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27 fevereiro 2018

Todos Somos Gourlade

27 fevereiro 2018 5 Comentários
SE AMANHÃ - 28 DE FEVEREIRO - É O DIA DO COLECTIVO, DE UM CONJUNTO DE  INDOMÁVEIS.


Antes desse dia podemos afirmar que foi Manuel Gourlade que permitiu a existência dessa vontade colectiva indómita.

NOTA INICIAL: No final do texto em NOTA FINAL o seu registo de baptismo e o que dele disseram Cosme Damião (em 1945), Daniel dos Santos Brito (em 1950) e Mário de Oliveira/Rebelo da Silva (em 1954). Esses depoimentos, o de 1945 e 1950, são de quem o conheceu e conviveu com ele alguns anos, por isso elucidativos da sua importância para a existência do Clube.


Eterno! Obrigado! Glorioso!

Foi ele que teve uma ideia que levou à fundação do Clube, ou seja, à Ideia
E isso ocorreu porque além de futebolista (defesa à esquerda) também era interessado em tudo o que girava à volta do jogo e das equipas para o jogarem. Foi ele que se lembrou de juntar aos miúdos de Belém ávidos por jogarem futebol à experiência de uma geração anterior, já homens feitos, com renome entre os poucos futebolistas desse tempo, com outro tipo de avidez, a de vencer e com meios - futebol nos pés e na cabeça - para isso, os casapianos que brilharam nos campos de Lisboa e Carcavelos na última década do século XIX.


Como se dizia em Portugal era tudo ali à mão. Porta com porta e porta para um pátio

Gourlade surge, para todos nós, em 1903
Mas muito caminho trilhara desde que nascera no bairro da Ajuda, na rua da Paz n.º 118, pelas onze da manhã de 25 de Outubro de 1872, ou seja, tinha 28 anos aquando da mudança do século XIX para o XX. Fica para outro dia fazer uma pequena biografia pormenorizada deste extraordinário exemplo do Benfiquismo. O melhor é encontrá-lo a jogar, por volta de 1902 ou início de 1903, no Verão deste ano certamente, com o seu companheiro de emprego na Farmácia Franco, Daniel Santos Brito e os miúdos que habitavam no mesmo prédio onde estava instalada a citada farmácia, que tinha um pátio interior onde se conseguia jogar. Mas com o número de entusiastas a aumentar depressa o pátio minguou ou os futebolistas entulharam o espaço. A solução foi passar a futebolar nos logradouros que eram múltiplos entre o bairro de Belém e a linha de caminho de ferro Cais do Sodré - Cascais e até para lá desta à beira Tejo.

Football Club, Grupo de Belém ou Catataus em 1903. As equipas eram fotografadas com a disposição em campo. Da esquerda para a direita: Em cima, os defesas e guarda-redes: José Cruz Viegas, José Rosa Rodrigues (guarda-redes e capitão) e MANUEL GOURLADE; Ao centro (médios): Jorge Afra, Carlos França e Daniel Santos Brito; Em baixo (avançados): Duarte José Duarte, António Rosa Rodrigues, Cândido Rosa Rodrigues, Raul Empis e Armando Macedo

Nos jogos defesa à esquerda no Football Club (Belém)
Não lhe são reconhecidos grandes dotes como futebolista, talvez por se interessar tardiamente pelo «jogo-jogado» (trintão sem passado de adolescente como futebolista) mas quanto ao «jogo-pensado» e ao modo de afirmar um novo clube não há melhor. Consta que num domingo, talvez 29 de Novembro de 1903, o FC (Belém) lançara um desafio ou foi desafiado por um dos mais competentes grupos da época, o Grupo dos Pinto Basto ou FC Swifts (velozes, rápidos). Os miúdos do clube de Belém lá foram entusiasmados, pois o adversário era respeitado, e entre os dois empregados da Farmácia Franco (o balconista Daniel Santos Brito e o contabilista Manuel Gourlade) e os três irmãos Rosa Rodrigues (José, Cândido e António) estava meia-equipa. A outra meia era dos amigos destes, que eram popularmente designados por Catataus. O jogo foi intenso mas saldou-se por uma derrota tangencial, talvez 0-1 ou 1-2, no local logradouro onde era habitual, em Lisboa, jogar-se depois da proibição de o fazer no Campo Pequeno, com a construção da Praça de Touros: as Terras do Desembargador, às Salésias.


