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23 janeiro 2018

No Adeus a Filipe Augusto

23 janeiro 2018 4 Comentários
CERTAMENTE QUE NÃO VOLTARÁ A VESTIR O "MANTO SAGRADO".



Não tem qualidade para isso, mas jamais este blogue fará alguma lista do tipo "Os piores disto ou daquilo no Glorioso".



Considero que a qualquer futebolista do Mundo se lhe fizerem uma proposta para vestir o "Manto Sagrado" será impossível dizer NÃO AO BENFICA. Até eu que tenho duas tijoleiras em cada pé aceitava mesmo sabendo que seria assobiado por mais de 60 mil adeptos e invectivado por todo o planeta por mais uns quantos milhões. Mas não recusaria jogar pela equipa de Honra de um dos clubes que mais honra o desporto.

Filipe Augusto e todas as dezenas - talvez três centenas em quase 1054 (Keaton Parks) futebolistas são os menos "culpados". Aliás o Benfica foi dos clubes mais tardios, em Portugal, a contratar treinadores que "não fosse da casa" (e por isso treinavam obsequiosamente) e o último a contratar - em troca de dinheiro - futebolistas em 1926/27. e logo entre as duas primeiras contratações uma delas - Fayta (ao Portugal FC para médio-direito) foi um fiasco de todo o tamanho.
O Fayta só para não jogar assim - tipo cavaleiro de corridas dos ditos - deve ter aceitado fazer um "desconto", no Verão de 1926, para envergar o "Manto Sagrado"

A localização do campo do Portugal FC (depois transferido para o CD Arroios) e actualmente inexistente pois foi instalado naqueles terrenos um troço do sector da Segunda Circular entre o Campo Grande e a Rotunda do Aeroporto (ou do Relógio). Quando Feyta (que jogava neste campo) foi transferido, no Verão de 1926 - com ele a ser remunerado e o seu clube indemnizado - o Benfica jogava nas Amoreiras, o Sporting CP no Campo Grande e o Estádio do Lumiar era alugado aos clubes do Barreiro e de Setúbal que jogavam no Campeonato de Lisboa pois o distrito de Setúbal só foi instituído em 22 de Dezembro de 1926. E a AF Setúbal fundada em 5 de Maio de 1927  

Se há responsáveis foi quem teve as ideias, permitiu as contratações e depois os coloca a jogar. E isto já vem de Agosto de 1926. Há mais de 90 anos. O que não percebo é como não é possível eliminar, com os observadores e tecnologia que há na actualidade, as probabilidades de errar. A menos que haja interesse em errar...

Que Filipe Augusto seja feliz onde prosseguir a carreira como futebolista profissional. E pode dizer aos netos que jogou no BENFICA. Que orgulho.

Alberto Miguéns


4 comentários
  1. Encontrou uma forma simpática de se despedir do Filipe Augusto. Faço das suas as minhas palavras.
    Saudações benfiquistas.

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  2. No talho da minha terra, para levar um bom bife o raio do talhante, como quem não quer a coisa, mete lá um osso e um bocado de gordura.
    No futebol, para um bom bife com 300 gramas, tem que se levar um quilo ou mais de ossos e de gorduras.

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  3. O Alberto tem razão, claro.
    Ainda assim Filipe Augusto exasperou-me. Tem alguma qualidade mas claramente não tem o nível alto que o Benfica exige. E também ao lado dele parecia que os outros - especialmente Fejsa - jogavam menos. Teve também pouca sorte de jogar mais (tempo) num tempo em que a equipa jogava menos (qualidade). Teve também uma atitude num jogo que foi feia e que por muito pressionado nunca devia ter tido.

    Que seja feliz e que se lembre desse orgulho que é vestir a camisola. Certamente que o Benfica honrou os seus compromissos.

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  4. Errar em contratações é condição natural de quem toma decisões. Há sempre uma margem de erro, variáveis que não são controláveis. Mas o importante é aprender com os erros e aprimorar os processos de decisão. Há ferramentas para ajudar. Há que as usar. Mas nunca se atingirá os 100% de eficácia.

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