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24 fevereiro 2015

Morreu Uma Glória do Basquetebol

24 fevereiro 2015 6 Comentários
NO PASSADO DIA 18 DE FEVEREIRO FALECEU, AOS 63 ANOS, LEONEL SANTOS.

Leonel Afonso Marçal dos Santos nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo) na então Província Ultramarina de Moçambique em 30 de Maio de 1951. Faleceu em 18 de Fevereiro e foi sepultado em 20 de Fevereiro, no Cemitério de Vale Flores, em Almada.

1972/73. 5 de Novembro de 1972; Pavilhão da Luz; Taça dos Clubes Vencedores das Taças; Oitavos-de-final; 1.ª mão; V 86-83; Racing Ford Basket Antuérpia (Bélgica). Da esquerda para a direita: Prof. Teotónio Lima (treinador), #6 - José Alberto, #10 - Leonel Santos, #4 - Abel Nascimento, #14 - Hill, #12 - Luís Esteves, José Almeida (massagista), #9 - António Pratas, #8 - Vítor Pombo, #15 - Joaquim Carlos, #7 - Mário Silva, #11 - Paulo Carvalho, #13 - Armando Simões e #5 - Machado

AVISO: Ao contrário do que pensava e queria o texto ficou demasiado longo. É acerca da história do Benfica, mas vai levar algum tempo a ler!


Quatro temporadas com o "Manto Sagrado"
Chegou ao "Glorioso" no final da temporada de 1971/72 para jogar a poste (tinha 1,91 metros) jogando mais três temporadas, até 1974/75, numa época de Glória: Campeão Nacional e finalista da Taça de Portugal com Leonel Santos a capitão.

Aprendizagem em Lourenço Marques, no CD Malhangalene (admito alguma falta de rigor absoluto - por isso colocarei as frases a azul - pois são informações de "terceiros" que não consegui confirmar)


Nascido em Moçambique, filho de um casal do Minho (Caminha) viveu a infância e adolescência na capital de Moçambique, embora ainda fizesse um ano do ensino básico (pelos 6/7 anos), numa escola de Belém, em Lisboa, numa curta estadia da família de Portugal.

A viver junto ao pavilhão do CD Malhangalene e com um irmão mais velho a jogar basquetebol nesse clube estava traçado o destino imediato. Jogar no popular (e importante clube) de Lourenço Marques, que chegou a conquistar títulos nacionais de Portugal: em 1963/64 no Hóquei em Patins e no Basquetebol em 1973/74, neste já com Leonel Santos no Benfica a ser adversário do clube laurentino.


Plantel dos Infantis do CD Malhangalene em 1964/65. Leonel Santos é o n.º 12


Rivalidades em Lourenço Marques
A estrutura do desporto moçambicano, estava fortemente implantada em Lourenço Marques e na Beira. Em Lourenço Marques era dominada pelos "Quatro Grandes" com ligações aos maiores clubes portugueses: Clube Desportivo de LM (Benfica), Sporting Clube de LM (Sporting CP), CD Ferroviário (CD "Os Belenenses") e CD Malhangalene (FC Porto). Até nos equipamentos.
Leonel Santos iniciou-se aos 13 anos, mas apenas com 14 anos podia disputar competições federadas. Em 1964/65 ainda foi a tempo de integrar a equipa que se sagrou campeã distrital de Moçambique na categoria de Infantis (correspondente à actual de Juvenis). Fez o percurso de formação sempre no CD Malhangalene: 1965/66 e 1966/67 (Infantis), 1967/68 e 1968/69 (Juniores) sagrando-se campeão distrital (Lourenço Marques) e provincial (Moçambique). Nesta última época foi o CD Malhangalene foi "arrumado" pelos árbitros aquando da disputa do campeonato nacional na cidade do Porto, para oferecerem a vitória a um clube do Porto!