A equipa do Grupo dos Pinto Basto/FC Swifts (Velozes)/Internacional/CIF na escadaria da Quinta Nova, em Carcavelos. Poucos eram os grupos de futebol que conseguiam que os ingleses do Carcavellos Club aceitassem os seus reptos ou desafios

Como era normal quem perdia podia pedir desforra
E era no conjunto destes dois jogos - desafio ou repto e desforra - que se apurava o vencedor se o vencido pedisse desforra. A não pedir servia só um jogo. O Football Club pediu desforra mas surpreendentemente, até pela aproximação ao Natal, período religioso e frio em que não se jogava, Gourlade solicitou ao capitão do FC (Belém) José Rosa Rodrigues que pedisse desforra a Eduardo Pinto Basto, capitão do FC Swifts, para daí a 15 dias (talvez 13 de Dezembro) e não para o domingo seguinte. Como era questão de honra o adversário vitorioso, embora provavelmente estranhasse haver um domingo "em branco" pelo meio...aceitou.


Onde tudo se passou e rapidamente. A - Terras do Desembargador, às Salésias onde se jogava. Foi nesse espaço, em finais de 1903, que o Football Club (Belém) perdeu com o Grupo dos Pinto Basto/FC Swifts e foi nesse mesmo espaço que o mesmo grupo reforçado com casapianos da "Associação do Bem" os venceu e na euforia da vitória foi decidido fundar um clube, o "Glorioso"; B - o bairro de Belém (com o prédio da Farmácia Franco e o seu pátio interior, o Café do Gonçalves e o António das Caldeiradas) muito maior que na actualidade pois parte dele foi desmantelado para fazer a "Exposição do Mundo Português", em 1940; C - A "Cerca da Casa Pia" onde treinavam aos domingos, os ex-alunos da Real Casa Pia de Lisboa e onde Gourlade os foi procurar para reforçar o Football Club no jogo-desforra com o FC Swifts; 1 - O local de treinos mais utilizado, entre as traseiras da Casa da Praia do Duque de Loulé e a linha férrea; 2 - os terrenos em frente ao Mosteiro dos Jerónimos problemático por conflituar com o Jardim fronteiriço ao Mosteiro; 3 - Os areais entre docas para lá da linha férrea (em 1903/1904) menos regularizados que aquando desta fotografia que é posterior; 4 - Os terrenos menos utilizados por conflituarem com o Palácio de Belém e a azáfama do bairro que incluía um importante mercado especializado em ter bom peixe; 5 - Os terrenos do Hipódromo de Belém (citados por Eça de Queirós, em "Os Maias") embora excelentes - até mais para o Futebol que para as "Cavaladas" - ficavam pouco acessíveis 

Entre os dois jogos, Gourlade «fisgou-a» bem!
Sabendo que os ex-alunos da Real Casa Pia de Lisboa, que integravam uma agremiação benemérita, a «Associação do Bem», treinavam aos domingos de manhã junto da Cerca da instituição casapiana acercou-se deles no sentido de reforçarem as posições onde o (Belém) Football Club era mais carente. E assim foi. Manuel Gourlade optou pelo menos óbvio. Não se reforçou com os habituais ingleses que andavam por Lisboa sempre livres de clubes e disponíveis para jogar - Eagleson, Ettur ou Gilman - pois mesmo sabendo que o Grupo dos Pinto Basto jogava com ingleses preferiu reforçar-se com futebolistas experientes mas portugueses. Ora um grupo só de portugueses vencer um grupo de ingleses ou mesmo um misto no início do século XX era visto quase como uma impossibilidade, mas não foi...

O "Mítico" logradouro entre a calçada da Ajuda (Oeste) e a rua das Casas do Trabalho (Este), onde nasceu e viveu o infortunado Pepe, limitado a Sul pela rua do Embaixador. As Terras do Desembargador, às Salésias. Local de excelência onde se disputavam os raros jogos de futebol realizados em Lisboa, depois da construção da Praça de Touros, no Campo Pequeno, espaço onde se estreou o Futebol em Lisboa pouco antes do Ultimatum inglês a Portugal

O jogo que tudo criou e mudou
Na desforra, o certo é que o FC (Belém) venceu, por 1-0, e essa vitória foi vivida de um modo estrondoso pois o misto português/inglês que depois deu origem ao Internacional (CIF) era demolidor nos jogos que realizava frente a outros grupos que não fossem os inalcançáveis com exclusividade inglesa: Carcavellos Club e Lisbon Cricket Club (Cruz Quebrada). Na confraternização que se seguiu no Café do Gonçalves (actual Pastelaria Nau de Belém) surgiu a ideia «Com estes futebolistas - e só portugueses - fazia-se um grande team!» E assim foi. A ideia de Gourlade resultara na perfeição.

