NOTA INICIAL: Quando pensei fazer este texto imaginei fazer o antes, durante e depois
para cada um dos 18 treinadores, mas dar menos informação acerca dessa
actividade. Entretanto mudei de opinião. Como em Portugal sobeja opinião e
falta informação, por culpa dos media que são muito básicos, decidi
"partir" esta série acerca de "como treinadores medíocres se
sagram campeões no FC Porto". Não sei quantas partes isto vai dar, mas
certamente que menos de cinco não devem ser.
E não serão seguidas porque entretanto quero escrever acerca de assuntos
ligados directamente ao Benfica, que isso sim, além de mais importante dá muito
mais gosto.
OUTRA NOTA: Peço desculpa pelos subtítulos serem a azul mas não vou gastar o precioso,
delicioso e agradável vermelho com assuntos do FCP!
AINDA OUTRA NOTA (às 23:52): A complexidade (necessidade de consultar bibliografia e documentação
para que tudo esteja devidamente fundamentado) não permite a conclusão do
texto. Ficará concluído nas próximas horas. Apenas o texto referente a Pedroto está concluido, tal como os quadros dos outros treinadores. Os textos dos outros serão publicados amanhã.
Estúpidos nos Média! Não é a "Estrutura" é a
"Estrutura estruturada" (vulgo Sistema, para nós mortais)
Que os treinadores do FC Porto
são fracos, até a imprensa (agora admite) mas curiosamente ao admitir
"informa" que ganham por que têm "uma estrutura forte e
ganhadora atrás"! Ou seja, chegámos a uma nova dimensão do futebol, em que
não interessa ter um treinador com qualidade. Basta ter uma estrutura, arranjar
um Zé Ninguém, para passear a braçadeira de treinador e preencher os pré-requisitos
da competição e eis que a equipa a
jogar... ganha porque tem a "Estrutura": atrás, ao lado e à frente.
Poupem-me. "Senhores" dos media. Não é "Estrutura". É o
"Sistema"... estúpidos! Ou então, quais cobardes, os Idiotas Úteis
nos media arranjaram um eufemismo para "Sistema" chamando-lhe
"Estrutura"! E é, afinal um "Sistema" é uma "estrutura
estruturada"!
Uma "coisa" eu sei!
Pinto da Costa (PdC) nunca quis
ter bons treinadores no FCP. Sempre quis ter treinadores que lhe servissem os
propósitos: ou seja fazer o que ele manda e não serem inteligentes, para
perceberem que não são eles os principais obreiros dos triunfos, mas quem joga
por fora. Por isso quer treinadores medíocres em início de carreira que não
percebam que o mérito das conquistas é muito mais de quem joga por fora do que
quem joga por dentro!
Parte I (5 em 18): José Maria Pedroto, Artur Jorge,
Tomislav Ivic, Quinito e Carlos Alberto Silva
Quando PdC (assim evito escrever
um nome sujo) assumiu a presidência do FCP tratou de resgatar Pedroto, pois os
dois tinham sido "expulsos" pelo presidente da Direcção (actual
penultimo na história do FCP) Américo de Sá, do clube portista após findar a
temporada de 1979/80 com o FCP a perder o campeonato nacional para o Sporting
CP e a final da Taça de Portugal (no Jamor) para o Benfica. Nas 13 épocas
iniciais - mais concretamente "doze e meia" PdC contratou cinco
treinadores, com dois deles (Artur Jorge e Ivic) a regressarem para um segundo
período e um (Quinito) que "nem aqueceu" o lugar.
TREINADORES DO FC PORTO
NA ERA (que nunca mais é)
PINTO DA COSTA
Pedroto
Épocas
|
Clube
|
Classificações
Camp.º Nac.
