19 janeiro 2017

Acabar com o Fora-de-Jogo? Há Malucos Para Tudo!

O FORA-DE-JOGO É A ESSÊNCIA DO FUTEBOL: DRIBLE, TRIANGULAÇÕES, FINTAS, DESMARCAÇÕES ILUDINDO AS DEFENSIVAS CONTRÁRIAS, BELEZA, "A VIDA NUM JOGO", ARTE!



Acabar com o fora-de-jogo era mudar radicalmente o que é o Futebol. Seria uma espécie de Futebol Americano jogado com os pés. Nem o Râguebi acabou com o fora-de-jogo. Aliás este ainda tem o fora-de-jogo original do Futebol, em 1863, todos os jogadores de uma equipa têm de estar atrás da linha da bola!

O Jogador Mais Importante seria o Batedor
Conseguir um "futebolista" com pontapé potente que colocasse a bola com alguma precisão a 80 metros! Os restantes jogadores aglomeravam-se junto da baliza contrária ao batedor que tinha a bola. Todos os outros nove jogadores de campo? No início talvez não mas com os ajustes acabaria por ser assim.

O Melhor Plantel?
Findamental ter dois ou três batedores. O resto velocistas. Eu no Benfica queria o Bolt a avançado-centro! E um plantel de jamaicanos! Presidente? Compre estes!



Um campo de futebol de onze (100 por 80=8000m2) em relação a um de futsal (40 por 20=800 m2) tem...
Uma área dez vezes maior com apenas o dobro (quase) dos jogadores de campo (10 para 4). Num campo de Futebol "cabem" dez campos de Futsal. Neste é o fora-de-jogo que não tem lógica pois o espaço é diminuto. É não ter a noção. E vinda de um avançado do futebol! Van Basten! Deve ter um problema freudiano com o fora-de-jogo. Alguns golos anulados. Não te cures não!




Há malucos para tudo!


Alberto Miguéns

NOTA1: Há outras medidas que podem ter lógica. A principal é completamente ilógica. Já foram feitas experiências. Quando há um treinador radical que percebe a vantagem de ter os seus jogadores sem limitação de distribuição em campo ganha sempre a um que ponha os seus a trocar a bola.

Retirado de www.record.pt

NOTA2: Depois há as subjectivas. Que dependem do gosto de cada um.

1. Os americanos (EUA) decidiram no tempo do Soccer que os jogos não podiam acabar empatados. A mentalidade desportiva nos EUA é de KO. Qual empate. Ou vai ou racha. Um jogo empatado valia dois pontos para a equipa que vencia nesse sistema e a que perdia nesse desempate valia um ponto. A equipa somava três pontos por vitória no tempo regulamentar. Era ainda no tempo em que a vitória valia dois pontos no "Resto do Mundo". Para nos irmos habituando (vejam com pipocas) ou o Van Basten deve ser amigo do BETOteiro:




2. Loucura total;

3. Tinham de criar uma "mesa" como nos pavilhões. Nos distritais e inatéis por esse mundo fora os tipos que conseguissem um "tacho" para estar nessa mesa, em alguns jogos, eram mais que os espectadores;

4. Boa ideia mas tinha de se perceber que tipo de faltas. Porque os jogadores tapados (quatro) mudavam de lugar ou eram substituídos. Só falta Van Basten propor como nas modalidades: sai e entra quando um homem (treinador) quiser o número de vezes que ele quiser;

5. Excelente! Mas a cumprir rigorosamente! "Sem filhos e enteados". A acontecer "subjectividades" deviam ser os árbitros punidos com 5 a 10 minutos fora do campo de castigo substituído pelo 4.º árbitro;

6. Existindo a tal "mesa" está bem. Mas todos os campos teriam de ter marcadores electrónicos ligados à "mesa" para nós - espectadores pagantes desta tralha toda - sabermos. Como nos pavilhões;

7. Excelente! Mas muitos treinadores iriam aproveitar os lançamentos laterais a seu favor, retardando-os e fazendo a substituição! Irritaria o árbitro e marcaria falta! Com tanta suspensão temporária ainda passava de onze a futebol de sete!

16 comentários:

  1. Caro Alberto,

    Cada uma destas "ideias" (ponho entre aspas porque para mim mais não são do que tiros de caçadeira num desporto espectacular) visam, apenas e só, tornar o futebol mais apelativo ao consumidor americano. É americanizar um desporto que nunca precisou da aceitação da americanalhada para ser o desporto rei no mundo inteiro. E tudo por causa do... dinheiro das transmissões televisivas.

    Isto não é alterar o futebol, isto é criar um desporto totalmente novo. Futebol não é isto que essa canalhada quer fazer.

    Desculpe o desabafo.

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  3. A única maneira de acabar com os protestos e erros relativamente aos foras de jogo é acabar com eles. Já o defendo há muito.

    RC

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  4. Eu que sou um progressista em quase tudo na vida sempre vi com maus olhos a "modernização" dos desportos, especialmente quando como o leitor acima refere, não tem como fim modernizar o desporto mas sim apelar a mais audiências, mais dinheiro.
    os americanos sempre tiveram um problema com o futebol por ser um desporto com pouca pontuação e que até pode acabar a 0-0, para mim um passe de rotura do rui Costa tem mais beleza que muitos golos, a maneira como o Aimar trata a bola...
    No voleibol a certa altura começou a ser permitido jogar com os pés, no judo não se pode agarrar as calças... não gosto.

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  5. Caro RC

    A única maneira de acabar com os acidentes de automóvel é proibir a existência de automóveis.

