O que está em causa é uma situação estrutural que depois a conjuntura encarrega-se de tornar complexa.
Actualmente é esta a actividade do Glorioso Plantel em 2016/17.
VINTE E OITO FUTEBOLISTAS (E ZÉ GOMES) DO GLORIOSO PLANTEL 113 (2016/17) COM QUATRO NÃO INSCRITOS NA LIGA DOS CAMPEÕES
Vamos aos Contras (para acabar positivo com os Prós)
Parece-me que, antes de dar opinião, o melhor é fazer uma comparação com o que se passou há um ano, em 2015!
Vamos às listas (primeiro a A) da época passada (clicar) embora tenha digitalizado a notícia do jornal "Record" do dia 2 de Setembro de 2015.
NOTA: Chamo à atenção que Renato Sanches nem sequer foi incluído - de início na Lista B - sendo embora sendo depois presença habitual. é que os futebolistas que cumpram as normas da lista B podem em qualquer momento substituir os nomes que foram indicados previamente.
Vamos aos Contras
O Futebol para um adepto é feito de ilusão e desilusão. Aquando da constituição da Equipa B pensei que isso significaria reduzir o número de futebolistas contratados para a "A" e principalmente diminuir o número de futebolistas do plantel. A minha ilusão baseava-se num facto que para o adepto tem lógica, mas depois não tem (ou não tem tido) correspondência real. A "minha lógica" era a seguinte:
Com um projecto de equipa B bem estruturado, a competir no segundo escalão, vai ser possível reduzir o plantel principal - o que compete na Liga NOS, Taça de Portugal, Taça da Liga e Competições Europeias (Liga dos Campeões e/ou Liga Europa)a ter no máximo 23 futebolistas (com três guarda-redes) ou mesmo 22 jogadores (apenas dois guarda-redes). Era a lógica que o adepto utiliza sempre - dois bons futebolistas por lugar. O que é necessário é que o sejam mesmo num Clube que compete para conquistar e não para fazer número. Até com um bom guarda-redes na Equipa B era possível - até pelos desfasamentos dos calendários convocar o terceiro guarda-redes na Equipa B. É que mesmo que não esteja na convocatória o Benfica, como é lógico (doenças que surgem, má disposições,lesões inoportunas, etecetra (numa posição tão específica) até já no aquecimento pré-jogo - leva sempre três guarda-redes para estágio.
Mesmo com 22/23 futebolistas, isto quer dizer que é possível fazer uma gestão adequada nos cerca de 60 jogos de uma temporada: 34 no campeonato nacional, e no máximo (com presenças em finais) cinco na Taça da Liga e sete na Taça de Portugal. Depois há as competições Europeias com seis garantidos na fase de grupos. Sabendo-se que apenas 18 futebolistas podem fazer parte de cada jogo para uma competição oficial haverá sempre quatro/cinco "de fora", ou seja, é tudo uma questão de gerir o plantel. Há casos de lesões e castigos? Há. Mas em regra são pontuais e podem ser compensados com os 4/5 que sobram dos 18. Em situações mais graves recorre-se aos futebolistas da Equipa B, Geralmente para comporem o plantel de sete que ficam no banco de suplentes. Com uma Equipa B bem estruturada, a jogar no mesmo "modelo/ideia de jogo" (como se diz agora em futebolês, plantéis extensos são desnecessários a não ser para negócios e negociatas.
Além disso o Benfica deve ter uma política de empréstimos que contemplem cláusulas que possam ser accionadas em Dezembro/Janeiro para poder fazer regressar os futebolistas sob empréstimo à equipa A ou B se for essa a necessidade. Para um adepto esta era a situação ideal: plantel curto, Equipa B bem estruturada e saber haver uma "rede de protecção" que chegado Janeiro de cada temporada podia permitir ajustes no plantel.