|
Observações
|
1962/63
|
Ass. Ac. Coimbra
|
10.º/14 I D
|
|
1963/64
|
9.º/14 I D
|
||
1964/65
|
Leixões SC
|
9.º/14 I D
|
|
1965/66
|
Varzim SC
|
8.º/14 I D
|
|
1966/67
|
FC Porto
|
3.º/14 I D
|
|
1967/68
|
3.º/14 I D
|
||
1968/69
|
2.º/14 I D
|
||
1969/70
|
Vitória FC Setúbal
|
3.º/14 I D
|
|
1970/71
|
4.º/14 I D
|
||
1971/72
|
2.º/16 I D
|
||
1972/73
|
3.º/16 I D
|
||
1973/74
|
3.º/16 I D
|
||
1974/75
|
Boavista FC
|
4.º/16 I D
|
|
1975/76
|
2.º/16 I D
|
||
1976/77
|
FC Porto
|
3.º/16 I D
|
|
1977/78
|
CN (1 derrota)
|
||
1978/79
|
CN (1 derrota)
|
||
1979/80
|
2.º/16 I D
|
||
1980/81
|
Vitória SC
Guimarães
|
5.º/16 I D
|
|
1981/82
|
4.º/16 I D
|
||
1982/83
|
FC Porto
|
2.º/16 I D
|
|
1983/84
|
2.º/16 I D
|
Pedroto: O maior mito (mentiroso) do futebol português
Ao contrário do que se afirma
Pedroto, enquanto treinador - nos clubes e na selecção portuguesa - foi um
treinador mediano. Como estratego foi grande, mas aí entra a sua veia maldosa,
intriguista e maquiavélica.
Depois de deixar o futebol como
jogador no FC Porto enveredou pela carreira de treinador, primeiro nos juniores
do FCP e da selecção nacional dessa categoria (1961/62), depois por clubes onde
obteve classificações medíocres. Seguiu-se o FCP onde não foi além de três
épocas de frustrações (dois terceiros lugares), mesmo com uma em 1968/69 em que
conseguiu pressionar o Benfica manobrando por fora. Em conluio com os
dirigentes da AD Sanjoanense e da FPF conseguiram anular uma vitória, por 2-0,
do Benfica na 4.ª jornada para obrigar à repetição do jogo entre a... 25.ª e a
26.ª jornada! Mais de sete (sete! repito) meses depois do jogo anulado da 4.ª
jornada, em 29 de Setembro de 1968 ser jogado em 23 de Abril de 1969). Porquê?
Porque o jogo decisivo disputava-se na 25.ª jornada (20 de Abril de 1969), na
recepção ao FC Porto na Luz, pois na 1.ª volta o FCP vencera, por 1-0, o
"Glorioso".
A "malandrice" contra o SLB não resultou... à
justa"
Após a 24.ª jornada, o SLB com
menos um jogo, estava empatado no 1.º lugar com o FCP. Se o FCP vencesse
dificilmente não seria campeão, pois mesmo que o "Glorioso" vencesse
os dois jogos finais, o melhor que conseguiria era ficar empatado com o FCP,
mas este tinha vantagem no confronto directo. O jogo foi muito difícil, porque
o árbitro Manuel Fortunato de Évora permite "tudo e mais alguma
coisa" aos portistas. Só um Benfica de aço consegue "levar e
calar" para manter o 0-0, a igualdade pontual e tentar depois vencer nas
duas jornadas finais: na 4.ª jogada entre a 25.ª e a 26.ª vence, por 1-0, a AD
Sanjoanense onde, em São João da Madeira, se assistiu a "tudo e mais
alguma coisa" e em Tomar, na 26.ª e última jornada, em 27 de Abril de
1969, o "Glorioso" venceu, por 4-0, o União de Futebol Comércio e
Indústria de Tomar. Nesta o FCP também venceu, por 1-0, o CF "Os
Belenenses", no estádio das Antas. Entretanto o presidente do FCP, o
banqueiro fascista Pinto de Magalhães percebeu que Pedroto instrumentalizara um
clube adversário (AD Sanjoanense) para facilitar o seu trabalho, despediu o
treinador Pedroto, após este ter dito no balneário que estava com os jogadores
contra o presidente e no gabinete do presidente que estava com ele contra os
jogadores. Na Luz e na última jornada foi já o seu adjunto António Morais que
orientou o FCP, com a supervisão "por fora" de Pedroto. O presidente
do FCP levou ainda o assunto a uma assembleia geral que proibiu a frequência
das instalações do FCP por Pedroto enquanto funcionário do clube, a menos que
uma outra assembleia geral anulasse a sanção.
Proibido de frequentar as instalações do FC Porto
Pedroto saiu das Antas, ameaçando
vingança, rumando a Setúbal onde, com alguns jornalistas começa a construir o
mito. Em cinco temporadas classifica o Vitória FC sempre acima do 5.º lugar. É
o êxtase entre alguns jornalistas e seus panegíricos dos jornais da época,
ignorando que o clube sadino, treinado por Fernando Vaz, era um dos melhores
emblemas do futebol português da época, com presença regular na Taça das
Cidades com Feiras, duas Taças de Portugal conquistadas em três temporadas (1964/65,
V 3-1 com o Benfica e 1966/67, V 3-2 com a equipa da Associação Académica de
Coimbra) na final mais longa do futebol em Portugal: 143 minutos) e boas
classificações nos campeonatos nacionais antes de Pedroto: 1968/69 (4.º),
1967/68 (5.º), 1966/67 (5.º), 1965/66 (5.º).
