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09 novembro 2011

Em Equipa Que Ganha Mexe-se

09 novembro 2011 2 Comentários
OPINIÃO

Aviso Prévio: Texto longo

Numa época com muitos jogos, em competições importantes e exigentes, por isso desgastante, são mais os plantéis a conquistarem títulos do que as “equipas”, isto por que, é necessário recorrer a muito mais que apenas onze/ treze futebolistas para ter sucesso, por vezes apenas numa competição, com mais de dez jogos, como os Campeonatos Nacionais (o de Portugal tem 30 jornadas) ou as Ligas, dos Campeões ou Europa.

Da teoria à prática
Ao que consta, numa modalidade jogada por dez jogadores de campo, divididos por três sectores, mudar um futebolista (de idêntico valor) em cada sector não causa grande transtorno, o que quer dizer, numa equipa de clube que jogue sempre para ganhar, não diminui as probabilidades de vencer, ultrapassar as dificuldades ou atingir os objectivos. Assim, pode fazer-se a “rotação do plantel” mudando entre jogos consecutivos, um defesa (em quatro), um médio (em quatro) e um avançado (em dois). O guarda-redes pode (ou não) ser mudado entre Liga dos Campeões e Campeonato Nacional, já que se pode optar por ter um para essas duas competições e o outro para as restantes (Taça de Portugal e Taça da Liga), no caso do futebol português.

Da prática à teoria
Dizem as “boas práticas”, que observamos nos clubes europeus mais fortes, que a “rotação” é levada à prática, apelidando-se até, entre comentadores burros de países pouco habituados a conquistar títulos, que jogam com a equipa B. É evidente que na primeira metade da temporada a rotação implica alguns riscos, pois quem a faz está em desvantagem (suprimida pela qualidade dos futebolistas) ao defrontar equipas com jogadores mais rotinados e ainda com frescura “física e emocional”. Só que na última fase da temporada – a decisiva, onde se jogam as finais ou as jornadas decisivas – os futebolistas estão mais fortes, a todos os níveis, e são em maior quantidade, aqueles que estão disponíveis, por que mais motivados, para esses jogos decisivos: maior entrosamento entre eles, menor desgaste físico e emocional e capacidade para resolver situações mais delicadas. Todos ganham em ter um maior número de futebolistas em condições de ajudar a conquistar títulos. Para isso é necessário durante a época dar-lhes responsabilidade, minutos, “equipa” e envolvê-los na ambição de conquista. Têm a palavra os treinadores.

SL BENFICA NA ÉPOCA DE 2011/12
Competição
J
V
E
D
GM
GS
P
S
TOTAIS
26
16
9
1
57
24
--
--
Campeonato Nacional
10
7
3
-
23
10
24
1.º (=)
Liga dos Campeões
8
4
4
-
13
6
6
1.º(=)
Taça de Portugal
1
1
-
-
2
-
1/32
1/16
Torneio Guadiana
2
1
1
-
5
3
-
V
Taça Eusébio
1
1
-
-
2
1
-
V
Particulares
4
2
1
1
12
4
-
-

Época de 2011/12
Estamos com um terço – Agosto a Novembro, quatro meses - da temporada realizada (pré-época concluída, como é óbvio), 10 jornadas no Nacional (faltam 20), oito jogos na Liga dos Campeões (faltam duas jornadas da fase de grupos, 1/8 (2 jogos), 1/4 (2 jogos), 1/2 (2 jogos) e final – 9 jogos), um jogo (1/32) da Taça de Portugal e toda a Taça da Liga por realizar. Passaram quatro meses, faltam seis meses - Dezembro de 2011 a Maio de 2012. No primeiro terço da temporada, estamos bem posicionados para nos consagrarmos com títulos “sumarentos” no final da época: Campeonato Nacional (necessitamos de conquistar o 33.º título em 2011/12), Liga dos Campeões (tentar chegar, pelo menos aos quartos-de-final e “esperar” pelo sorteio), Taça de Portugal (estar na final e vencê-la) e Taça da Liga (tentar o 4.º troféu consecutivo). Temos 26 jogos (2 340 minutos) nas “pernas” podemos terminar a temporada com cerca de 66 jogos (20 jornadas de 90’ no Nacional, mais 9 na Liga dos Campeões, 6 na Taça de Portugal e 5 na Taça da Liga, em termos de possibilidades de chegar às finais). Temos 26 jogos (19 oficiais) feitos e, no máximo, 40 por fazer.