Plantel dos Juniores do CD Malhangalene em 1967/68. Leonel Santos é o n.º 11 

Chegada atribulada
Em 1972 o Benfica contactou-o para viajar até Lisboa. Mas Leonel Santos queria juntar dois sonhos: continuar a jogar basquetebol e prosseguir os estudos universitários. Coimbra era o destino. Só que o representante da equipa dos estudantes foi incompetente e não lhe fez o exame acordado para saber se tinha aptidão para estudar na Universidade. Com bilhete de avião marcado, saiu de Lourenço Marques a pensar que poderia ser obrigado a jogar na equipa da Associação Académica de Coimbra mas... em Lisboa, no aeroporto a decisão passou a ser outra. O Benfica!


1970/71. Seniores do CD Malhangalene. Em cima, terceiro a contar da direita (Leonel Santos)

O poste Leonel Santos, a marcar e defender os postes adversários
Foram quatro temporadas, embora a primeira só na fase final e a última apenas do meio para o seu final. Com cerca de 90 por cento de jogos no cinco titular, marcou 1962 pontos em 132 jogos, ou seja, uma média de 15 pontos por jogo. Era um poste de classe. Sabia ler o jogo e posicionar-se para encestar ou fazer assistências para quem estivesse em melhores condições para pontuar. Capitaneou o "Glorioso" na última temporada, importante pois o Benfica recuperou o título de campeão nacional após um hiato de quatro épocas (três com Leonel Santos), desde 1969/70. Além disso esteve em quatro finais consecutivas da Taça de Portugal, apenas perdendo a última, impossibilitando a "dobradinha". Mais dois campeonatos metropolitanos (o "verdadeiro" nacional em termos de número de jornadas) e dois regionais de Lisboa.


O campeonato metropolitano tinha 22 jornadas e apurava o representante de Portugal (Europa) para o campeonato nacional jogado em seis jornadas alternadamente em Luanda, Lourenço Marques e Lisboa ou Porto (conforme o local de origem do campeão metropolitano). O «Nacional» disputava-se a duas voltas, com o local da disputa (Portugal, Moçambique e Angola) a ter dois representantes (campeão e segundo classificado) para haver número par.

LEONEL SANTOS COM O "MANTO SAGRADO"
Competições
Tít &
trof
Totais
1971/
1972
1972/
1973
1973/
1974
1974/
1975
J
P
J
P
J
P
J
P
J
P
TOTAIS
8 +
3
132
1962
6
97
55
749
48
761
23
355
Campeonato Nacional
1
28
434
-
-
5
63
6
83
17
288
Taça de Portugal
3
16
217
3
64
5
49
4
76
4
28
Campeonato Metropolitano
2
41
585
-
-
22
305
19
280
-
-
Campeonato Regional
2
20
349
-
-
13
194
7
155
-
-
Taça dos Venc. das Taças

4
57
-
-
2
37
2
20
-
-
Torneios Internacionais
1
6
90
-
-
2
34
4
56
-
-
Torneios Nacionais
2
5
74
2
25
-
-
3
49
-
-
Particulares Internacionais

1
5
-
-
1
5
-
-
-
-
Particulares Nacionais

11
151
1
  8
5
62
3
42
2
39
NOTAS: Torneio do CA Campo de Ourique (1971/72), Torneio de Lisboa (1973/74) e Torneio Internacional Lacoste (1973/74


A selecção nacional, em 1972/73, treinada pela «viborazinha» do basquetebol José Araújo. Leonel Santos de barba (segundo em cima a contar da direita); António Pratas de branco (segundo, em cima, a contar da esquerda); Paulo Carvalho (em baixo, terceiro a contar da esquerda)
NOTA: As quatro equipas titulares nas quatro temporadas (1971/72 a 1974/75) são apenas para facilitar a compreensão das Gloriosas Equipas onde jogou Leonel Santos. Carecem de revisão por quem sabe. Vou tentar falar com José Alberto e Júlio Campos. Se houver retorno positivo... confirmo ou reformulo.  

