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26 julho 2017

Em Defesa de Eusébio

26 julho 2017 1 Comentários
NÃO VOU REPETIR O QUE DISSE ACERCA DE COLUNA A PROPÓSITO DA LEGITIMIDADE DAS ESCOLHAS.




Eusébio em 23.º lugar! O grande guarda-redes soviético Yashine na 22.ª posição diz bem da forma como foi feita a escolha (clicar). Ei-los num mano-a-mano.



Infelizmente o Benfica (mostrando ao Mundo a real valia), a FPF (fazendo dele símbolo) e Portugal (dando o seu nome ao Estádio Nacional) não têm sabido mostrar como foi Eusébio e demonstrar o que Eusébio fez de revolucionário no Futebol.

Eusébio não era só um goleador como Cristiano Ronaldo.

Eusébio não era só um artista e fazedor de golos como Messi.

Eusébio reunia o melhor dos dois. Era Messi e Cristiano Ronaldo num só com o que de melhor estes têm. 

Eusébio não jogava frente à baliza para marcar golos. Eusébio vinha buscar jogo aos defesas-centrais e médios-centro do Benfica e da Selecção Nacional para depois conduzir a bola até junto da grande-área contrária e assistir o avançado-centro (José Águas ou José Torres) ou o ponta-de-lança (Artur Jorge, Jordão ou Victor Batista, por exemplo). Eusébio marcava os pontapés-canto, os livres e até fazia lançamentos da linha lateral quando eram no enfiamento da grande-área contrária pois conseguia colocar a bola junto da pequena-área.

Eusébio revolucionou o Futebol. Fez evoluir o futebol de Di Stefano. Talvez Messi quando deixar de jogar seja superior a Eusébio.

Há os inovadores - aqueles que trouxeram algo de novo ao jogo nas posições onde jogaram - e os grandes executantes. Alguns destes até fizeram (e fazem) melhor o que outros criaram. São também futebolistas extraordinários mas não são criativos. São bons fazedores. Excelentes executantes e letais. A defender, a organizar, a assistir ou a marcar golos.

Os de grandes futebolistas (por ordem cronológica) pelas inovações que trouxeram ao futebol são Mathews, Di Stefano, Garrincha, Pelé, Eusébio, Cruijff, Beckenbauer, Maradona, Ronaldo e Messi.

Opiniões*...valem o que valem...incluindo esta!

Alberto Miguéns

NOTA1: A da 4.4.2 vale mais que é mais conceituada e tem maior audiência que este bloguezinho;

NOTA2: Mais um tema musical dedicado a quem fez as escolhas na 4.4.2

1 comentários
  1. Assino por baixo.

    Tive o azar de não nascer no tempo que me permitisse maravilhar-me ao vivo com um portento como Eusébio. Mas o meu Pai falava-me disso. Falava-me como Eusébio era tão explosivo, tão criativo, tão intenso. Falava como elevou o futebol do Benfica. E falava que de Coluna. Sempre Coluna.

    A sua visão sobre os revolucionários do futebol assenta com certeza no que leu e nos vídeos que deve ter visto. Não há muitos e particularmente no tempo em que o registo fílmico era escasso e por isso tão incompleto temos pois que nos basear no que se lê. A história do futebol tem já mais décadas do que as somadas pelas que levamos deste século (embora alguns pelas opiniões e listas que fazem pareçam que só começou quando Messi e Ronaldo começaram a jogar ou então que praticamente só se jogou futebol nos países que hoje são os potentados económicos deste sector). De facto há algumas décadas antes do século XX em que muito pouco se sabe, ou melhor muito pouco se divulga. A história do princípio do futebol é algo que tenho em carteira para um dia me dedicar a ler e tentar perceber melhor. Aí com certeza se inovou e testou nas (novas) regras e tácticas e aí com certeza alguns jogadores maravilharam assistências com habilidade, elegância e virtudes de posicionamento táctico. Desses apenas os especialistas guardam a relevância e importância na evolução do futebol. Por trás deles grandes treinadores / formadores que ditaram a evolução do futebol. E, diga-se, em muitas latitudes e longitudes. O futebol Brasileiro desde sempre. O futebol argentino que com as suas virtuosas equipas em digressão maravilharam a Europa. Disso tudo sei pouco.

    Mas por exemplo, de um tempo mais recente e uma vez mais de tudo o que li, um nome me veio à cabeça porque não o incluiu na lista dos revolucionários do futebol: Ferenc Puskás. Aquela Hungria que trucidou os mestres Ingleses em Wembley em 1953 e que apenas por uma amarga ironia - quase um crime lesa-futebol - não se sagrou campeã do mundo na Suiça em 1954. Aquela Hungria tinha grandes artistas mas tinha acima de tudo um jogador que pela qualidade técnica e pela inteligência táctica, se elevava acima de todos. Ele, Ferenc Puskás era o líder dentro e fora de campo. Era também um génio do futebol. Um homem que teve várias ironias na sua vida de futebolista como por exemplo marcar três golos e perder uma final da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Felizmente para nós. Em meu entender é um nome que merece bem estar ao lado desses gigantes que seleccionou de forma sábia.

    Mas hoje fala-se de um dos maiores jogadores de sempre. Claramente um jogador que merecia estar nos 10 primeiros lugares de qualquer lista. A injustiça tecida pela ignorância, pela má fé ou pelo esquecimento tem destas coisas. Mas enfim listas há muitas e Eusébio há só um. O nosso e mais nenhum. Viva Eusébio, viva Coluna. Viva o SLB.

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