TOTAIS EM TODA A TEMPORADA 2011/12 (26 JOGOS)
Futebolista
Minu
tos
Jogos
Go
los
TOT
Tit
Cp
Sb+E
SU
Sn
Cv
Artur
GR
2 074
25
24
20
4
1
-
-
(- 21)
Javi Garcia
M
1 755
21
20
18
2
1
1
1
-
Garay
D
1 710
20
19
18
1
1
-
-
-
Luisão
D
1 709
19
19
18
1
-
-
-
2
Gaitán
M
1 613
25
21
3
18
4
-
-
4
Cardozo
A
1 603
23
20
9
11
3
1
-
14
Emerson
D
1 571
18
18
16
1+1
-
1
-
-
Witsel
M
1 538
23
14
13
1
9
-
-
2
Aimar
M
1 377
24
19
2
17
5
1
-
2
Maxi Pereira
D
1 364
16
15
14
1
1
1
-
-
Nolito
A
1 268
26
11
5
6
15
-
-
10
Bruno César
M
1 140
23
14
4
10
9
3
-
6
Saviola
A
1 096
21
12
3
9
9
5
-
6
Matic
M
1 053
19
11
8
3
8
3
3
-
Ruben Amorim
M
512
9
6
2
4
3
9
-
-
Rodrigo
A
495
10
4
2
2
6
6
-
6
Miguel Vítor
D
487
8
6
3
3
2
4
2
1
Enzo Pérez
M
432
11
-
-
5
6
1
1
-
André Almeida
D
409
6
1
5
-
-
-
1
-
Fábio Faria
D
406
7
6
3
3
1
1
-
-
Jara
A
395
9
4
1
3
5
3
-
1
Jardel
D
292
5
3
2
1
2
14
3
1
Capdevila
D
225
3
2
2
-
1
1
-
-
David Simão
M
212
5
1
-
1
4
3
6
-
Eduardo
GR
180
3
2
1
1
1
17
-
(- 1)
Urreta
A
168
6
1
-
1
5
1
-
2
Roderick
D
164
3
1
-
1
2
-
-
-
Wass
D
109
4
-
-
-
4
1
-
-
Nuno Coelho
D
75
4
-
-
-
4
2
-
-
Luís Martins
D
63
1
1
-
1
-
5
1
-
Mora
A
60
4
-
-
-
4
6
1
-
Roberto
GR
54
2
-
-
-
2
1
2
(- 1)
Nélson Oliveira
A
45
1
1
-
1
-
-
5
-
Júlio César
GR
32
1
-
-
-
1
2
2
(- 1)
Rúben Pinto
M
5
1
-
-
-
1
5
2
-
Mika
GR
-
-
-
-
-
-
1
2
-
Bruno Varela
GR
-
-
-
-
-
-
1
3
-
TOTAIS
2 340
26
-
-
-
-
-
-
57
(- 24)
Jogos (TOT- Totais; Tit – Titular; Cp – Completos; Sb – Substituído; E – Expulso; SU – Suplente utilizado; Sn – Suplente Não Utilizado;
Cv - Convocado não utilizado)

Rotação para conquistar
Sabe-se, pois é de senso comum, que os jogadores não têm todos as mesmas aptidões (físicas e emocionais), nem os jogos podem ser “geridos a régua, esquadro, compasso e calculadora”. Há que facilitar os desempenhos individuais para que o sucesso colectivo esteja mais próximo. No Benfica há ainda o “problema” de ter que ultrapassar o “Sistema” implantado, há três décadas, pelo FC Porto (como se viu a época passada e agora em Braga, por exemplo). Com o FC Porto ou mesmo com o seu subserviente Sporting CP é diferente. Sabemos disso, por isso não podemos estar desprevenidos. É mais difícil ganhar? É! Mas têm outro “sabor” as conquistas? Têm! Muito mais saborosas, por que quando conquistamos, sabemos que estamos a derrotar muito mais que adversários.

Lembrar 2010/11 para não repetir…
Sabemos que fomos prejudicados, no início da temporada passada, para não sermos Bicampeões. É assim desde 1983/84. Até com plantéis, entre 1987 e 1995, “muito mais superiores” aos do FC Porto, em relação às diferenças actuais, nunca conseguimos conquistar dois Nacionais consecutivos. É praticamente impossível! Mas, nesta temporada, essa “impossibilidade” não existe. Vamos conquistar o 33.º troféu, recuperando o título de Campeão Nacional. Há “mais facilidade”, acerca deste aspecto, na época actual. Mas, é bom recordar, para que não volte a repetir-se, que na Liga Europa e na Taça de Portugal, em 2010/11, ficou a sensação que o plantel não se encontrava em condições de suprir as dificuldades criadas. De um lado jogadores sobrecarregados, fisicamente, e extenuados, emocionalmente. Do outro lado, jogadores muito menos utilizados, menos entrosados, deficientemente integrados, estigmatizados por não serem tão bons como os “titulares”. Como resultado negativo em todo o plantel. Incapazes de “dar a volta por cima”, ou seja, conseguir ultrapassar obstáculos, que foram tão grandes, mas que chegava “um pequeno passo”, pois é bom recordar que fomos afastados dessas duas finais, pelo desempate, “em mais golos marcados fora pelos adversários”.

