profissional ao seu serviço) e presta agora, também, um mau exemplo.
Que a Ministra saiba ser digna de um Pais Democrático e puna devidamente quem não tem categoria para representar uma instituição que é um pilar da organização de qualquer Estado Democrático.
Que a Imprensa/Media portuguesa seja outro pilar e não vá em conversa fiada. E não deixe cair o caso no esquecimento.
Chega de desresponsabilização!
Não se fez o 25 de Abril para termos medo da PSP (isso era a 24). Fez-se o 25 de Abril para Portugal ser um País Normal! Deixar de ser um Estado policial onde todos tinham medo da bufaria. Ou seja de todos pois não sabiam quem era e não era informador da PIDE.
Os bufos voltaram em força até em Instituições que não os tinham. Porque os intriguistas, delatores e provocadores estão a perceber que é o que estar a dar para sacarem mais umas ma$$as. Era assim até 25 de Abril de 1974. Subiam sempre mais uns degraus na hierarquia (bem vistos pelos seus superiores) e recheavam mais a carteira ao final de cada mês!
Fez-se o 25 de Abril para quem se comporta dignamente ser respeitado para a polícia. Em vez de fugir dela, correr para ela!
Alberto Miguéns
NOTA1: Em dia de jogo fiz este texto porque jamais deixarei de me indignar quando vem alguém tentar meter-me os dedos nos olhos! Quem cala consente!
NOTA2: Nem quero que o romance "Laranja Mecânica" de Anthony Burgess adaptado ao cinema por Stanley Kubrick seja realidade em Portugal. Afinal os melhores agentes policiais são recrutados entre os delinquentes. Foi deste livro e filme que me lembrei quando presenciei as imagens nesse dia de alegria (dentro do estádio) e tristeza (fora dele).
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