A pressão dos media - afastando o anterior seleccionador nacional,
bicampeão europeu e "Magriço" em 1966, José Augusto - levou-o a
seleccionador nacional, em simultâneo com o cargo de treinador em Setúbal,
entre 3 de Abril de 1974 e 22 de Dezembro de 1976, já depois do Boavista FC e
na primeira época de regresso ao FC Porto. Na selecção nacional foi uma
desgraça, com seis derrotas e quatro empates (com quatro insucessos
consecutivos) em 16 jogos, falhando-se os apuramentos o Campeonato da Europa de
1976 (derrota de... 0-5 com a Checoslováquia, por exemplo).
Valentim Loureiro pesca-o em Setúbal para o Boavista FC
Quando o major do exército
português arranjou problemas na Guerra Colonial, na Guiné, por causa dos
aprovisionamentos de bens alimentares (Major Batata como ficou conhecido)
regressa à cidade do Porto para resgatar o Boavista FC que competia na III
Divisão em 1967/68. Em 1968/69, na II Divisão, foi promovido à I Divisão. Em
três anos do 3.º ao 1.º escalão. Depois de classificações a meio da tabela em
1974/75 contrata Pedroto e coloca pessoas na Associação de Futebol do Porto
"passando a perna" ao colosso FCP de Américo de Sá. Até porque o FCP
foi muito afectado pelo 25 de Abril de 1974 pois muitos dirigentes do FCP
fugiram do país, incluindo Pinto de Magalhães que deu o "salto" para
o Brasil.
1974/75: o Benfica deixa-se "comer" por Pedroto
(pela 1.ª vez) e Valentim Loureiro
Em 1974/75, o Boavista
classifica-se em 4.º lugar apurando-se para a final da Taça de Portugal, pela
1.ª vez na sua história. Qual foi o "outro" finalista? O Benfica!
Pedroto e Valentim Loureiro lançam o isco aos dirigentes do Benfica. E se a
final não fosse em Oeiras, mas em Lisboa no estádio José Alvalade... do
Sporting CP. Vamos a isso. Pela primeira vez na sua história o Benfica estava
em desvantagem no número de adeptos. Para além dos mil boavisteiros os
associados do SCP lotaram o estádio. O SLB ficou com os 33 por cento
regulamentares. Será que os dirigentes do Benfica aprenderam para o que restava
dos anos 70?! Nem pensar! Ah! O resultado? O Boavista FC de Pedroto venceu, por
2-1, o jogo e levou a Taça de Portugal para a cidade do Porto.
1975/76: no café Orfeu, entre jogos de cartas, decide-se o
futuro do FC Porto e do futebol em Portugal
Grandes amigos dos chitos ou xitos
(sei lá como se escreve!) os principais dirigentes (mais Pedroto e Hernâni
Gonçalves) do Boavista FC e FC Porto encontravam-se regularmente no Café Orfeu
(não sei onde fica/ficava, mas os Benfiquistas portuenses devem saber) para
umas "cartadas". Começa a lenda. Ao que consta Valentim Loureiro e
PdC (entretanto chamado por Américo de Sá para Chefia o departamento de futebol
do FCP) jogam "tudo por tudo" à volta de Pedroto. Em 1975/76, já com
a AF do Porto bem instalada no Conselho de Arbitragem da FPF, o Boavista FC
classifica-se em 2.º lugar (o SLB foi campeão e o FCP foi 4.º classificado). E
o Boavista FC chega à final da Taça de Portugal frente ao Vitória SC de
Guimarães (que eliminara, por 2-1, em Guimarães, nos quartos-de-final o... FC
Porto). Local escolhido pelo dois clubes?! O estádio do FC Porto. O Jamor já
era! Resultado?! Boavista FC - 2; Vitória SC Guimarães - 1.