Vinte futebolistas costumam ser suficientes para fazer os cerca de 50 jogos fundamentais (34 no campeonato nacional, três mais importantes na Taça da Liga, quatro/cinco fundamentais na Taça de Portugal e os seis na Liga dos Campeões). Depois os restantes - dois na Taça da Liga, dois na Taça de Portugal (dependente do sorteio) - permitem "rodar" os menos utilizados. O que se segue na Liga dos Campeões ou Liga Europa depois de Fevereiro depende das classificações na fase de grupos, mas 22 futebolistas (mais ajustes no "Mercado de Inverno" chegam e sobram para fazer o resto da temporada). Não vejo necessidade (tendo uma Equipa B que sirva a A, no curto e médio prazo) ter plantéis com mais de 22/23 futebolistas. Vejamos a temporada passada:
JOGADORES ENTRE OS 18 SEM UTILIZAÇÃO (SUPLENTES NÃO UTILIZADOS POR JOGO)
Futebolistas
(36)
|
TOTAIS
(31)
|
Liga NOS
(24)
34 J
|
LC
(17)
10 J
|
TL
(11)
5 J
|
TP
(6)
2 J
|
Ederson
|
31
|
1111111111111
11111111111
|
111111
|
1
|
|
Sílvio
|
19
|
1111111111111
11
|
1111
|
||
Talisca
|
18
|
1111111111111
1
|
1111
|
||
Paulo Lopes
|
18
|
111111111
|
111
|
11111
|
1
|
Carcela
|
12
|
11111111
|
11
|
1
|
1
|
Guedes
|
12
|
111111111
|
11
|
1
|
|
Lisandro
|
12
|
11111
|
111
|
11
|
11
|
Lindelöf
|
9
|
11111111
|
1
|
||
André Almeida
|
8
|
11111
|
111
|
||
Samaris
|
7
|
111111
|
1
|
||
Luisão
|
7
|
111111
|
1
|
||
Nélson Semedo
|
7
|
1111
|
111
|
||
Fejsa
|
5
|
1111
|
1
|
||
Raúl
|
5
|
11111
|
|||
Salvio
|
4
|
1111
|
|||
Pizzi
|
3
|
111
|
|||
Mitroglou
|
3
|
1
|
11
|
||
Renato Sanches
|
3
|
1
|
1
|
1
|
|
Victor Andrade
|
3
|
11
|
1
|
||
Jardel
|
2
|
11
|
|||
Taarabt
|
2
|
1
|
1
|
||
Grimaldo
|
2
|
1
|
1
|
||
Cristante
|
2
|
1
|
1
|
||
Nuno Santos
|
2
|
11
|
|||
Djuricic
|
2
|
11
|
|||
Eliseu
|
1
|
1
|
|||
Jonas
|
1
|
1
|
|||
Jonathan
|
1
|
1
|
|||
Vera
|
1
|
1
|
|||
Rúben Dias
|
1
|
1
|
|||
Ola John
|
1
|
1
|
|||
Gaitán
|
0
|
||||
Júlio César
|
0
|
||||
Clésio
|
0
|
||||
Jovic
|
0
|
||||
João Teixeira
|
0
|
No meu ponto de vista - de apenas adepto sem qualquer habilitação no Futebol a não ser «ver, apontar e pensar» - em Portugal (face ao nível baixo da maior parte dos plantéis da Liga NOS) tendo o Benfica Equipa B o plantel da "A" não deveria ter mais de 23 futebolistas - dois de valor semelhante por lugar - e havendo um bom guarda-redes na B até podiam ser mesmo 22 (só dois guarda-redes).
No final da temporada vai ser o habitual. Vinte a vinte e um futebolistas mais utilizados e depois os restantes com utilização pontual nos jogos frente a adversários mais modestos se os sorteios o permitirem na Taça de Portugal e na Taça da Liga.Tem sido sempre assim desde que se criou o modelo com competições europeias a terem fase de grupos.
Vamos aos Prós (que é o que entusiasma um adepto)
Se o treinador souber gerir os dez futebolistas que todos os jogos vão ficar "de fora" (seis na Liga dos Campeões, pois quatro já sabem que não vão jogar qualquer um dos seis jogos dessa competição até Fevereiro) o Benfica tem em 2016/17 um plantel que dá muitas garantias de qualidade e equilíbrio. Cabe a Rui Vitória a capacidade de potenciar o grupo, mas gerir 28 futebolistas não será fácil.
Alberto Miguéns
NOTA: Lista A e B em 2016/17
Como habitual, mais um excelente post. Bem estruturado e com informações muito interessantes e ainda dá numa de diretor desportivo!! Mais uma habilidade (skill) do caro Alberto? :)
ResponderEliminarNeste momento no nosso Glorioso acho que estamos bem servidos nessa posição:) Mas fico de olho..quando conseguir ser o presidente do nosso Glorioso o Alberto será equacionado :)
Saudações TriGloriosas
Ps: No quadro dos jogadores menos utilizados tem um erro nos totais do "Alan Jons". :)