Os impressos para as quotas do Football Club (Belém) que nos primeiros tempos serviram também como impressos para as quotas do "Glorioso"

Em 28 de Fevereiro de 1904 foi apenas concretizado o que ficara decidido em 1903
Juntaram-se, treinaram de manhã e pela tarde, numa dependência da Farmácia Franco, decidiram fundar o Grupo Sport Lisboa que depois passaria, em 13 de Setembro de 1908, a Sport Lisboa e Benfica, numa efeméride com 110 anos a completar neste ano de 2018. Não foi difícil escolher os primeiros dirigentes. A presidente José Rosa Rodrigues (capitão do Football Club Belém) e como seus auxiliares os dois empregados da farmácia onde o clube ficaria instalado por deferência do proprietário da farmácia, Pedro Franco: Daniel Santos Brito (secretário) e Manuel Gourlade (tesoureiro). 

Primeira categoria do Sport Lisboa em 1907, antes de um jogo com o Internacional/CIF, na Quinta Nova, em Carcavelos. MANUEL GOURLADE em baixo com o casaco vestido e pronto para jogar se um dos onze craques ficasse impossibilitado; Da esquerda para a direita: Em cima: David Fonseca, Henrique Costa, Cândido Rosa Rodrigues, Marcial Costa, Fortunato Levy (capitão) e Carlos França (atrás do capitão); Daniel Queirós Santos, Albano Santos, Manuel Mora (guarda-redes, mais atrás) António Couto e José Cruz Viegas

Primeiros tempos do Sport Lisboa
Coube a Manuel Gourlade a maior parte das atitudes - é isso que se percebe na documentação do Clube (presenças em treinos e iniciativas - financeiras e organizativas - para dotar o clube de condições para singrar). Se as redes para as balizas (e provavelmente os postes e as traves) vinham das embarcações de pesca dos Rosa Rodrigues da Ericeira e Nazaré, o resto era tratado por Gourlade. Era ele que orientava os treinos, registava as presenças, adquiria bolas e utensílios ou, sendo poliglota, escrevia para Inglaterra, fazendo ele do «inglês» que outros clubes tinham (pelo menos um) e o Sport Lisboa...não. Era ele o «nosso inglês»! Não tanto a jogar mas a facilitar a "logística"!




O «nosso inglês» permitia ao Clube ter acesso, directamente de Inglaterra (Reino Unido), ao melhor que havia para o Futebol  em vez de adquirir o que os ingleses a viver em Portugal já não queriam.



O Clube acima de tudo
É que com a entrada progressiva de casapianos "bons de bola" relegou-o para a segunda equipa, como guarda-redes, ou seja, «autorrelegou-se» pois consta que era ele que organizava os plantéis e orientava as duas equipas. E é dele a ideia (mais uma) de reservar um pouco de energia durante os jogos - ou pelo menos não a esbanjar em inutilidades durante os encontros - para ter nos últimos 15 minutos capacidade, se fosse necessário, para empatar jogos aparentemente perdidos ou vencer jogos aparentemente empatados.


Segunda categoria do Sport Lisboa, em 1907. As equipas eram fotografadas com a disposição em campo. Da esquerda para a direita: Em cima, os defesas e guarda-redes: Henrique Teixeira, João Persónio (guarda-redes) e José Neto; Ao centro (avançados): Félix Bermudes (capitão), Eduardo Corga, Leopoldo Mocho, António Meireles e Carlos França; Em baixo (médios): Luís Vieira, Cosme Damião e Marcolino Bragança 
Segunda categoria do Sport Lisboa, em 1905 ou terceira categoria em 1906 ou 1907. As equipas eram fotografadas com a disposição em campo. Da esquerda para a direita: Em cima, os defesas e guarda-redes: Henrique Teixeira, MANUEL GOURLADE (guarda-redes) e Leopoldo Mocho; Ao centro (médios): Carlos Moteiro, Mário Monteiro e Luís Vieira; Em baixo (avançados): António Costa, António Alves, Luís Rodrigues, Eduardo Corga e António Meireles. Equipa que continua na mesa de dissecação de Victor João Carocha o maior especialista mundial em descobrir o que ninguém mais consegue nas imagens da Gloriosa História