Pedroto, o renegado do FCP é salvo por PdC
Eis que chega o verão de 1976. Valentim
Loureiro sabia que Pedroto estava proibido de ser funcionário do FCP. PdC sabia
que tinha de ter Pedroto no clube para poder potenciar, no maior clube da
cidade (a par do Benfica, estamos a falar de 1976), as "qualidades"
de Pedroto. PdC convenceu Valentim Loureiro a ceder Pedroto ao FCP. Dizendo-lhe
qualquer coisa do tipo: perdes um "grande" treinador mas com esse
treinador no FCP ainda vais ficar a ganhar mais do que ganhas agora! PdC
convence - num engano magistral - Américo de Sá a convocar uma assembleia geral
de desagravo - 21 de Março - a Pedroto e este entra para funcionário do FCP.
Estão aqui, estão na "alheta"
O presidente do FCP, Américo de
Sá percebeu de imediato que o "bom nome do clube" iria ser afectado
com a dupla "Pedroto + PdC" esperando a primeira oportunidade para os
pôr na rua. Em 1976/77 o FCP classificou-se em 2.º lugar (atrás do campeão
Benfica) mas conseguiu chegar à final da Taça de Portugal tendo como adversário
o SC Braga. A "dupla" sabendo que estava a prazo (tinha de ganhar
algo para o presidente não conseguir pô-los na rua, pois o FCP não era campeão
nacional desde 1958/59 e não conquistava a Taça de Portugal desde 1967/68)
acordou com alguns dirigentes do SC Braga que a final fosse realizada no
estádio das Antas para garantir mais probabilidades de sucesso.
Dia da infâmia: começou o "Futeluso"
Em 18 de Maio de 1977 um dos dias
mais vergonhosos - uma infâmia para o SC Braga - na história do futebol
português (o começo do "Futeluso"), com o SC Braga a ir jogar uma
final a casa do adversário perdendo, por 0-1 e, diz-se, nunca recebendo as
contrapartidas prometidas pela "dupla"! Árbitro... Porém Luís - ainda
vamos ouvir falar dele - de Leiria, tal como António Garrido!
Bicampeonato com dois árbitros: Manuel Vicente e ...Porém
Luís
Finalmente o FCP consegue ser
campeão nacional após um período em que perdeu 18 títulos consecutivos, entre
1959/60 e 1976/77, muito à custa das arbitragens controladas pelos boavisteiros
- Laureano Gonçalves e Pinto de Sousa, entre outros - colocados no Conselho de
Arbitragem da FPF. Pedroto era natural de Almacave, Lamego. De não muito longe
veio o seu compadre Manuel Vicente, árbitro transmontano que fui subindo de
categoria como reserva para o "que der e vier" e deu, na 28.ª jornada
de 1977/78 empurrou o FCP para cima do SLB, com o FCP a conseguir, aos 83', o
golo que deu o empate a um golo no estádio das Antas, permitindo ao FCP
conquistar o título que fugia há duas décadas, com o mesmo número de pontos
(51) do Benfica, igualdade no confronto directo (0-0 e 1-1), mas melhor
diferença de golos (FCP: + 60 (81-21) e SLB + 45 (56-11), muito por
"culpa" das goleadas de "última hora", ou seja, na segunda
volta. Mais uma vez não era possível a Américo de Sá colocá-los na rua!
Roubas tu ou roubo eu!
Na época seguinte de novo um
campeonato muito equilibrado decidido nos "pormenores" eufemismo para
más arbitragens, como na 1.ª volta, com António Garrido de Leiria na 2.ª
jornada a oferecer a vitória, por 1-0, à equipa da casa (FCP) e na 2.ª volta,
na 17.ª jornada, na Luz, Porém Luís (eu disse que ia voltar a falar dele) de...
Leiria (simples coincidência esta parelha leiriense com António Garrido) a
"fabricar" o empate a 1-1, quando aos 77 minutos Duda do FCP com um
"fora-de-jogo" de dois metros junto a Zé Henrique marca o golo que
permite ao FCP gerir o ponto de vantagem com que conquistou o bicampeonato
nacional. Mais uma vez não era possível a Américo de Sá colocá-los na rua!
Em 1979/80 ninguém os safou!
Campeonato perdido para o
Sporting CP, Taça de Portugal (no Jamor) perdida para o Benfica. Adeus
à"dupla".
Pedroto rumou a Guimarães, não
sem antes - como escreveu Neves de Sousa - não ter tentado enganar João Rocha!