    Façam um jogo sem foras de jogo e deixem-me treinar uma das equipas. Só preciso de nesse jogo ter na minha equipa o Ederson, o Bruno César e ver nas fichas dos LAB's dos clubes quais os nove futebolistas mais velozes do campeonato português.

    Alberto Miguéns

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    1. Sr Alberto, não havendo foras de jogo as linhas da defesa não subiam, aliás, deixava de fazer sentido a linha defensiva, o campo ficaria muito maior, jogadores velozes deixariam também de fazer sentido, passo a redundancia, pois os defesas estariam sempre mais perto da baliza, aumentaria era o espaço entre os avançados e os defesas, e o futebol tornava-se num futebol de salão ao ar livre onde os jogadores do meio campo para a frente rebentavam em 25min.

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    2. Caro Paulo Duarte

      Só vendo. Mas sem a Lei do FJ é como no Futebol Americano. Marcações individuais e depois quem é mais veloz bate o marcador em velocidade e chega primeiro à bola. Acho eu!

      Ou tudo ao molhe em cima das balizas.

      Eu até penso que é um bom pretexto para convidarem dois treinadores conceituados para escolherem um onze e fazerem um jogo sem foras-de-jogo. Eu que só vejo SLB na televisão não ia perder esse jogo de "futebol"!

      Saudações TRIgloriosas

      Alberto Miguéns

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    3. Eu aceito o seu desafio. Jogo com 3 pinheiros e 7 centrais.

      Se não quisermos ser tão radicais com o fim do fora-de-jogo, pode-se ter milhares de ideias, mas o fora-de-jogo é uma regra que prejudica o jogo, e que põe tanto quem ataca como quem defende nas mãos de um erro do fiscal de linha, que de certeza vai acontecer durante o jogo.

      Ao contrário do seu argumento dos automóveis, é possível um indivíduo conduzir a vida toda e nunca ter um acidente. É impossível um fiscal de linha não errar durante um jogo.

      Uma solução com linhas intermédias em cada um dos meios campos, e só poder haver fora de jogo se o passe atravessar duas linhas até chegar ao jogador adiantado. Isso impedia de jogar em chutão para a molhada, mas permitia que dois jogadores a um metro da linha de golo pudessem passar a bola entre si.

      Não sei que solução haverá, mas como está não vai ficar eternamente. Em 1925 passou de 3 jogadores adversários mais perto da linha de golo para 2. Em 1990 o penúltimo passou a poder estar em linha. Mais tarde ou mais cedo vai diminuir outra vez.

      ROC

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    4. Caro ROC

      Eu só joguei futebol de onze de brincadeira. No Liceu Gil Vicente (Graça, Lisboa) havia dois campos. Um no pátio interior entre as duas alas do Liceu, em alcatrão, onde se jogava Andebol e Futebol de Cinco. E outro maior - até lhe chamávamos o Maracanã - para lá do ginásio, junto aos viveiros de plantas que era o dobro - talvez até um pouco mais - do primeiro. Mesmo jogando Futebol de Sete, como não havia árbitros, só se conseguia jogar fazendo um acordo no início do jogo em que não podia haver "mamão". Ou seja, um espertalhão que quando percebia que não havia perigo para a sua baliza corria para o meio-campo contrário para se isolar e receber a bola. Nesse Maracanã como as balizas eram o dobro das do outro campo, com mamões a jogar era resultado à Andebol. Nem tinha piada!

      Como lhe disse, para jogar num campo que seria o dobro do de Futsal com sete de cada lado só acordando que se houvesse um "mamão" a receber a bola era livre contra a equipa dele é que o jogo tinha graça! E que se conseguia jogar mesmo assim futebol! Ou próximo disso para miúdos de 14/15 anos! Nos anos 70!

      Saudações

      Alberto Miguéns

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  6. Acabei de ver um pedaço do video acima, quase regurgitei o almoço.

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  7. Sinceramente achei divertido estas ideias do Van Basten com este frio uma pessoa tem que se distrair com qualquer coisa.
    Van Basten procura não só mudar o futebol como criar uma nova modalidade desportiva,um senhor que foi um grande jogador mas como pensador depois arrumar as botas farta-se de dar cabeçadas na mesinha de cabeceira.


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  8. É ASSIM, ATÉ PODEM FAZER UM JOGO COM ISTO TUDO MAS...POR FAVOR NÃO LHE CHAMEM FUTEBOL.

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  9. Querem americanizar o jogo. Ainda me lembro de quererem aumentar o tamanho nas balizas no Mundial 94 porque "havia poucos golos".

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  10. Partindo a ideia de um ponta de lança como foi Van Basten é que ainda acho mais absurdo. A ideia das substituições serem efectuadas sem se parar o jogo acho boa e até já a defendi. Se está lá o 4º árbitro, porque raio temos de parar o jogo?! Agora acabar com o fora de jogo, mudar as grandes penalidades, a ideia das 5 faltas então... impossível de implementar. Já o cronometrar os últimos 10/15 minutos de jogo, acho que era mais pedagógico penalizar os árbitros que não compensassem bem os jogos. Ao fim de uns tempos, deixavamos de ter anti jogo.

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  11. Van Basten faz com que aquela, quero crer, velha ideia que jogador da bola pensa com os pés, afinal não esteja assim tão distante.
    Preocupante mesmo é o tipo estar no cargo que está. Isso é que é.

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  12. A do fora-de-jogo é ridícula, tornava o futebol outro jogo. Mas a da paragem de tempo nos últimos 10 minutos ainda é mais cómica. Como se fariam os descontos do tempo anterior? Chegava aos 35m e havia descontos, depois jogavam-se mais 10??

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