26 fevereiro 2014

Glória Eterna Coluna (7)

OPINIÃO

A vinte dias de completar 24 anos eis Coluna - entre Francisco Palmeiro e José Águas - "acabadinho" de conquistar mais uma Taça de Portugal, a terceira desde que envergava o "Manto Sagrado"

Mário Coluna com 23 anos, comemorados em 6 de Agosto de 1958 era considerado o melhor futebolista português do seu tempo, a par de José Águas, depois do sportinguista Travassos ter abandonado o futebol.

Outro campeonato inconsequente
E não é que o Benfica voltou a não conquistar o título de campeão nacional em 1958/59 depois de o ter perdido também na temporada anterior, em 1957/58. Um campeonato marcado pelas diatribes do campeão FC Porto, principalmente na segunda volta, com goleadas estranhas, golos validados duvidosos e golos contra invalidados sem critério, a não ser proteger o FC Porto. Tudo a culminar na última jornada em que o Benfica venceu por 7-1, no tal jogo de Calabote, mas foi o FC Porto em Torres Vedras, com dois torreenses expulsos a conquistar o título, em igualdade pontual com o "Glorioso" mas mais um golo na relação entre marcados e sofridos. Por um golo se tirou um título ao Benfica e menos um para o palmarés de Coluna. NO Benfica, o interior-direito (camisola 8) foi o quatro futebolista mais utilizado (2250 minutos em 25 jogos com oito golos marcados. Dois anos de seca! Nunca mais Coluna ficaria duas temporadas consecutivas sem consagrar o "Glorioso" com o triunfo no campeonato nacional.

A Taça de Portugal foi conquistada aos 13 segundos
Coluna foi um dos sete totalistas na Taça de Portugal com cinco golos em nove jogos (810 minutos). A par de Cavém foi o melhor marcador, com José Águas a não fazer mais que três tentos nos nove jogos. Na final Coluna não foi só um dos onze magníficos. Foi protagonista no golo decisivo mais madrugador numa final da Taça de Portugal. Frente ao campeão nacional o pontapé de saída pertenceu ao Benfica. O nosso avançado-centro José Águas endossou o esférico a Coluna (interior-direito), que galgou terreno em vertiginosa corrida até à grande-área portista, onde desferiu um remate rasteiro que embateu no poste direito da baliza de Acúrsio. Cavém antecipa-se ao defesa-direito Virgílio e aproveita o ressalto para rematar por alto fazendo o golo aos... treze segundos.

Um troféu a abrir
Após o falecimento do Mestre Cândido de Oliveira, em 23 de Junho de 1958, em Estocolmo quando, enquanto jornalista de "A Bola", fazia a cobertura do Campeonato do Mundo de Selecções, realizou-se um "Dérbi de Lisboa" a duas mãos, primeiro no campo do adversário e depois na Saudosa Luz, com D 0-2 e V 1-0. Lá se foi o troféu!

E uns jogos particulares a encerrar
O Benfica aproveitou a campanha na Taça de Portugal para realizar vários encontros, entre eles uma recepção ao sempre gigante brasileiro, SC Corinthians, num empate a um golo, com Coluna a jogar como... extremo-esquerdo (camisola 11).

1958/59
Competições
Jogos
Golos
Adversários
Golos
TOTAIS
45
13


Campeonato Nacional
25
8


Taça de Portugal
9
5


Taça "Cândido de Oliveira"
2
-


Particulares internacionais
3
-


Particulares nacionais
6
-


NOTA: A vermelho troféus (e/ou) títulos conquistados

Alberto Miguéns

NOTA: Em Defesa do Benfica declara luto pelo falecimento de Coluna, com um fumo negro sobre o rosto do EDB. E em homenagem ao Eterno Capitão o EDB evocará de hora a hora durante as próximas 18 horas o percurso desportivo de um futebolista inigualável.

Sem comentários:

Enviar um comentário