NA RESSACA DE ANTEONTEM VOU DESVIAR O ASSUNTO BENFICA. OS JOGOS OLÍMPICOS A CADA QUATRO ANOS SÃO UM GRANDE ESPECTÁCULO. EMBORA…
Com a realização de campeonatos europeus e – principalmente -
Mundiais para todas as modalidades que estão representadas em cada Jogos
Olímpicos já não tenha a componente desportiva de exclusividade como teve no
início e durante algumas décadas.
Espectáculo lucrativo
É no entanto uma grande manifestação mediática pois reúne todas
as modalidades numa espécie de campeonatos mundiais em simultâneo. Com recursos
televisivos de transmissão e época do ano – Verão no mundo ocidental (dos EUA
ao Japão passando pela Europa) – que dão brilho aquilo que já foi apenas uma
manifestação desportiva. Até se fazem estimativas de “medalhas por países”
(clicar). Como se os Jogos Olímpicos não fossem o evento onde o ser humano
mostra a sua capacidade em ser mais rápido, mais forte e ir mais longe!
Medalheiro
O que não me interessa para nada é a contabilização das
medalhas para comparar países. A atribuição de mais medalhas a uns países que a
outros não deixa de mostrar a importância que cada país dá à formação
desportiva. O modo como se aproveita os antigos – mas não muito antigos senão
são desconhecidos – campeões olímpicos e mundiais para promover (e interessar)
os jovens nas Escolas a interessarem e serem sensibilizados, tomando-os como
exemplos. E porque não, querendo imitá-los “quando forem grandes”! O medalheiro
global ainda é mais absurdo por muitas vezes comparar o que não pode ser comparado (clicar).
Mas pára aí
Depois tudo o resto é folclore que durante a Guerra Fria (entre
o final da Segunda Guerra Mundial e a Queda do Muro de Berlim) ainda fazia sentido
político, colocando em confronto o Mundo Capitalista (EUA e seus aliados)
frente ao Mundo Comunista (URSS e respectivos aliados). Para fazer propaganda
ideológica de qual “Mundo” era superior e melhor! E que levou a tantos excessos
que há recordes no atletismo feito pelas mulheres que provavelmente nunca serão
melhorados. Basta comparar essas marcas com o que se passou no Rio de Janeiro. Os dos lançamentos serão quase impossíveis de superar. O recorde mundial no disco é inacreditável e o do dardo só não é porque
entretanto o engenho foi alterado.
As modalidades pouco olímpicas
As federações procuram, algumas desesperadamente, colocar as
modalidades nos jogos para lhes dar visibilidade. Ainda vamos ver algumas sem
expressão terem lugar nos Jogos Olímpicos só para ver se passam a ter. Até quem
sabe o “Queijo a rolar por uma colina” (clicar).
O que eu gostava mesmo
Era de ver um confronto mediatizado durante uma semana ou até
mais com os dirigentes de cada país a explicarem porque é que os seus países
são os que oferecem as melhores condições de vida aos seus habitantes ou as
piores, através do desenvolvimento de cada um deles. Para perceber que se pode
medir o desenvolvimento actual e os avanços (e recuos) de um ano para outro
(clicar).
De quatro em quatro anos intervalados com os Jogos Olímpicos Desportivos
Os Jogos Olímpicos Reais. E os dirigentes teriam uma
Olimpíada para fazer as correcções necessárias para não gaguejarem, nem serem desastrados,
num confronto directo entre os que conseguiram melhorar mais e os que
conseguiram piorar mais, a explicarem porque o fizeram! Isso sim era de valor!
Venham de lá os próximos: Lisboa' 2018 (Jogos da Verdade) e Tóquio’ 2020 (Jogos Olímpicos).
Alberto Miguéns
Pode ser apenas coincidência, mas com exceção dos recordes de Florence Griffith-Joyner todos os outros são do chamado bloco do leste, onde sabe-se, hoje, que o dopping estava generalizado. Também coincidência ou não, a extraterreste Florence Griffith-Joyner acabou por morrer aos 38 anos de idade. Se hoje se pegassemos num frasquinho de urina destas atletas e o analisássemos com a tecnologia atual muita coisa se iria descobrir.
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