PdC voltou para a loja de venda
de electrodomésticos e tintas a engendrar o modo de regressar ao FC Porto, já
como presidente. Mas isso é outra história. O que interessa é Pedroto. No
Vitória SC nada de novo, com o 5.º e 4.º lugar: pouco melhor que nas últimas
temporadas, com dois 6.ºs lugares. O presidente Pimenta Machado contava com a "amizade
arbitral" de Pedroto, mas lucrou pouco!
Pedroto doente teve pouca "amizade arbitral"
Em 1982/83, com PdC a presidente
do FCP, Pedroto regressou ao clube, não sem antes terem criado uma greve de
jogadores no verão de 1981 para fragilizar Américo de Sá. Para além do Benfica
de Eriksson jogar muito e bem, Pedroto estava minado pela doença que seria
fatal. No início da temporada de 1983/84 até eu que detestava os ditos e
chacotas de Pedroto tinha pena dele quando passavam imagens no Domingo
Desportivo da RTP. m farrapo humano. Dirigiu pela última vez um jogo do FCP em
4 de Dezembro de 1983, na 10.ª jornada das 30 do campeonato nacional. Foi
António Morais, o fiel adjunto já desde os anos 60, que concluiu a temporada. Em
7 de Janeiro de 1985, pouco mais de um ano depois, falecia um dos maiores
vermes - que o diga Mário Wilson, ou o homem que para Pedroto era "um burro preto de vermelho aos coices"
que passaram pelo futebol português, criador dos caboucos do
"Futeluso" que depois, laboriosamente, PdC construiria com a
"mestria" que velhos e novos sabem!
Pedroto "brilhava" em
terras lusas, mas na UEFA era uma nulidade
Num tempo em que PdC controlava
cá dentro, mas ainda não tinha conhecimentos para controlar os Ivanoves e
outros desta vida, Pedroto era muito mau treinador nas competições da UEFA,
se não vejamos:
Época
|
Competição
|
Fase
|
Adversário
|
Resultados
|
|
77/78
|
TVT
|
1/4
|
RSC Anderlecht
(Bélgica)
|
C
|
V 1-0
|
F
|
D 0-3
|
||||
78/79
|
TCE
|
1/16
|
AEK Atenas
(Grécia)
|
F
|
D 1-6
|
C
|
V 4-1
|
||||
79/80
|
TCE
|
1/8
|
Real Madrid CF
(Espanha)
|
C
|
V 2-1
|
F
|
D 0-1
|
||||
82/83
|
TUE
|
1/16
|
RSC Anderlecht
(Bélgica)
|
F
|
D 0-4
|
C
|
V 3-2
|
OBS: Em 1982/83 o RSC Anderlecht
jogou a final com o... SL Benfica, vencendo a competição: V 1-0 e E 1-1. Os
media em Portugal sempre esconderam (e escondem) que nessa caminhada o clube
belga goleou, na 2.ª eliminatória, o FC Porto de... Pedroto e PdC. Feitios!
NOTA FINAL: O facto
do texto de Pedroto ser muito mais longo do que pensei inicialmente, faz que
não tenha sentido continuar, hoje, os textos dos outros quatro. Prometo-os
amanhã. Artur Jorge é um discípulo "mal-enjorcado" do Mestre
Pedroto". Ivic e Carlos Alberto Silva duas "preciosidades ocas".
Quinito uma aberração. Estou a falar de todos, a adjectivá-los, enquanto
treinadores. O que interessa aqui no EDB.
Amanhã começarei o texto AQUI.
ARTUR JORGE
Épocas
|
Clube
|
Classificações
|
Observações
|
1981/82
|
CF "Os Belenenses"
|
Despedido
|
|
Portimonense SC
|
6.º/16 I D
|
||
1982/83
|
Portimonense SC
|
9.º/16 I D
|
|
1983/84
|
Sem clube
|
||
1984/85
|
FC Porto
|
CN (1 derrota)
|
|
1985/86
|
CN (3 derrotas)
|
||
1986/87
|
2.º/16 I D
|
||
1987/88
|
Matra Racing Paris
|
7.º/20 I L
|
|
1988/89
|
Matra Racing Paris
|
17.º/20 I L
|
|
FC Porto
|
2.º/20 I D
|
||
1989/90
|
CN (2 derrotas)
|
||
1990/91
|
2.º/ 20 I D
|
||
1991/92
|
Paris Saint-Germain
|
3.º/20 I L
|
|
1992/93
|
2.º/20 I L
|
||
1993/94
|
CN (3 derrotas)
|
||
1994/95
|
SL BENFICA
|
3.º/17 I D
|
|
1995/96
|
Saiu 3.ª Jorn.
