Foi grande a expectativa para a
nova temporada do Campeão Europeu, em Portugal e na Europa. E era nos ombros de
Coluna que os adeptos depositavam a esperança. Na Europa cumprimos. Em Portugal
ficou a meio...
Bicampeão Europeu em 1961/62
Foi uma campanha de grande qualidade. Até parece de
propósito. A final, em Amesterdão, foi Olímpica, no Estádio Olímpico, colocando
em confronto na sétima edição da competição os dois únicos campeões europeus.
Melhor! O único pentacampeão (1955/56 a 1959/60) frente ao Campeão Europeu em
título (1960/61) que regressava à segunda final consecutiva, enquanto o Real
Madrid CF tinha fama de quando era finalista era para vencer! Coluna ajudou, e
de que maneira, o "Glorioso" a arrasar o poderoso emblema espanhol. O
jogo foi formidável, um dos melhores de sempre na história gloriosa do Benfica
e do futebol europeu e mundial. Com 2-3 a favor dos madridistas, aos 50
minutos, o Benfica empata a final a três golos. Vinda da extrema-esquerda, a
bola foi para Coluna, que a dominou e, sem delongas, desferiu um remate extraordinário
para o canto raso direito da baliza de Araquistain. Depois do 4-3 aos 58
minutos, aos 68 minutos pontapé livre a favor do Benfica por "mão" de
Santamaria. Coluna encarrega-se de marcar com um toque lateral para Eusébio
desferir um pontapé fulminante para a direita do inconsolável guarda-redes do
Real Madrid CF. E o Benfica, com 5-3, e 22 minutos para jogar era Bicampeão
Europeu. Coluna contribuiu com a participação em 620 minutos dos sete jogos
desta segunda campanha, marcando dois golos. O segundo foi em Amesterdão
enquanto o primeiro foi na goleada caseira, por 6-0, ao campeão alemão, 1.FK
Nuremberga.
O Bicampeão Europeu ficou em... 3.º lugar
em Portugal
No campeonato nacional português o Benfica de Coluna não
passou do 3.º lugar, com 36b pontos, a sete do campeão nacional e a cinco do
2.º lugar. Coluna com 2160 minutos em 24 jogos e seis golos foi o 2.º
futebolista do Benfica com mais tempo de jogo, a par de Costa Pereira, e a dois
jogos (e 180 minutos) do totalista Fernando Cruz.
Conquista da Taça de Portugal
Para fechar uma época dourada o "Glorioso"
conquistou a Taça de Portugal ao vencer por 3-1 na final, o Vitória FC de
Setúbal. Coluna participou em seis jogos totalizando 540 minutos, incluindo a
presença na final jogando como médio-centro.
Digressão ao Ultramar
A época terminou com uma digressão ao Próximo Oriente
(Egipto, Chipre e Turquia) enquanto a equipa de reserva "despachava"
as eliminatórias - a duas mãos - da Taça de Portugal, o treinador Béla Guttmann
abandonava o Clube (na final da Taça de Portugal já foi o adjunto Caiado o técnico
responsável pela orientação da equipa) e para culminar a extraordinária
temporada de 1961/62 uma digressão ao Ultramar com Coluna a jogar na "sua"
Lourenço Marques, em 7 de Julho de 1962, ou seja, a um mês de completar 27
anos. O tempo a passar!
1961/62
Competições
|
Jogos
|
Golos
|
Adversários
|
Golos
|
TOTAIS
|
56
|
13
|
|
|
Taça Clubes Campeões
Europeus
|
7
|
2
|
|
|
Taça Intercontinental
|
3
|
1
|
|
|
Campeonato Nacional
|
24
|
6
|
|
|
Taça de Portugal
|
6
|
-
|
|
|
Taça de Honra de Lisboa
|
2
|
-
|
|
|
Torneio Dia de Angola
|
2
|
-
|
|
|
Particulares internacionais
|
9
|
4
|
|
|
Particulares nacionais
|
3
|
-
|
|
|
NOTA: A vermelho troféus (e/ou) títulos conquistados
Alberto Miguéns
NOTA: Em Defesa do Benfica declara luto pelo
falecimento de Coluna, com um fumo negro sobre o rosto do EDB. E em homenagem
ao Eterno Capitão o EDB evocará de hora a
hora durante as próximas 18 horas o percurso desportivo de um futebolista
inigualável.
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