OPINIÃO
Na
2.ª jornada do 79.º campeonato nacional o Benfica conquistou os três pontos. Cumpriu.
Com o adversário reduzido a dez futebolistas depois do 9.º minuto, o “Glorioso”
goleou. Cumpriu. A jogar em terreno alheio os futebolistas com o "Manto Sagrado" marcaram cinco golos e não sofreram nenhum. Foram brilhantes.
As habituais
dualidades de critérios: nos Árbitros e na Comunicação Social (agora
denominados Media)
Estiveram
todos muito bem. Finalmente uma entrada inqualificável sobre um futebolista do Benfica valeu uma expulsão. Que
sirva de exemplo para todos – adversários e árbitros.
No
primeiro golo do Benfica é possível que Melgarejo, quando recebe a bola de Enzo
Pérez, esteja em posição ilegal, mas (as linhas da SportTV não têm
credibilidade, por isso necessitam de ser “estudadas” ao pormenor) se estiver
está pelo tamanho de uma bota. Quantos golos vamos sofrer… assim?! Agora,
provavelmente durante a semana e toda a época, vai ser um fora-de-jogo
escandaloso. Quando for contra nós é “difícil de ver”! Vamos esperar porque já
sabemos o que “a casa gasta”!
Dignificar o
“Manto Sagrado”
Gostei do
treinador e dos futebolistas. Fizeram história gloriosa, pois além de
conseguirem o 36.º triunfo em 65 jornadas do campeonato nacional, no terreno
adversário, igualaram o melhor resultado de sempre – a quarta vitória por cinco
golos de diferença e segunda por 5-0, mas a primeira goleada com cinco golos no
estádio do Bonfim, pois a última (6-1, em 1957/58) foi obtida no anterior campo
dos Arcos.
AS 36
VITÓRIAS DO SLB COM O VITÓRIA FC
SETÚBAL EM CASA DO ADVERSÁRIO PARA O CAMPEONATO NACIONAL
Dif. Golos
|
Resultados
|
Épocas
|
||
5
|
4
|
8-3
|
1
|
44/45
|
6-1
|
1
|
57/58
|
||
5-0
|
2
|
49/50-12/13
|
||
4
|
3
|
6-2
|
1
|
02/03
|
4-0
|
2
|
75/76-08/09
|
||
3
|
5
|
5-2
|
1
|
34/35
|
4-1
|
1
|
45/46
|
||
3-0
|
3
|
39/40-47/48-62/63
|
||
2
|
9
|
5-3
|
1
|
55/56
|
4-2
|
1
|
63/64
|
||
3-1
|
3
|
71/72-82/83-11/12
|
||
2-0
|
4
|
87/88-96/97-04/05-10/11
|
||
1
|
15
|
3-2
|
3
|
56/57-59/60-83/84
|
2-1
|
6
|
36/37-48/49-64/65-89/90-94/95-99/00
|
||
1-0
|
6
|
46/47-72/73-77/78-85/86-05/06-06/07
|
||
5x
|
36
|
15x
|
36
|
36
V’s / 65 CN´s
|
NOTA: Até
1959/60 no Campo dos Arcos (13 vitórias);
Depois de
1962/63 no Estádio do Bonfim (23 vitórias)
Já tenho saudades de ver o Manto
Sagrado na Catedral.
Alberto
Miguéns
NOTA1: Linha(s) do fora-de-jogo. Ao contrário
do que as transmissões televisivas do futebol fazem crer, o fora-de-jogo não é
definido por uma linha, mas por duas, ou melhor, por um triângulo com o vértice
no árbitro auxiliar. Uma linha no jogador que recebe a bola e outra no jogador
que lhe passa a bola. O fora-de-jogo é assinalado – se não estiverem (pelo
menos…) dois adversários entre ele e a baliza contrária - ao futebolista mais
avançado da equipa atacante no MOMENTO em que a bola lhe é endossada por um
futebolista da equipa. Ou seja, a linha televisiva do fora-de-jogo deve ser
inserida no momento em que a bola é endossada e não depois da bola ser batida.
