CONTA! MAS ATÉ PARECE QUE NÃO!
Não discuto a qualidade dos futebolistas. Não discuto as
diferenças entre eles. Não discuto as opções. Discuto o equilíbrio e soluções na globalidade do plantel. Discuto a quantidade, partindo de
alguns princípios (que também são fins).
No futebol cá da terra
(Portugal)
Um clube como o Benfica só terá vantagens em ter o plantel o mais
curto possível. Pois:
1. Tem uma Equipa B bem estruturada e com qualidade a jogar no
segundo escalão;
2. Os jogos de futebol em que participa o "Glorioso",
mais de metade, numa temporada, são de intensidade baixa;
3. Concentração de investimento significa mais qualidade.
Vinte dois
futebolistas
É o que faz sentido. Dois com qualidade semelhante por posição. Se
o orçamento é X. Então X a dividir por 27 ou 29 obrigará sempre a que alguns
futebolistas sejam apenas "esperanças". O orçamento X a dividir por
22 faz com que seja possível ter futebolistas de «valor» semelhante por
posição.
Não há mais
que vinte (em cerca de 60 jogos)
A um nível elevado: uns sete no campeonato - os dois no
"Dérbi de Lisboa", os dois no "Clássico de Portugal" e
depois três/quatro encontros em terreno alheio frente a adversários a jogar bem; os
seis/oito na Liga dos Campeões; dois ou três na Taça de Portugal e outros
tantos (ou menos) na Taça da Liga.
Um plantel
de 22 futebolistas, mesmo assim
Obriga a que quatro não sejam escalados para os 18 de cada jogo, pois
só este número faz parte do Regulamento. Mesmo havendo lesões e castigos - mesmo assim - dificilmente não
ficará alguém "de fora" dos 18. Até em situações mais extremadas a lista
de 18 - faltando algum dos 22 - pode sempre ser ajustada com futebolistas do
plantel da Equipa B. Porque será sempre pontual. É que dos 18 só 14, no máximo,
podem jogar cada encontro.
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NOTA: * Pensei que o Benfica iria adquirir um «terceiro guarda-redes» que fosse mais novo que Júlio César mas mais velho que Bruno Varela. Novo/velho também em questões de experiência e tarimba em jogos já realizados a "doer"; Para quê ter três médios ofensivos se Pizzi vai ser titular em 80 por cento dos jogos e Krovinovic fará os restantes e substituirá Pizzi? E ainda há um quarto (Chrien): Desperdício de talento, evolução e euros! |
A equipa B
Pode ceder sempre futebolistas que não serão inferiores - podem
ter menos experiência e qualidade, mas compensam em competitividade - em
relação a plantéis vastos (27/30 futebolistas) em que alguns jogarão pouco. Se
é para entrar a cinco minutos dos 90 ou no tempo de compensação servem. Até
para mais do que isso.
O
"caso do terceiro guarda-redes"
Mesmo que nas convocatórios prévias (19 a 22 futebolistas
convocados para escolher 18) só apareçam dois guarda-redes é sabido que são
sempre convocados três elementos pois até ao apito inicial para cada jogo há sempre o risco de
um percalço e depois não se pode fazer um jogo sem um guarda-redes no banco como
suplente. Tendo equipa B não faz qualquer sentido ter três guarda-redes no
plantel "A". Chegam dois só podendo jogar um de cada vez. Em casos
pontuais convoca-se para o "banco" o da equipa B que até está mais "ritmado" e é
competitivo que o "terceiro da A" que nem para o banco de suplentes da "A" vai!
Rotações e
rotatividade
Mesmo que se queira em jogos da Taça da Liga e eliminatórias
iniciais na Taça de Portugal proteger os futebolistas mais utilizados, chegam
os menos utilizados e dois ou três da Equipa B pois alguns desses jogos até são
frente a equipas de clubes do segundo escalão ou mesmo de escalões inferiores.
ASSIM VAI O
PLANTEL DE 29 GLORIOSOS
NOTAS:
Minutos jogados; Titular; Suplente utilizado; Suplente utilizado substituído; Suplente não utilizado; Convocado
não utilizado; L - Lesionado; F – Férias; NC - Não Convocado; S - Suspenso
quatro jogos (processo disciplinar); B - Equipa B; A –
Assistências para golo; G – Golos
Ter 22
futebolistas não é um valor absoluto (como se sabe) durante uma temporada (dez
meses)
As temporadas são de cinco + cinco meses. Faz mais sentido emprestar
futebolistas que se sabe serem - no futuro imediato - pouco utilizados, a
outros clubes, mas com cláusula de opção de poderem regressar no chamado
"Mercado de Inverno" (Janeiro). Não todos, mas os mais promissores ou
mais "adultos". É preferível tê-los a jogar nos adversários, na
Primeira Liga, que estarem parados sem competir. Ter 22 futebolistas permite
emprestar três ou quatro com cláusula de ingresso em Janeiro e outros tantos
até final da época.
Mas tudo
isto só tem sentido
Se o número de futebolistas, parados em simultâneo, devido a
lesões for o "normal". A ser como em 2016/17 e pelo que se vai vendo,
em 2017/18, então o que faz sentido é ter 33 futebolistas. Três de «valor»
idêntico por posição.
Vamos Benfica!
Alberto Miguéns
NOTA: No Quadro dos Gloriosos Futebolistas, em relação ao último jogo (Rio Ave FC) mesmo com 21 convocados (a vermelho) e quatro lesionados (a preto), ainda ficaram "de fora" quatro ou cinco se contabilizarmos o André Horta. A que se juntaram depois mais três: 21 - 18 = 3! Oito "parados". Quase uma outra equipa!