|
||
Selecção Suíça
|
|||
Selecção Portugal
|
|||
1996/97
|
Selecção Portugal
|
||
1997/98
|
CD Tenerife
|
16.º/20 I L
|
|
1998/99
|
SBV Vitesse
|
Despedido
|
|
PSG
|
9.º/18 I L
|
||
1999/00
|
Al Nassr
|
Arábia Saudita
|
Não foi CN
|
2000/01
|
Al Hilal
|
Arábia Saudita
|
Não foi CN
|
2001/02
|
Arábia Saudita
|
||
2002/03
|
Ass. Ac. Coimbra
|
15.º/18 I D
|
|
2003/04
|
CSKA Moscovo
|
3.º / 16 I L
|
|
Ass. Ac. Coimbra
|
13.º/18 I D
|
||
2004/05
|
Selecção Camarões
|
||
2005/06
|
|||
2006/07
|
US Créteil-Lusitanos
|
18.º/ 20 II Liga
|
Despromovido
|
A mediocridade transformada em pessoa
Artur Jorge ganhou protagonismo
nos media portugueses quando foi escolhido por José Maria Pedroto para seu
adjunto na segunda temporada (1981/82) no Vitória SC Guimarães. E disse - como
só Pedroto sabia dizer - que Artur Jorge seria um grande treinador no... FC
Porto. Entretanto Pedroto regressou ao FC Porto, mas o seu adjunto no FCP foi
António Morais. Artur Jorge lá foi tarimbar para outros clubes sempre com
fracos resultados (despedido do CF "Os Belenenses" e meio-da-tabela
com o Portimonense SC. Após o falecimento de Pedroto cumpria-se a promessa:
Artur Jorge no FC Porto.
TOMISLAV IVIC
Épocas
|
Clube
|
Classificações
|
Observações
|
1973/74
|
NK Hajduk Split
|
CN (7 derrotas)
|
|
1974/75
|
CN (6 derrotas)
|
||
1975/76
|
2.º/ 18 I L
|
||
1976/77
|
AFC Ajax
|
CN (5 derrotas)
|
|
1977/78
|
2.º/ 18 I L
|
||
1978/79
|
NK Hajduk Split
|
CN (4 derrotas)
|
|
1979/80
|
5.º/ 18 I L
|
||
1980/81
|
RSC Anderlecht
|
CN (3 derrotas)
|
|
1981/82
|
2.º/ 18 I L
|
||
1982/83
|
2.º/ 18 I L
|
||
1983/84
|
Galatasaray SK
|
3.º/ 18 I L
|
|
1984/85
|
FK Dinamo Zagreb
|
6.º/ 18 I L
|
|
1985/86
|
AS Avelino 1912
|
11.º/ 18 I L
|
|
1986/87
|
NK Hajduk Split
|
8.º/ 18 I L
|
|
1987/88
|
FC Porto
|
CN (1 derrota)
|
|
1988/89
|
Paris Saint-Germain
|
2.º/ 20 I L
|
|
1989/90
|
5.º/ 20 I L
|
||
1990/91
|
C. Atlético Madrid
|
2.º/ 20 I L
|
|
1991/92
|
Olímpico Marselha
|
CN (3 derrotas)
|
Título sob suspeita
|
1992/93
|
SL BENFICA
|
Saiu na 9.ª jornada
|
|
1993/94
|
FC Porto
|
Saiu na 17.ª jor.
|
|
1994/95
|
Fenerbahçe SK
|
4.º/ 18 I L
|
|
1995/96
|
Sel. E.A.U.
|
------------------
|
|
1996/97
|
Al Wasl
|
Não foi campeão
|
E.A.U.