Temporada de 1971/72
Quando Leonel Santos chegou já a temporada estava a terminar. e que temporada! Em 1971/72 iniciamos a época com o treinador João Coutinho, mas em 29 de Dezembro de 1972, após 12 jornadas do Regional, a equipa passou a ser orientada pelo capitão José Alberto. Em 27 de Fevereiro de 1972 melhorámos o recorde absoluto do "Glorioso", com mais dois que no anterior, de maior número de pontos num jogo, na V 139 – 49, com o Galitos Clube de Aveiro (GCA), no nosso pavilhão, na 13.ª jornada do Metropolitano. Leonel Santos estreou-se, em 8 de Maio de 1972, com 15 pontos, frente ao Sporting Clube de Lourenço Marques (V 85-84), na meia-final do Torneio do CA Campo de Ourique. Para trás a época decepcionava: Campeonato Regional (2.º lugar, atrás do Sporting CP), Campeonato Metropolitano (3.º lugar, eliminação do Nacional) e Taça de Portugal (apurado para os quartos-de-final). A fechar a temporada oficial, em 3 de Junho de 1972, conquistámos a Taça de Portugal (V 90-70 com a Académica Coimbra, em Leiria). Leonel Santos marcou 19 pontos, apenas superado pelo extremo (ou base) Joaquim Carlos, com 23 pontos. Também já falecido e um "fenómeno de brilhantismo pouco reconhecido". Penso que foi assim que escrevi, em "O Benfica", aquando do seu falecimento! 



Temporada de 1972/73
Em 1972/73 regressou ao Clube o conceituado treinador José Teotónio Lima. Conquistámos três títulos oficiais: Regional (sete vitórias em sete jogos), Metropolitano e Taça de Portugal (V 73-69 com o FC Porto, em Coimbra). Só faltou o Nacional, porque disputado em Luanda... Mas, esta foi uma época que marcou um capítulo na história do basquetebol português. Foi a primeira vez, após 21 participações de clubes nacionais nas três competições europeias, que um clube português conseguiu uma vitória no estrangeiro (V 77-76 com o Sutton BB em Inglaterra) e que ultrapassou a primeira eliminatória! Em 7 de Janeiro de 1973 marcámos pela primeira vez 140 pontos, na V 140-81, com o GCA, em Aveiro, na 9.ª jornada do Metropolitano. Numa temporada muito longa (66 jogos) e atípica porque a 2.ª volta do Regional iniciou-se... seis meses depois de terminar a 1.ª volta! Disputando um total de 66 encontros nesta época, obtivemos mais de 100 pontos em 31 jogos! Inolvidável! Na final da Taça de Portugal, em 16 de Junho de 1973, o "Glorioso" derrotou, por 73-69, o FC Porto no pavilhão Universitário de Coimbra. Leonel Santos não se destacou a pontuar. Marcou seis pontos. Pratas com 22, Vítor Pombo com 19 e Paulo Carvalho com 14 pontos foram os melhores. José Alberto e Joaquim Carlos marcaram, também, seis pontos.



Temporada de 1973/74
Em 1973/74 repetimos os triunfos, não vencendo o Nacional, desta vez realizado em Lourenço Marques. Em 52 jogos, conseguimos em 22, marcar mais de 100 pontos! Leonel Santos em cinco jogos marcou mais de 25 pontos. Uma época extraordinária. Na final da Taça de Portugal, no Pavilhão da Ajuda vencemos, por 102-84, o Sporting CP. Numa final "histórica", com Harris a marcar 42 pontos seguindo-se Leonel santos com 26 pontos.