As televisões (com destaque para a Sport TV que é useira e vezeira em viciar os
momentos do jogo) não têm critério ao colocar a linha (a Sport TV, por vezes e
muitas vezes, até a “entorta”). Nesta transmissão televisiva, mais uma vez
viciaram o momento, pois quando a linha virtual é colocada junto ao pé direito
de Melgarejo (para o joelho esquerdo ficar em fora-de-jogo) a bola já saiu há
pelo menos 1/10 de segundo dos pés de Enzo Pérez (visivel pois vê-se a
chuteira, captada por uma câmara de filmar colocada num local – enfiamento da
grande-área – que não pode captar a chuteira, a não ser que a bola já tenha
sido chutada). Mesmo 1/10 de segundo de diferença, faz toda a… diferença, basta
fazer as contas. Qualquer futebolista – de chuteiras a correr em relvado – faz
100 metros em 10 segundos, ou seja, 10 metros num segundo, ou seja, 1 metro por
1/10 de segundo. Assinalar, em televisão, foras-de-jogo por 1 ou 2 metros, resulta
simplesmente da imaginação, manipulação ou “xicoespertismo” do realizador que
controla a transmissão. Por que, por exemplo, mais do que fazer traços virtuais
sobre um dos pés de Melgarejo, interessa perceber quando é que a imagem foi
parada! Foi durante ou depois, de Enzo Pérez ter endossado a bola. Faz toda a
diferença, pois 1/10 de segundo antes da bola já ter saído dos seus pés
significa que Melgarejo estava (pelo menos…) um metro atrás do sítio onde a
transmissão o coloca para o fora-de-jogo.
NOTA2: As polémicas: Carlos Martins e Melgarejo.
Primeiro Carlos Martins. Percebo que Jorge Jesus não coloque Carlos Martins
no onze titular frente a equipas de clubes menos poderosos que o nosso, pois
faz todo o sentido jogar apenas com dois médios centrocampistas (e não três) e
a escolha recair em Javi Garcia (mais defensivo, no futebolês, a posição 6) e
Witsel (mais atacante, no futebolês, a posição 8). Como não acredito que um
“tubarão europeu” não adquira (por 40 milhões ou não!) Witsel até 31 de Agosto
de 2012, este tem (teve…) a titularidade assegurada, como me parece elementar.
Quanto a mim, no próximo jogo (domingo, 2 de Setembro, frente ao CD Nacional,
na Catedral) não havendo Witsel, será Carlos Martins a ocupar, naturalmente, a
posição de médio atacante. Depois
Melgarejo. Não sei se o nosso extremo-esquerdo (4.3.3) ou
médio-ala-esquerdo (4.4.2) Melgarejo será um defesa-lateral-esquerdo com a
classe indispensável para jogar na equipa do SLB. Já vi excelentes – até mais
do que uma – adaptações de extremos ou alas (à esquerda ou direita) a
defesas-laterais. Tal como já vi tentativas de adaptação, ou seja, as soluções serem
mal sucedidas. O meu desejo é que, se o nosso treinador o entender, seja de
sucesso total. O Benfica só tem a ganhar. O que me parece (neste momento) é que
o risco é elevado – porque o processo de adaptação está em curso – quando se
aproximam jogos importantes (e difíceis), em particular, nas primeiras jornadas
da Liga dos Campeões. Repito o que já disse, no EDB: No Mundo, há 200 ou 300
defesas-esquerdos melhores que Emerson. Mas, há 2 ou 3 milhões inferiores a
ele. Para mim, entre duas épocas, faz mais sentido manter jogadores titulares
(desde que o Benfica não seja “obrigado” a transferi-los), adquirir
futebolistas para posições ocupadas com jogadores de maior fragilidade e
permitir que os “novos” mostrem qualidade para ocupar o lugar dos “velhos”.
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