|
1997/98
|
NK Hajduk Split
|
2.º/ 16 I L
|
|
1998/99
|
R. Standard Liége
|
6.º/ 18 I L
|
|
1999/00
|
5.º/ 18 I L
|
||
2000/01
|
Olímpico Marselha
|
15.º/ 18 I L
|
|
2001/02
|
9.º/ 18 I L
|
||
2002/03
|
Sem clube
|
||
2003/04
|
Al Ittihad FC
|
Arábia Saudita
|
Fica uma resenha
A
Para a segunda passagem de Ivic pelo FCP utilizo o texto
já publicado em 11 de Junho de 2013
Ivic regressou ao FC Porto porque Pinto da Costa queria provar
que Ivic não triunfara no SLB, em 1992/93, porque "o Benfica era um
Circo" expressão que Artur Jorge voltou a utilizar em 1994/95. Dirigiu a
equipa de futebol durante seis meses, entre 15 de Julho de 1993 e 30 de Janeiro
de 1994 Foi despedido do FCP depois de uma vitória, por 2-0, em Aveiro com o SC
Beira-Mar, em 23/01; e vitória por, 2-0, em casa do SC Salgueiros, na I
Divisão, em 30/01. Mas... na véspera de se deslocar ao estádio da Luz (6 de
Fevereiro de 1994) com menos quatro pontos. Primeira jornada da segunda volta,
com 3-3 na 1.ª jornada. O jogo dessa 18.ª jornada era decisivo para o FCP. E
foi!Já com Bobby Roson, entretanto despedido do Sporting CP!
RESULTADOS DE IVIC EM 1993/94
Competições
|
J
|
V
|
E
|
D
|
GM/GS
|
Observações
|
Campeonato Nacional
|
17
|
9
|
6
|
2
|
27/10
|
Perdeu dez pontos
na primeira volta. O SLB perdeu... seis. Estava a quatro!
|
Supertaça
|
2
|
1
|
0
|
1
|
1/1
|
Resolvida na época
seguinte numa finalíssima
|
Taça Portugal
|
3
|
3
|
0
|
0
|
9/3
|
-----------
|
Liga
Campeões
|
6
|
3
|
2
|
1
|
6/5
|
Derrota por 0-3 com
o AC Milan
|
Para Quinito utilizo o texto já publicado em 11 de Junho
de 2013
Quinito dirigiu o FCP durante cerca de quatro
meses, entre o início da temporada (20
de Julho de 1988 e 1 de Novembro de 1988). Saiu do FCP depois de ter obtido um
empate, 0-0, em Fafe, com o CD Fafe (11.ª jornada em 30 de Outubro de 1988) e
ser eliminado pelo PSV Eindhoven, nos oitavos-de-final da Taça dos Clubes
Campeões Europeus, após 0-5 em Eindhoven e 2-0 no estádio das Antas.
RESULTADOS DE IVIC EM 1988/89
Competições
|
J
|
V
|
E
|
D
|
GM/GS
|
Observações
|
Campeonato Nacional
|
11
|
5
|
6
|
0
|
10/4
|
Em 11 jornadas, 5
vitórias em casa e 6 empates... fora! O futebol mais previsível que eu alguma
vez assisti!
|
Supertaça
|
2
|
0
|
1
|
1
|
0/2
|
O Vitória SC
Guimarães conquistou a Supertaça
|
Taça Portugal
|
1
|
1
|
0
|
0
|
2/0
|
Eliminou o UD
Vilafranquense (III D)
|
Taça Campeões
|
4
|
2
|
0
|
2
|
5/7
|
Depois de conseguir
perder, por 0-2, com o HJK Helsínquia, foi goleado (5-0) pelo PSV Eindhoven
|
CARLOS ALBERTO SILVA
Épocas
|
Clube
|
Classificações
|
Observações
|
1978
|
Guarani
|
CN (numa final)
|
A duas mãos
|
1979
|
Não foi campeão
|
||
1980
|
São Paulo FC
|
Não foi campeão
|
|
1981
|
Não foi campeão
|
||
1982
|
C. Atlético Mineiro
|
Não foi campeão
|
|
1983
|
Não foi campeão
|
||
1984
|
Santa Cruz
|
Não foi campeão
|
|
1985
|
Não foi campeão
|
||
1986
|
Sport Recife
|
Não foi campeão
|
|
1987
|
Cruzeiro EC
|
Não foi campeão
|
|
1987/88
|
Sel. Brasil
|
--------------
|
|
1988/89
|
--------------
|
||
1989
|
São Paulo FC
|
Não foi campeão
|
|
1990
|
Não foi campeão
|
||
1990/91
|
Yomiuri Kawasaki
|
CN do Japão
|
|
1991/92
|
FC Porto
|
CN (2 derrotas)
|
|
1992/93
|
CN (4 derrotas)
|
||
1993
|
Cruzeiro EC
|
Não foi campeão
|
|
1994
|
Corinthians
|
Não foi campeão
|
|
1995
|
Palmeiras
|
Não foi campeão
|
|
1996
|
Vasco Gama
|
Não foi campeão
|
|
1997/98
|