Uma história à parte mas que faz parte!
O campeonato nacional de 1973/74 estava marcado para final de Maio de 1974, em Lourenço Marques (Moçambique). Entretanto há a Revolução do 25 de Abril com os três DDD´s: Democracia, Desenvolvimento e Descolonização. Com o Benfica a viajar para Lourenço Marques, juntou-se ao Sporting Clube de Lourenço Marques e ao CD Malhangalene, bem como ao FC Luanda, representante de Angola. Deixemos Leonel Santos falar do assunto:
“Foi o último Nacional com a participação das colónias. Ainda em Portugal o Dale Dover disse-me que já não íamos (SLB), por causa do 25 de Abril, que tinha acabado de ocorrer; felizmente fomos, mas o resultado não foi bom, nem a nível desportivo, nem a nível pessoal, humano. Foi óptimo o Malhangalene ter ganho, já que não ganhou o SLB. Ganharam alguns dos meus bons amigos de longos anos; não esqueço o Costa Leite, o Joãozinho e o Eustácio, só para nomear alguns. Vi lá cenas que jamais esquecerei… O S.L.B. todas as noites, só tinha (e muito naturalmente) o apoio de 15 ou 20 marinheiros de Portugal que estavam lá de passagem. O 25 de Abril mudou muitas mentalidades e então tinha acabado mesmo de acontecer (o Nacional começou um mês depois, em 25 de Maio). Todos os portugueses contra a equipa de Portugal e a mandarem-nos embora para Portugal… Foi mau, uma vergonha mesmo. Jamais esquecerei uma cena depois de um jogo, quando íamos a entrar no autocarro que nos levava ao hotel, uma senhora, já com alguma idade, começou aos murros (mesmo de punhos fechados) a bater no autocarro e a gritar para voltarmos para Portugal, pois aquilo já não era Portugal… Como é possível praticar desporto com um ambiente assim? Recordo também que, logo na noite em que chegámos a Lourenço Marques, eu tive de ir passear com o nosso Americano para o distrair, pois já estava chocado com o tratamento que viu dar aos negros em Moçambique, desde o aeroporto, às refeições e no hotel (eles é que faziam tudo). E depois muitos admiraram-se do nosso Americano não jogar nada… O Pete Harris era fabuloso, de tal maneira que, depois dos jogos com os Estudiantes de Madrid, já o queriam a jogar em Espanha. Em Lourenço Marques terá rendido metade do seu valor como, aliás, quase toda a equipa dado o ambiente que nos rodeou, resultante do 25 de Abril e de que poucas pessoas se aperceberam, tal era a euforia do momento por causa da Revolução.”
Resta afirmar que em tempos falei com atletas que estiveram neste campeonato (seis jogos em sete dias). Disseram-me que os «brancos - colonos - eram os piores» pois queriam cair em graça dos nativos negros na esperança de governarem Moçambique depois da independência. O Benfica que unia todos nas colónias - brancos, negros assimilados e terroristas dos movimentos de libertação - foi utilizado como "bode expiatório". Muitos dos que tiveram essa atitude durante a semana da estadia do SLB na então Lourenço Marques alguns meses depois estavam a fugir recambiados para Portugal, com o nome de Retornados. Conheci um, Benfiquista, que "esteve lá" e dizia que foi o acto dele em todo o seu passado de que mais se envergonhava. Era louco pelo Benfica e aproveitava qualquer deslocação de um plantel do Clube para ir ver, ao vivo e a vermelho-e-branco, o SLB em Lourenço Marques ou arredores. Traiu o Benfica incapaz de não ir na onda dos contestatários que "queriam cair em graça dos turras" (palavras desse Benfiquista). Infelizmente eu não sabia da história, em termos de importância desportiva, ou seja, que era o campeonato nacional de Basquetebol. Não tinha ideia da verdadeira dimensão do sucedido. Se tivesse teria querido saber mais!   


Campeões Nacionais 1975. Da esquerda para a direita. De cima para baixo. Codices (6), Morgado (12), Harris (15), Robalo (11) e Aniceto (14); Machado da Silva (5), Minhava (13), Luís Gonçalves (7), Pratas (9) e Leonel Santos (10)

Temporada de 1974/75
Em 1974/75 iniciámos a temporada a conquistar o Regional (terceiro consecutivo), onde houve que realizar uma finalíssima, em 5 de Dezembro de 1974, para apurar o campeão (V 77-58 com o Sporting CP, no Pavilhão dos Desportos). Mas Leonel Santos não iniciou a temporada, penso que por lesão. Já sem Metropolitano, devido à independência das Colónias após a “Revolução de 25 de Abril de 1974, conquistámos o campeonato nacional, após quatro temporadas sem o conseguir! E só regressaríamos aos triunfos, em 1984/85, dez anos depois! Na temporada de 1974/75 fomos finalistas na Taça de Portugal, mas não conseguimos o 4.º triunfo consecutivo, naquela que foi (apenas) a terceira derrota da época… em 33 jogos! Uma final "mal perdida". Éramos claramente superiores ao adversário, que foi apenas 3.º classificado - a seis pontos do Benfica - no Nacional, atrás do FC Porto (2.º lugar). Leonel marcou seis pontos, muito "longe" dos melhores: Harris (33), Pratas (12), Morgado (10) e Aniceto (8). Mas... viviam-se já os tempos da instabilidade. Os atletas das modalidades, até as senhoras, queriam ser comparados financeiramente aos futebolistas. Os dirigentes do Benfica tiveram de optar. Futebol ganhador ou eclectismo vencedor? Optaram pela lógica. Pelo futebol. O Sporting CP seguiu outro caminho. O futuro deu razão ao Benfica!