JOGOS OFICIAIS POR COMPETIÇÃO
Futebolista
Nacional
Campeões
Taça
P
Min
Nome
P
Min
P
Min
P
Min
1
1 620
Luisão
2.º
810
1.º
720
1.º
90
2
1 620
Garay
3.º
810
2.º
720
2.º
90
 3
1 620
Artur
1.º
900
3.º
720
-
-
4
1 436
Emerson
4.º
810
8.º
626
-
-
5
1 364
Maxi Pereira
6.º
720
5.º
644
-
-
6
1 358
Witsel
7.º
678
4.º
646
13.º
34
7
1 262
Gaitán
8.º
619
6.º
643
-
-
8
1 271
Cardozo
5.º
794
10.º
477
-
-
9
1 171
Javi Garcia
10.º
541
7.º
630
-
-
10
1 062
Aimar
9.º
556
9.º
506
-
-
11
1 015
Nolito
11.º
541
11.º
384
3.º
90
12
825
Bruno César
13.º
453
12.º
282
4.º
90
13
785
Saviola
12.º
479
13.º
261
12.º
45
14
602
Matic
14.º
362
16.º
150
5.º
90
15
427
Ruben Amorim
15.º
264
15.º
163
-
-
16
405
Rodrigo
17.º
154
14.º
173
9.º
78
17
180
Jardel
16.º
180
-
-
-
-
18
180
Capdevila
18.º
90
-
-
6.º
90
19
129
Miguel Vítor
-
-
19.º
39
7.º
90
20
105
Jara
19.º
90
20.º
15
-
-
21
103
Enzo Pérez
20.º
49
18.º
54
-
-
22
90
Eduardo
-
-
-
-
8.º
90
23
63
Luís Martins
-
-
17.º
63
-
-
24
56
David Simão
-
-
-
-
10.º
56
25
45
Nélson Oliveira
-
-
-
-
11.º
45
26
12
Mora
-
-
-
-
14.º
12
-
-
Rúben Pinto
-
-
-
-
-
-
-
-
Mika
-
-
-
-
-
-
TOTAIS
(10) 900
(8) 720
(1) 90

Isto não é (pelo menos não parece ser) rotação criteriosa
Além de faltarem mais jogos do que aqueles que já fizemos, o tempo das decisões está para chegar, se bem que para chegarmos ao “tempo de decidir” temos de caminhar para lá. E isso estamos a fazer. Só que estamos a sobrecarregar, fisicamente e emocionalmente, um número restrito de futebolistas, “folgando outros”, não lhes dando entrosamento, nem os envolvendo nas conquistas. E isso preocupa. Preocupação de adepto, pois os treinadores são suficientemente competentes para gerir o plantel. Estamos aqui como adeptos, como é óbvio, por que é isso que somos. Adeptos do Benfica. Como milhões. Mais do que isso, adeptos que de preocupam, contribuem e defendem o Benfica. Por isso Benfiquistas, como centenas de milhares. É isso que nos faz gigantes. Termos milhões de simpatizantes do Benfica, milhares de Benfiquistas e mais de 200 mil associados. Voltando ao “assunto”, observando a utilização dos futebolistas parece excessivo que haja tão grande diferença de utilização de jogadores dentro do plantel. Mesmo entre o 11.º e os seguintes os valores são elevados. Na Liga dos Campeões, após oito jogos, “distam” 102 minutos entre Nolito (11.º com 384’) e Bruno César (12.º com 282’). No Campeonato Nacional, após dez jogos, distam entre Nolito (11.º com 541’) apenas 62’ (12.º, Saviola) e 88’ (13.º, Bruno César), mas já 179’ para Matic (14.º) e 277’ para Ruben Amorim (15.º). Repete-se: os jogadores não têm todos as mesmas aptidões (físicas e emocionais), nem os jogos podem ser “geridos a régua, esquadro, compasso e calculadora”. Mas há que ter em atenção que numa época longa (muitos jogos e minutos) e desgastante (competir para vencer jogos e conquistar títulos) há que criar condições que tornem menos difíceis as conquistas, ou seja, que permitam que os jogadores tenham “mais leveza” na abordagem aos jogos e competições.