Consta que o amor ao Clube levou longe de mais o seu esforço
Empolgado com o Clube que depressa passara de mais um clube a "Glorioso" pois derrotara os mestres invencíveis do Cabo Submarino, em plena Quinta Nova, Carcavelos, o Carcavellos Club (10 de Fevereiro de 1907) e depois sofrendo com a deserção no Verão desse ano, para o Sporting CP, de vários associados - quatro fundadores - incluindo sete futebolistas titulares e mais um futebolista reformado a jogar no segundo team - Manuel Gourlade fez com que contas da Farmácia e do Clube se confundissem. Em breve deixou a Farmácia Franco, mas deslocando-se com o Clube de Belém para Benfica o apego nas margens do Tejo eram mais fortes pois foi aí que passou a "ganhar a vida" como tradutor entre docas e navios que aportavam a Lisboa.

Lá bem ao fundo, encostado à parede, entre a janela e um fresco pintado na parede, sempre atento, Manuel Gourlade, no salão nobre do edifício principal do Asilo d' Espie Miranda. A mesma sala em 2018. Até as «pernas tremeram e as mãos vacilaram» estar junto do lugar onde, em 24 de Julho de 1932, esteve Gourlade. Ainda nem os meus avós - paternos e maternos - tinham casado 

Envelhecimento precoce
Com uma vida que dependia de alguns dias bons e muitos maus o sucedâneo de maus fizeram temer o pior tanto que Daniel Santos Brito temeu pela facto de andar sempre pela borda dos cais em passo errante e más ideias. E foi melhor interná-lo num Lar de Idosos, em Campolide. Lar que tinha, então o nome de Asilo, neste caso Asilo D'Espie Miranda junto aos arcos do Aqueduto das Águas Livres, na encosta de Monsanto, junto à outrora ribeira de Alcântara hoje canalizada por baixo de acessos ao eixo Norte-Sul e avenida de Ceuta.

Com a sua habitual curiosidade, mesmo ancião desfalecido, lá está ele bem atrás da lápide que foi inaugurada em 10 de Outubro de 1932 e que levou sumiço não existindo na actualidade, a não ser o local onde esteve. Pisar o que Gourlade pisou não é cansaço é dádiva

Foi Daniel Santos Brito que lhe levou o crescimento do Benfica
Entrou para o asilo, em 5 de Julho de 1926, aos 55 anos (a confirmar com mais rigor) e lá ficaria até falecer, em 9 de Janeiro de 1944, com 71 anos. Foi o seu amigo, companheiro no futebol e colega da farmácia que lhe ia levando as notícias dos primeiros êxitos nacionais do clube que nasceu (depois de uma ideia sua de juntar os melhores dos miúdos de Belém de início do século XX aos casapianos afamados de finais do século XIX), após o organizar até 1908 e de dar impulso nas «Asas da Águia» ao seu continuador Cosme Damião que soube engrandecê-lo e transformar a Ideia em Ideal. Cosme Damião sempre reconheceu em Gourlade a alma e o alicerce que permitiu depois a ele, enquanto ideólogo, fazer mais do muito que recebera de Gourlade. Acreditamos que foi com rasgado sorriso que Gourlade saboreou os títulos de 1930, 1931 (BI no campeonato de Portugal), 1933 (recuperar o título de campeão regional perdido desde 1920), 1935, 1936, 1937, 1938 (TRI no campeonato da I Liga), 1940 (um BIS com Regional e Taça de Portugal), 1942 e 1943 (BI no campeonato nacional da I Divisão e a primeira "dobradinha" com a Taça de Portugal). Uma vida de sacrifício chegou ao seu final com um sorriso nos lábios e coração ardente de dever cumprido. Aquela azáfama de início de século, entre as papeladas na Farmácia Franco, os logradouros à beira Tejo, as irritações com quem faltava a acordos e compromissos não cumprindo horários e combinações, as cartas para e de Inglaterra, as estações de correio, alfândega, marcações a corda e cal, balizas às costas e as Terras do Desembargador, não tinham sido em vão. Antes pelo contrário. Estava ali não mais um clube, mas O Clube.   