Quatro temporadas: Campeão Nacional e Tri-vencedor da Taça de Portugal
Leonel Santos foi um dos basquetebolistas mais importantes do Benfica na década de 70. A jogar, a pontuar e a defender a Mística. Com resultados desportivos concretizados, principalmente na última temporada (1974/75), com o Benfica a conseguir regressar aos triunfos no campeonato nacional. Também "facilitado" com a ausência das equipas dos clubes ultramarinos que eram muito poderosos principalmente quando jogavam em África. E isso acontecia duas vezes a cada três edições. Temperatura, humidade e pavilhões impróprios devastavam as equipas de Portugal Continental. Entre os seis campeonatos disputados em África - três em Luanda e três em Lourenço Marques - o Benfica foi o único clube europeu que conquistou um título. Em 1969/70, numa proeza que já publiquei em "O Benfica": «Mas, foi em Luanda, no dia 24 de Abril de 1970, que realizámos um jogo que ficou “gravado a ouro” na história da modalidade, quando o treinador Griffin soube “ler” a competição de modo a vencermos, por 78-77, o líder Sporting Clube de Lourenço Marques, com dois pontos obtidos no último segundo!»


Espectacular encestador
Leonel Santos era um jogador completo, apesar de actuar como poste (191 centímetros). Com uma formação excelente em Lourenço Marques, onde eram obrigados a jogar em todas as posições, sabia entender as movimentações dos extremos e dos bases. Mas foi a encestar que brilhou. Foram muitos os clubes, principalmente o Sporting CP e o FC Porto, por também serem mais vezes adversários, a sentirem o seu poder. Em 37 jogos fez 20 ou mais pontos. E em 15 encontros 25 ou mais pontos. O Sporting CP sofreu por duas vezes 26 pontos. O FC Porto sofreu 27 pontos num jogo. O "Glorioso" venceu esse jogo por 97-66!

JOGOS E PONTOS
Pontos
por Jogo
N.º Jogos
Total Pontuação
Adversários (*)
(por épocas)
0
1
-

1
2
2
Sporting CP (73/74)
2
3
6
FC Porto (73/74)
3
1
3

4
4
16

5
1
5

6
11
66
Sporting CP (72/73;74/75)// FC Porto (72/73; 73/74;74/75)
7
2
14
Sporting CP (74/75)
8
4
32

9
2
18

10
12
120
Sporting CP (71/72;73/74)
11
2
22

12
6
72

13
6
78
Sporting CP (72/73; 73/74)
14
11
154
Sporting CP (72/73)
15
5
75
Sporting CP (72/73; 74/75)
16
9
144
FC Porto (73/74)
17
3
51
Sporting CP (73/74; 74/75)
18
6
108
FC Porto (74/75)
19
4
76

20
6
120
FC Porto (72/73)
21
4
84

22
4
88

23
4
92

24
4
96

25
3
75

26
3
78
Sporting CP (72/73; 73/74)// SAD/Algés (72/73)
27
1
27
FC Porto (72/73)
28
2
56
Carnide Clube (73/74)// SC Conimbricense (74/75)
29
1
29
Clube Galitos/ Aveiro (72/73)
30
2
60
GD BPM (73/74)// As. Académica Coimbra (74/75)
31
2
62
Atlético CP (73/74)// GD CUF (73/74)
32
0
-