Que dizer da situação de Capdevila?!
Confesso que, como adepto e associado do “Glorioso” tenho dificuldade em entender por que não joga mais vezes no Campeonato Nacional (fazendo rotação com Emerson), nem está inscrito na Liga dos Campeões, o nosso futebolista Capdevila. Para mim, racionalmente, é um enigma. Já emocionalmente, tenho outra opinião, mas não me interessa, por agora, divulgá-la. Para bom entendedor…
Capdevila foi um dos pilares da excelente temporada do Villarreal CF (4.º lugar na Liga Espanhola) e semi-finalista da Liga Europa (afastado da final pelo árbitro manhoso que beneficiou o FC Porto, no campo dos andróides). Repentinamente “desaprendeu” de ser bom jogador. Alguém acredita!?
Até posso acreditar que Emerson (25 anos) seja melhor, pelo menos, com maior margem de progressão que Capdevila (33 anos). Mas a ser melhor, será apenas ligeiramente melhor. Ter três defesas esquerdos, e em 19 jogos oficiais ter um com 1 436 minutos, outro apenas com 180 minutos com o CD Feirense (casa) no Nacional e num jogo da Taça de Portugal (Capdevila) e o outro (Luís Martins) com 63 minutos, sem que, aparentemente, se justificasse a substituição frente ao FC Basileia, na Liga dos Campeões, não parece “boa política”! Vamos esperar pelo final da temporada, para avaliar.

CAPDEVILA em 2010/11
VILLARREAL CF (ESPANHA)
Competições
Minutos
Jogos
Golos
TOTAIS
3 672
45
3
Liga Espanha
2 634
31
2
Liga Europa
755
11
1
Taça Espanha
193
3
-

O que nós, Benfiquistas, queremos!?
Queremos ganhar! Queremos estar contentes e perceber que, enquanto adeptos, estamos a honrar a memória daqueles que nos legaram tão gigante clube. Pela lógica, sabemos que há jogadores melhores do que outros. Mas também sabemos, por experiência, que durante uma época, há jogadores que começam “menos cotados” e terminam “em alta”, ou seja, uma época, entre início e final, pode mudar, e muito, o valor de um futebolista. Têm é de jogar. Só a jogar podem demonstrar o que valem, como evoluem. Todos os jogadores que estão no plantel têm valor para defender o “Manto Sagrado”, se não, estavam noutro clube menos cotado. Se estão no Benfica, treinam no “Glorioso” podem (e devem) jogar. É evidente que os melhores devem jogar mais. Mas os que - ainda ou já - não são tão bons, devem “ajudar” os outros a serem ainda melhores, jogando mais, quando faz falta jogar mais, para que os outros joguem melhor, quando fizer falta, jogar melhor. Há que ter o plantel apto para ganhar. Há que ter todos os jogadores aptos para conquistar. Há que ter os futebolistas nas melhores condições, para que sejam “TODOS POR UM, TODOS PELO BENFICA!”

Mandar o “futebolês” à…
Ao contrário do futebolês, no futebol actual, clube que quiser ser competitivo e criar condições para ganhar tem de alterar os “onzes” para o encontro seguinte mesmo que ganhe o jogo anterior. Para que continue a vencer, há que mexer. Pouco, mas há…
                                                                                                      
ACORDA… BENFICA!

Alberto Miguéns

NOTA: As rábulas de Braga ilustram na perfeição o “Futeluso”, este futebol rasca onde Gomes e Alan - não por acaso com passagens pelo FC Porto - se sentem bem à vontade. Nem se pode pedir – a Fernando Gomes e Alan - que tenham vergonha, por que se há coisa que não se pode pedir a alguém é que consigam ter aquilo que nem sabem o que é…




          


2 comentários
  1. patriarca disse:


    Alguém anda a dormir ou pelo menos sonânbolo, mas NÒS os Sócios e Simpatizantes do Benfica é que não somos.
    Viva o Silêncio, deixai-os dormir.

    ResponderEliminar
  2. Força sr Alberto Miguéns



    Eles não sabem, nem sonham,
    que o sonho comanda a vida. Que sempre que um homem sonha o mundo pula ...


    Começam a ver-se os casos de distúrbios violentos, fica bastante perigoso ostentar qualquer coisa alusiva ao Benfica em Braga..

    ps:[ ver jornal a bola hoje ] hontem numa escola de celeiros braga um miudo benfiquista com a camisola do benfica lhe foi negada a entrada.
    isto e o quê [ descriminação] , vergonhoso ,vergonhoso . vergonhosa escola que vive a custa do povo


    karlos

    ResponderEliminar

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