Como mudou a Quinta da Mineira na outra vertente da ribeira de Alcântara em frente à Quinta da Rabicha. Se cresceram os prédios em altura, atrás, dos dois edifícios do Asilo, o eixo Norte-Sul e o alargamento da linha férrea de Campolide para Pinhal Novo "limpou" as casas junto dos arcos do Aqueduto das Águas Livres. Outrora ligavam as duas quintas uma famosa ponte - para jusante da Ribeira só havia outra em Alcântara que significa em árabe, A Ponte.
A ponte do Tarujo foi-se com a canalização da ribeira de Alcântara nos anos 50 para instalar a avenida de Ceuta (a ribeira ou o que resta dela corre por baixo) mas "aposto" que Gourlade, mesmo asilado no edifício mais pequeno - o grande era a residência da família benemérita D' Espie Miranda - deve ter ido colher umas papoilas (antes de serem saltitantes) à Quinta da Rabicha 

Gourlade pode ter ido repousar para o Asilo mas depois todos conhecemos o que se passou
Eis o maior entre os maiores antes de sermos Clube e nos primeiros tempos após o sermos. Manuel Gourlade passou o testemunho a Cosme Damião e este transformou a Ideia em Ideal, o Benfica em Benfiquismo. Digam lá se em todos nós que somos o Benfica, que por vezes ultrapassamos o limite do razoável, que fazemos planos, que compramos e oferecemos Benfica, se não há um Gourlade dentro do nosso coração Benfiquista. Aquele pedaço do nosso músculo das emoções que nasceu e há-de morrer Benfica - que são das poucas células a par de algumas do cérebro que nunca se renovam mesmo que se viva 120 anos - tem um nome, só pode ter um nome, músculo Gourlade.


Gourlade a alma mater do "Glorioso"! O nosso lado do coração à Benfica!

Alberto Miguéns


NOTA À PARTE: Especial agradecimento ao dedicado leitor deste blogue Victor João Carocha (pelas ilustrações e descobertas fascinantes da vida de Manuel Gourlade) e a um dos filhos da família Rosa Rodrigues pelos pormenores que pai e tios contavam acerca da pré-fundação e início do Clube.

É aqui que continuas a estar! Sempre estiveste, como quem te conheceu, testemunhou e reconheceu a obra que iniciaste e outros souberam continuar para torná-la Gigante. Mas há sempre quem semeie primeiro!



NOTAS FINAIS:

1. Registo de baptismo (31 de Outubro de 1872)



2. Cosme Damião (Jornal "A Bola" n.º 11; 5 de Março de 1945; Página 5)



3. Daniel Santos Brito (Jornal "Ecos de Belém; 28 de Outubro de 1950; Página 2)



4. História do Sport Lisboa e Benfica 1904/1954; Mário de Oliveira/Rebelo da Silva (1954; Fascículo n.º 1; páginas 17 a 21/excertos)











5 comentários
  1. Coração, cabeça e mãos diria eu, pois as pernas tinham-nas os outros. Gourlade pouco jogava mas a sua capacidade pensante e organizativa foram fundamentais para os primeiros anos. Tanto lhe devemos.

    E que pérola essa a que o Alberto nos dá ao conseguir ao fotografar o mesmo quarto onde Gourlade, curioso assistiu a um evento público no asilo D'Espie Miranda!

    Uma maravilhosa evocação, um acto de Amor Benfiquista aquele a quem eu costumo chamar "a primeira Águia". A memória de Gourlade viverá sempre ao lado da maravilhosa realidade que é o Sport Lisboa e Benfica.

    Obrigado.

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  2. Outra valiosa lição! Muito obrigado!
    Parabéns, Sport Lisboa e Benfica.

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  3. O melhor que posso fazer perante um artigo destes é agradecer-lhe profunda e sinceramente por nos ensinar e legar a nós, Benfiquistas, a história gloriosa que nunca conhecemos e, digo-o com toda a certeza, nunca o viríamos a conhecer.
    Esse pequeno recorte onde se refere que a primeira bola de futebol feita em Portugal terá sido a pedido de Goularde, bem como o quarto onde passou os seus últimos dias, é algo que certamente nunca esquecerei.

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  4. Caro Alberto Miguéns,

    Muitos Parabéns pela sua investigação!!!!

    Rumo ao Penta....e já agora amanhã #Somos todos Caldas#...

    Um Abraço.

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  5. Foi com lágrimas nos olhos que li este fabuloso artigo. OBRIGADO. Viva o Benfica.

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