33
1
33
SIMECQ/Cruz Quebradense (72/73)
Tot
132
1962

NOTA: * Os mais mediáticos (Sporting CP e FC Porto) e todos os outros clubes acima de 25 pontos

Depois do Benfica
Ao sair do Benfica ingressou no CA Queluz para actuar durante duas épocas, entre 1975/76 e 1976/77. De salientar que foi com ele o cunhado António Pratas, pois Leonel Santos casou com a irmã Isabel Pratas (casal de basquetebolistas que teve três filhos). Mas foram duas temporadas de "espera", pois o "destino" estava traçado - Sporting CP. Leonel Santos jogou quatro temporadas de "verde-e-branco" entre 1977/78 e 1980/81. O presidente do clube, João Rocha perdendo no futebol (e sem capacidade de enfrentar de igual para igual o Benfica) reforçou todas as equipas das modalidades com os melhores atletas do Benfica. A tentativa era de dar expressão de "maior potência desportiva e ecléctica" ao clube, Conseguiu, mas enquanto durou na presidência do clube. Hoje o Sporting CP nem Basquetebol e Voleibol tem. E no Hóquei em Patins tem dificuldades notórias. 

Gloriosa época em  1973/74 em Lourenço Marques, Maio de 1974. Da esquerda para a direita: Três “moçambicanos” (Paulo Carvalho, Luís Gonçalves e Leonel Santos) e um americano EUA (Pete Harris)

Depois do Basquetebol
Prosseguiu a sua actividade profissional numa sucursal bancária, desligando-se da modalidade que continuou a acompanhar como espectador/ telespectador. Reformado instalou-se na Quinta da Aroeira (Costa da Caparica) onde viveu até aos 63 anos. Até sempre Glorioso Campeão!

O "Quarto Anel" já tem por lá almas que dariam para fazer grandes basqueteboladas!

Alberto Miguéns

PLANO PARA AS EDIÇÕES DESTA SEMANA
(provisório como é evidente)
25 de Fevereiro a 5 de Março de 2015 (Sempre à meia-noite)
Quarta-feira (de 24 para 25): Estão desesperados;
Quinta-Feira (de 25 para 26): Bem-Vindo Eusébio!;
Sexta-Feira (de 26 para 27): O Mais Belo e Inigualável 138;
Sábado (de 27 para 28): E o GD Estoril Praia?;
Domingo (de 28 para 01): E depois do 111.º aniversário?;
Segunda-feira (de 01 para 02): Mentiras Oficializadas by SLB;
Terça-feira (de 02 para 03): Pólo Aquático: Olímpico e nosso;
Quarta-feira (de 03 para 04): Benfica! És tão brilhante!;
Quinta-feira (de 04 para 05): Taça da Liga: melhor do que a pintam



6 comentários
  1. Obrigado pelo post Alberto sem dúvida um grande jogador glorioso que nos deu muitas alegrias paz à sua alma.

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  2. Bom dia,
    Na foto dos "campeões 1975" o n.º12 não é o Parente mas sim o Roberto Morgado.
    Aquele último campeonato nacional com as "colónias" também tiva a sorte de assistir como espectador sendo na altura ainda juvenil da Ass. Académica de Moçambique. Tudo o que o Leo descreveu foi a pura das verdades... infelizmente.
    Paz à sua alma grande campeão Leonel Santos.

    RA

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  3. Haja quem saiba preservar a memória de grande figuras do Benfica!

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  4. Dr Alberto muito obrigado por MAIS UMA LIÇÃO(AULA) DE BENFIQUISMO....é sempre doloroso quando vemos partir quem fêz(faz)PARTE DA FAMILIA BENFIQUISTA....Sr Dr parece que FINALMENTE alguém no BENFICA (José Eduardo Moniz)....ACORDOU....abraço

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  5. Boa tarde... na primeira foto há um engano na identificação: o nº. 7 é Mário Silva... não li todo o artigo, mas acompanhei muito "este" basquetebol de 1970 a 1975... excelentes memórias... até porque a Moçambique me ligam grandes amizades, das quais apenas vou destacar o prof. Hermínio Barreto, enorme companheiro.

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