RCD Corunha
|
12.º/ 20 I L
|
|
1998
|
C. Atlético Mineiro
|
Não foi campeão
|
|
1999
|
Goiás
|
Não foi campeão
|
|
2000
|
Santos FC
|
Não foi campeão
|
|
2001
|
Sem clube
|
||
2002/03
|
CD Santa Clara
|
13.º/ 18 I D
|
|
2003
|
Sem clube
|
||
2004
|
América (Minas Gerais)
|
Não foi campeão
|
|
2005
|
Atlético (Minas Gerais)
|
Não foi campeão
|
Fica uma resenha
A
QUADRO DOS TREINADORES DA ERA
(nunca mais
é) PINTO DA COSTA
Épocas
|
Treinador
|
1982/83
1983/84
|
Pedroto
|
1984/85
1985/86
1986/87
|
Artur Jorge
|
1987/88
|
Ivic
|
1988/89
|
Quinito
|
1988/89
1989/90
1990/91
|
Artur Jorge
|
1991/92
1992/93
|
Carlos Alberto Silva
|
1993/94
|
Ivic
|
1993/94
1994/95
1995/96
|
Bobby Robson
|
1996/97
1997/98
|
Oliveira
|
1998/99
1999/00
2000/01
|
Fernando Santos
|
2001/02
|
Octávio
|
2002/03
2003/04
|
José Mourinho
|
2004/05
|
Del Neri
|
2004/05
|
Victor Fernandez
|
2004/05
|
José Couceiro
|
2005/06
|
Co Adriaanse
|
2006/07
2007/08
2008/09
2009/10
|
Jesualdo Ferreira
|
2010/11
|
André Villas-Boas
|
2011/12
2012/13
|
Vítor Pereira
|
2013/14
|
Paulo Fonseca
|
Alberto Miguéns
NOTA: Plano dos próximos textos
no EDB (também faço esta lista para não me esquecer e "obrigar-me" a comprometer
para cumprir!)
Sábado/15: Chega um Zé Ninguém
(II parte)
Domingo/16: Vejam lá se acertam
mais!
Segunda-feira/17: Em que é que
ficamos?
Terça-feira/18: Os títulos
"À Sporting"!
Quarta-feira/19: Vejam lá se
acertam mais! (parte II)
Quinta-feira/20: O jogo-chave da
época
Sexta-feira/21: O jogo-parafuso
da época
Sábado/22: Obrigado, Aimar
Domingo/23: Obrigado, Cardozo
Depois desta data completarei
estes textos acerca dos "Zés Ninguém" do FCP
Isto é ouro meu caro amigo!! Se não se importa vou publicar numa rede social.
ResponderEliminarCumprimentos gloriosos
Caro
EliminarUse e abuse. Está tudo fundamentado, por isso utilizo datas e resultados. Podem ser fastidiosos mas não podem dizer que é mentira. Se disserem, a mentira é essa. Dizer que isto é mentira.
Gloriosas Saudações Benfiquistas
Alberto Miguéns
NOTA: Como isto está a ser feito sem uma revisão cuidada como eu gosto, se encontrar erros em palavras ou frases, pode emendar.
Aqui está o verdadeiro mentor do lodaçal em que o futeluso está mergulhado.O mestre que ensinou o do vendedor de fogões(pintinho),o asno que dizia que para se dominar no futebol primeiro tinha que ter os árbitros na mão(para os mais antigos quem não se lembra da arbitragem do compadre Manuel Vicente no porto-Benfica de 77-78,no tal campeonato em que o Glorioso não perdeu mas não foi campeão),o palerma que incitou os jogadores a fazerem greve aquando do chuto que levou no traseiro depois de perder o campeonato e a taça em 79-80,o tal que obrigou o porto a chantagear a direcção do braga para a final da taça de 76-77 ser jogada no antro,o tal que levou 4 do Anderlecht na taça UEFA em que o Benfica foi á final com os Belgas,o tal que mamou 5 do M.United e 6 do AEK nas provas da UEFA,o tal que tinha complexo de inferioridade em relação ao Benfica,desde que começou na Academica(onde afastou o Velho Capitão da equipa titular),passando pelo Leixões,Varzim,Setubal,Boavista(onde no jogo decisivo aviou 4 do Benfica no Bessa),porto e V.Guimarães.O tal que chamou preto a Mario Wilson,o tal que trouxe o bruxo Zandinga para o futebol.No fundo o verdadeiro defensor da guerra norte-sul no futebol.
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